Príncipe Harry diz que matou 25 pessoas no Afeganistão e Talibã rebate
Na autobiografia, Harry revelou ter matado 25 pessoas no Afeganistão, à época em que servia ao Exército britânico. O Talibã criticou o ato
atualizado
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O príncipe Harry fez revelações bombásticas no livro de memórias Spare. Prevista para ser lançada oficialmente na terça-feira (10/1), a autobiografia teve trechos vazados e alguns exemplares foram colocados à venda antecipadamente na Espanha. Em um dos capítulos, o caçula do rei Charles III revelou ter matado 25 pessoas no Afeganistão, à época em que servia ao Exército britânico. À frente do governo do país asiático desde o ano passado, o grupo extremista Talibã reagiu ao saber da confissão do príncipe.
Nesta sexta-feira (6/1), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão, Abdul Qahar Balkhi, criticou o depoimento de Harry em um comunicado: “A ocupação ocidental do Afeganistão é realmente um momento odioso na história da humanidade, e os comentários do príncipe Harry são um microcosmo do trauma vivido pelos afegãos nas mãos das forças de ocupação que assassinaram inocentes sem qualquer responsabilidade”, desabafou.
No trecho em que dá detalhe da missão no Afeganistão, o duque de Sussex fez comentários negativos sobre os mortos. “Não foi uma estatística que me enche de orgulho, mas também não me deixou envergonhado. Quando me vi mergulhado no calor e na confusão do combate, não pensei neles como 25 pessoas. Eram peças de xadrez removidas do tabuleiro, pessoas más eliminadas antes que pudessem matar pessoas boas”, relatou em Spare.
10 revelações bombásticas do livro de memórias do príncipe Harry
Em um dos parágrafos, o príncipe definiu as vítimas de “insurgentes”. Diante da declaração polêmica do caçula do rei Charles, um ex-comandante do Exército britânico no país asiático criticou a fala do duque de Sussex em entrevista ao tabloide The Mirror. Na avaliação de Richard Kemp, Harry “minou” o trabalho positivo executado em solo afegão. Ex-conselheiro de Segurança Nacional, Kim Darroch lamentou a atitude do príncipe em revelar questões ultrassecretas.
“Pessoalmente, se eu estivesse orientando o príncipe, teria desaconselhado o tipo de detalhe em que ele forneceu”, atestou.
Livro
O príncipe Harry confidenciou vários episódios da vida, a exemplo de ter usado cocaína pela primeira vez na adolescência.
“Eu era um jovem de 17 anos disposto a experimentar quase tudo que alterasse a ordem pré-estabelecida”, enfatizou Harry em Spare. A respeito do ato, ele continuou: “Não foi muito divertido e não me deixou especialmente feliz como parecia acontecer com os outros, mas me fez sentir diferente”.
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