Príncipe William faz 42 anos. Confira grandes obstáculos do futuro rei
O príncipe William celebra aniversário nesta sexta-feira (21/6). Primogênito do rei Charles, ele será o próximo monarca do Reino Unido
atualizado
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Aniversariante desta sexta-feira (21/6), o príncipe William chegou ao mundo com o futuro traçado de que, um dia, irá se tornar rei. O primogênito do herdeiro direto do trono britânico, o então príncipe Charles, cresceu sabendo que um dia estaria em suas mãos o comando da monarquia do Reino Unido.
O posto que parecia distante para o príncipe William assumir, até então, ficou próximo nos dois últimos anos com a morte da avó paterna, a rainha Elizabeth II, em setembro de 2022; e o diagnóstico de câncer do pai, o rei Charles III, em fevereiro deste ano. “Ele deve sentir que o peso do mundo está em suas mãos”, argumentou a escritora real Pauline Maclaran à BBC.
Como acompanha com afinco os movimentos da família real britânica, a coluna Claudia Meireles aproveitou a data do aniversário de 42 anos de William para analisar quais obstáculos o próximo soberano deverá enfrentar quando exercer o papel rei. Além disso, vale observar o que o príncipe de Gales tem feito para “modernizar” a monarquia.
Passado, presente e futuro
No último domingo (16/6), alguns países, a exemplo do Reino Unido, comemoraram o Dia dos Pais. Na ocasião, houve uma publicação no perfil do Instagram dos príncipes de Gales em que traz William abraçado pelos três filhos, George, Charlotte e Louis, com 10, 9 e 6 anos, respectivamente. Ele e as crianças estão de costas diante de uma paisagem de praia.
Especialistas em linguagem corporal avaliaram o clique e destacaram que constam mensagens subliminares na fotografia. Vendo a imagem, parece que o príncipe está concentrado no que está por vir, sem olhar para trás. No que depender dos resultados de pesquisas de opinião, ele necessitará trabalhar com enfoque no futuro, em especial aprender a conquistar os jovens e lidar com os antimonarquistas.
“O futuro da monarquia está sobre os ombros de William”, sustentou a autora da realeza à BBC. De acordo com uma pesquisa do instituto britânico YouGov, realizada em abril, o índice de aprovação da monarquia como instituição ficou em 56%, entretanto, esse percentual cai mais de 20% em relação à opinião dos mais jovens. Apenas 34% dessa faixa etária apoia a Coroa britânica.
De todas as faixas etárias do levantamento, a monarquia só é vista positivamente por pessoas com mais de 50 anos. Para Maclaran, o príncipe William só conseguirá cativar os jovens se mexer na estrutura na instituição, caracterizada como extremamente tradicionalista. “A monarquia precisa ser relevante e ele quer modernizá-la”, acrescentou Maclaran à BBC.
Popularidade
Ao contrário do pai, o rei Charles III, o príncipe William tem bons índices de popularidade perante à população do Reino Unido. Conforme uma pesquisa da YouGov realizada no início deste ano, o herdeiro do trono ocupava o topo do rol dos integrantes mais bem quistos pelos britânicos.
No levantamento de abril, o príncipe caiu uma posição, ficando atrás da esposa, Kate Middleton. William marcou 73% de favoritismo entre a população do Reino Unido, enquanto Kate atingiu 76%, o maior nível. O rei Charles aparece na quarta colocação, com o percentual de 63%, e a rainha Camilla figurou no sexto lugar, com 50%.
No ponto de vista da correspondente da família real da BBC Sean Coughlan, esses números evidenciam a relevância do casal na Coroa: “Uma parte significativa da popularidade da monarquia perante o público agora depende do príncipe e da princesa de Gales. Eles são como aqueles políticos que são mais populares do que o seu partido.”
Peso da missão
William tem se desdobrado para cumprir a própria agenda e ajudar o pai, diagnosticado com câncer em fevereiro. No início do mês, ele precisou representar o rei Charles às pressas em um evento para veteranos de guerra. Segundo o jornal britânico The Mirror, a majestade do Reino Unido foi orientada a voltar para casa “após três dias cansativos” das comemorações pelo Dia D.
Nessa quarta-feira (19/6), o príncipe voltou a substituir o pai, dessa vez na corrida de cavalos no Royal Ascot, na Inglaterra. Ele esteve acompanhado da madrasta, a rainha Camilla. Se no reinado da saudosa rainha Elizabeth, Charles dividia o papel de representar a mãe com os irmãos — Anne, Andrew e Edward —, William não tem atualmente um leque extenso para o acudir nas missões.
Esposa de William, Kate Middleton, está afastada dos deveres da realeza em razão do diagnóstico de câncer; já o seu tio, Andrew, precisou ficar longe da vida pública devido a um escândalo sexual. O próximo rei britânico poderia contar com o apoio do único irmão, o príncipe Harry. Porém, o duque de Sussex optou por abdicar das funções na monarquia.
No futuro, William deverá receber o auxílio dos três filhos. No entanto, se Charles decidir renunciar ao cargo ou morrer antes dos próximos oito anos, George, Charlotte e Louis ainda não terão a maioridade para representar o pai em compromissos da realeza. O primogênito do casal está com 10 anos atualmente. Especialistas avaliam como um problema o núcleo trabalhador da família real ser tão enxuto.
Impactar
O príncipe William não quer ser um mero rei figurativo, conforme fontes. Antes mesmo de assumir o comando da Coroa, ele visa criar projetos de impacto, sendo um exemplo disso o Prêmio Earthshot e as campanhas voltadas à saúde mental, além das iniciativas dedicadas a reduzir a falta de moradia no Reino Unido.
“Já estou atuando no setor dos sem-teto há muito tempo e, por isso, em vez de ser apenas patrono, quero fazer mais, quero realmente construir as casas, quero proporcionar apoio mental, emprego e a educação que eles podem precisar”, ressaltou o príncipe de Gales no ano passado.
Lançado em outubro de 2020, o Prêmio Earthshot busca reconhecer iniciativas mundiais que combatem as consequências do aquecimento global. “As ações que escolhemos ou não adotar nos próximos 10 anos vão determinar o destino do planeta pelos próximos mil”, salientou William em um vídeo sobre a premiação.
Em uma entrevista no ducado de Cornualha em novembro, o príncipe William deu um aperitivo do que pretende executar quando estiver à frente do trono britânico. “É mais sobre como posso mostrar mais minha intenção? Como podemos fazer mais por você? E dar ao indivíduo um futuro cada vez melhor”, declarou.
Enquanto a coroa não é colocada em sua cabeça, William detalhou atuar como uma “liderança social”. “É nisso que estou tentando encontrar o meu caminho. Eu me preocupo com tantas coisas e, anteriormente, a família tem destacado isso de forma brilhante, mas quero dar um passo além e realmente trazer mudanças”, expressou o futuro rei do Reino Unido.
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