Príncipe Louis de Bourbon detona abertura das Olimpíadas: “Deplorável”
“Um espetáculo ultrajante”, declarou o chefe da Casa Real da França em nota impactante sobre a cerimônia de abertura das Olimpíadas
atualizado
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“Um espetáculo ultrajante”. Com essas palavras, o príncipe Louis de Bourbon se referiu à cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. O chefe da Casa Real da França, que seria o herdeiro do trono francês como Luís XX, caso a monarquia fosse restituída, emitiu uma nota impactante sobre o evento realizado na última sexta-feira (26/7).
“Como descendente da Casa de Bourbon, como descendente dos Quarenta Reis que fizeram a França, não posso ficar mudo para o espetáculo deplorável de parte das cerimônias de abertura”, declarou o príncipe. Para ele, enquanto as performances artísticas e técnicas estavam ao mesmo nível que a França, alguns aproveitaram para “destilar conteúdo ideológico mortífero e abjeto”.
“Mais uma vez, o regime atual mostrou a sua verdadeira face, profundamente anticristão, alheio do passado longo da França, do qual a monarquia cristã faz parte, e ansioso por trazer ao auge dos tempos conturbados em que o terror e a divisão reinavam”, opinou.
Segundo Louis, enquanto a cerimônia foi concebida para ser inclusiva e respeitosa a todos, a religião católica e os mortos foram “marcados com o selo da infâmia e do ridículo”. “Me recuso que a França esteja em conformidade com o modelo apresentado. O nosso país vale mais do que sangue e o burlesco estridente. Antes de ser a mãe das revoluções e dos progressistas devotos, a França era a filha mais velha da Igreja e da pátria das Letras, Artes e Requinte”, comunicou.
Por fim, o duque de Anjou completou:
“A França não é o espetáculo a que você assistiu. Cada dia mais urgente, para nós franceses, escolher o modelo que queremos para a França. Precisamos reconstruir nossa pátria amada, e construir um futuro forte e credível, enraizado na tradição, no respeito e na unidade”.
Polêmica
Conforme o Metrópoles divulgou na última segunda-feira (29/7), após muita polêmica, a organização da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris pediu desculpas pela suposta paródia de A Última Ceia. O momento, com presença de artistas, dançarinos e drag queens, foi alvo de repúdio. A Igreja Católica da França, por exemplo, chegou a dizer que a cerimônia “incluiu cenas de zombaria ao Cristianismo.”
Em entrevista coletiva no último domingo (28/7), uma porta-voz dos jogos de Paris, Anne Descamps, foi questionada sobre o episódio e disse o seguinte:
“Nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, acho que tentamos celebrar a comunidade, a tolerância. Acreditamos que essa intenção foi alcançada. Se alguém se sentiu ofendido, é claro que lamentamos muito.”
Em uma entrevista anterior, o diretor da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, chegou a dizer que A Última Ceia não foi a inspiração para a construção da cena. “Dionísio vem à mesa porque ele é o deus grego da celebração e essa sequência é chamada de ‘festival'”, afirmou.
Jolly explicou, ainda, que a intenção não foi zombar de alguém: “O deus do vinho, que também é uma joia francesa e pai de Sequana, a deusa ligada ao rio Sena. A ideia era criar uma grande festa pagã ligada ao deus do Olimpo, e vocês nunca encontrarão em mim, nem no meu trabalho, qualquer desejo de zombar de alguém.”
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