Problema de saúde da rainha pode obrigar Harry a voltar ao Reino Unido
Com base nas normas britânicas, o príncipe Harry pode ser chamado a intervir caso a rainha fique muito doente ou temporariamente indisposta
atualizado
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Não é segredo para os leitores da coluna Claudia Meireles que a rainha Elizabeth II precisa descansar após ordens dos médicos da família real. Prestes a completar sete décadas à frente do trono britânico, a monarca mostrou relutância em pausar a agenda que, agora, tem sido representada por alguns integrantes seniores da realeza, como o filho e neto, os príncipes Charles e William, respectivamente. Quem também pode ser obrigado a voltar para o núcleo do alto escalão da monarquia é Harry. Ele atualmente não integra a Coroa.
Com base nas normas britânicas, o príncipe Harry pode ter de cumprir seu dever real caso a rainha fique doente ou temporariamente indisposta, conforme publicou o jornal Express nesta quinta-feira (4/11). Vale lembrar que o duque de Sussex e a mulher, Meghan Markle, renunciaram aos cargos na realeza em março de 2020. Com a decisão, eles não pertencem à Coroa britânica. O casal deixou o Reino Unido para morar nos Estados Unidos com os dois filhos, Archie e Lilibet Diana.
Embora a rainha tenha apresentado alguns problemas de saúde a ponto de precisar ficar internada por uma madrugada, não há indícios de que ela virá a renunciar ao comando do trono. Entretanto, algumas salvaguardas podem ser acionadas para proteger a Coroa, se Elizabeth estiver muito doente. Pelas regras, conselheiros de Estado são nomeados para desempenhar a maioria das funções oficiais da soberana, explicou o site Express em um artigo.
Segundo o jornal, a lei determina que, no caso de o monarca ficar indisposto, os conselheiros incluem no grupo a esposa do soberano e as próximas quatro pessoas na linha de sucessão com 21 anos ou mais. Marido da rainha Elizabeth, o príncipe Philip morreu aos 99 anos, em abril. O príncipe Charles é o primeiro a ascender ao trono se a soberana de 95 anos chegar a abdicar ou falecer. Depois dele, estão em sequência William e os três filhos, George, Charlotte e Louis, de 8, 6 e 3 anos, respectivamente.
As próximas quatro pessoas na linha de sucessão que atendem aos requisitos são os príncipes Charles, William, Harry e Andrew, pois as três crianças – George, Charlotte e Louis – têm menos de 21 anos. Conforme explicou o Express, o duque de Sussex pode ter que retornar ao país de origem e aos deveres reais no Reino Unido para ajudar a avó, a rainha Elizabeth, se necessário. Outra possibilidade é que o marido de Meghan Markle possa ser substituído pela prima, a princesa Beatrice, ou pela madrasta, Camilla Parker.
Charles e William atuam como integrantes seniores da família real, enquanto Andrew e Harry não têm mais responsabilidades com a Coroa britânica. Por não morar mais no Reino Unido, o duque de Sussex poderá não cumprir a obrigação se chamado a fazê-la, conforme esclareceu o especialista em constituição britânica Vernon Bogdanor: “Um conselheiro não domiciliado no Reino Unido não pode agir, então, isso exclui Harry. A próxima da fila com a idade exigida de 21 anos seria a princesa Beatrice”.
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