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Protetor solar oral: dermato Luanna Caires Portela esclarece dúvidas

Descubra se o item é realmente eficaz e seguro e se podemos usá-lo no lugar dos protetores dermatológicos

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Protetor solar oral: dermato Luanna Caires Portela esclarece dúvidas
1 de 1 Protetor solar oral: dermato Luanna Caires Portela esclarece dúvidas - Foto: Pexels e Imagem cedida ao Metrópoles

Você já ouviu falar do protetor solar oral? Pode parecer inusitado, mas a ideia é, basicamente, o sentido literal dos famosos filtros solares, mas em forma de cápsulas. A fim de descobrir se o item é realmente eficaz e seguro, como também as principais informações que devemos saber sobre ele — e se podemos usá-lo no lugar dos protetores dermatológicos —,  a Coluna Claudia Meireles conversou com a dermatologista Luanna Caires Portela.

“Nós, dermatologistas, não gostamos muito do termo ‘protetor solar oral’, mas ele foi bastante divulgado e acabou ficando conhecido assim pelas pessoas”, diz a médica. Para uma maior clareza, vamos usar, a partir de agora, o vocábulo entre aspas. Segundo a especialista, a substância mais popular componente do produto é o Polypodium Leucotomos.

Mulher jovem ingerindo cápsula de remédio
Você já ouviu falar do protetor solar oral?
Como funciona?

Luanna Portela explica que o ingrediente diminui os efeitos deletérios do sol sobre a cútis, não chegando, de fato, a bloquear os malefícios quanto ao câncer de pele. “Ele ajuda a atenuar, por exemplo, as manchas que o sol poderia causar na região. Existem muitos estudos mostrando essa eficácia”, fala.

De acordo com a dermatologista, quanto nos submetemos ao sol, o nosso corpo produz radicais livres. O Polypodium Leucotomos, por sua vez, é um ótimo antioxidante, fator essencial para o combate aos danos solares. Todavia, o item não substitui o filtro solar tópico. “Devemos continuar o uso do protetor solar aplicado na pele”, alerta a especialista.

Jovem mulher ao sol
De acordo com a dermatologista, quanto nos submetemos ao sol, o nosso corpo produz radicais livres

O ideal, ensina a profissional, é combinar as ferramentas. “Associamos os dois. O ‘protetor solar oral’ é uma complementação, ou coadjuvante, ao aplicado na derme”, sugere.

Benefícios

Além dos benefícios listados acima, Luanna Portela acrescenta que o Polypodium Leucotomos também é um aliado na redução das chances de queimadura solar, pois age na prevenção da inflamação e na regulação imunológica do organismo. “Nós, médicos, indicamos seu uso, principalmente, no verão ou quando o paciente vai fazer tratamentos para doenças pigmentares, como melasma”, afirma. “Recomendo começar a usá-lo pelo menos 20 a 30 dias antes da exposição solar”, completa.

Mulher mordendo cápsulas de remédio
O Polypodium Leucotomos também é um aliado na redução das chances de queimadura solar

Luanna Caires Portela participou recentemente de um congresso da Academia Americana de Dermatologia, em Boston. Ela conta que, lá, muito se falou sobre a eficácia do Polypodium Leucotomos. “Vários estudos apontam a eficácia dele como antioxidante e da diminuição de pigmentação na pele depois da exposição solar após 14 a 28 dias de uso”, declara.

Onde encontrar

Além da substância citada nesta matéria, existem outros antioxidantes que auxiliam na prevenção de manchas na cútis após a exposição solar. É o caso do pycnogenol e da luteína. “A vitamina C também tem um grande potencial antioxidante”, compartilha a médica.

Os “protetores solares orais” podem ser manipulados ou encontrados nas farmácias com nomes comerciais como Helioral, Flebon ou Inthos. No entanto, embora apresentem vantagens conforme os dermatologistas acreditam, há algumas contraindicações: “Eles não devem ser usados por gestantes e crianças sem prescrição. Alguns pacientes podem ter intolerância gástrica. Logo, o importante é ter uma prescrição ou acompanhamento do médico, até para boa orientação de como usá-lo”, finaliza a especialista.

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