Para quem deseja apimentar a relação, existe uma gama de alimentos afrodisíacos capazes de aumentar o desejo na hora H. No entanto, a alimentação vai muito além da libido e pode ser uma aliada poderosa de mulheres que estão planejando engravidar.

Pensando nisso, a coluna Claudia Meireles conversou com a nutricionista Maria Clara Moreno para entender como uma dieta adequada pode preparar o corpo para a gestação e melhorar a fertilidade feminina. De acordo com a especialista, quem planeja uma gestação precisa estar atento às escolhas diárias, especialmente se for necessário regular a saúde hormonal.

“É evidente que a alimentação impacta diretamente a reprodução. Uma dieta equilibrada influencia a regulação hormonal, a qualidade dos óvulos e a saúde geral das mulheres, ajudando a prevenir desequilíbrios hormonais, como os causados pela obesidade ou baixo peso, que podem afetar a ovulação e o ciclo menstrual”, explica Maria Clara.

Alimentação pode aumentar as chances de engravidar

Segundo a nutricionista, o segredo para uma boa saúde reprodutiva está em priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes essenciais, como ácido fólico, vitamina D e antioxidantes.

“Para aumentar as chances de uma gravidez, o ideal é incluir na rotina gorduras boas, como ômega-3 e azeite de oliva, além de priorizar frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras”, revela.

Entre os grupos alimentares mais indicados, Maria Clara recomenda peixes gordurosos. “Eles desempenham um papel importante na regulação hormonal e na redução de processos inflamatórios que podem comprometer a fertilidade”, orienta.

Alimentos importantes desde a ovulação até a gestação

A nutricionista explica que determinados alimentos oferecem benefícios diferentes para cada etapa do ciclo reprodutivo. Durante a fase folicular, que ocorre antes da ovulação, é essencial garantir maior ingestão de grãos integrais, proteínas magras e vitaminas do complexo B, que ajudam a equilibrar os hormônios.

“Já na ovulação, recomendo incorporar frutas vermelhas e espinafre na alimentação. Esses alimentos são ricos em antioxidantes e ácido fólico, essenciais para melhorar a qualidade dos óvulos e protegê-los contra danos oxidativos”, comenta.

Para manter o “terreno fértil” e garantir maiores chances de fecundação, Maria Clara destaca a importância da vitamina E e do zinco, presentes em oleaginosas como nozes e castanhas.

“Caso o resultado seja positivo, a alimentação deve continuar rica em nutrientes essenciais, como ácido fólico e cálcio, para apoiar o desenvolvimento fetal e a saúde óssea do bebê”, explica.

Veja o que evitar caso queira engravidar

Embora uma alimentação balanceada seja uma grande aliada da fertilidade, certos alimentos e hábitos podem prejudicar o sonho da maternidade. Para Maria Clara, os maiores vilões são alimentos ultraprocessados ricos em açúcar refinado, gorduras trans e aditivos.

“Esses alimentos podem causar inflamação, resistência à insulina e desequilíbrios hormonais, afetando todas as etapas do ciclo reprodutivo. Outro ponto importante envolve ficar atento também ao consumo de peixes com alto teor de mercúrio, como atum e peixe-espada, que podem ser tóxicos e prejudicar a fertilidade”, alerta.

Outro ponto de atenção está associado ao consumo de álcool e cafeína. “O consumo excessivo de café pode dificultar a concepção. Estudos sugerem que consumir mais de 300 mg de cafeína por dia, o equivalente a aproximadamente três xícaras de café, pode afetar a qualidade dos óvulos e o ciclo menstrual. Já o consumo regular de álcool pode prejudicar a ovulação, reduzir a qualidade dos óvulos e aumentar o risco de abortos espontâneos”, comenta.

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