Príncipe Charles passa vergonha em cerimônia de libertação de Barbados
Herdeiro do trono britânico, Charles participou do evento que marcou a transição de Barbados do regime monárquico para república
atualizado
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O meme “Já amanheci cansada” poderia refletir um flagra do príncipe Charles. Na terça-feira (30/11), profissionais da imprensa capturaram o futuro rei do Reino Unido cochilando em uma importante cerimônia. Ele participou do evento que marcou a transição de Barbados do regime monárquico para república. O primogênito da rainha Elizabeth II está com 73 anos.
Sentado e com um livro nas mãos, o príncipe de Gales foi filmado com os olhos fechados enquanto a cabeça se movia lentamente para a frente. Quando os fotógrafos perceberam a soneca de Charles, capturaram o momento e, consequentemente, o futuro rei acordou com o disparo dos flashes das câmeras. De acordo com o Daily Mail, o integrante da dinastia Windsor sentiu os efeitos do longo voo e da mudança de fuso horário.
Representante da monarquia, Charles presenciou a Cerimônia de Inauguração Presidencial, em Bridgetown, na capital de Barbados. Também participaram da solenidade a primeira presidente do país, Sandra Mason; o ex-jogador de críquete Garfield Sobers; e a cantora Rihanna. Como de costume, a artista roubou a cena. No discurso, o príncipe definiu o período de escravidão como algo que “mancha para sempre a nossa história”.
Herdeiro da Coroa britânica, Charles lembrou que o Reino Unido foi um dos principais atores do comércio transatlântico de escravos. “Dias mais sombrios de nosso passado”, frisou. Na declaração, o príncipe avaliou o fato de Barbados ter se tornado uma república como “um novo começo”. Como não faz mais viagens internacionais e está com problemas de saúde, a rainha enviou uma mensagem ao povo barbadiano.
Futuro incerto
Com a saída de Barbados da Commonwealth, agora, Elizabeth II comanda apenas 15 países. Vale ressaltar que o território do Reino Unido abrange Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. Na avaliação de um historiador, a libertação de Barbados das rédeas da Coroa britânica pode desencadear uma reação em cadeia. É a primeira vez em 29 anos que a rainha foi destituída do posto de chefe de Estado, desde as Ilhas Maurício em 1992.
Em entrevista ao portal Express, a historiadora Jenny Hocking analisou o cenário e acredita que, em breve, outros países vão conquistar a independência: “Realmente, acho que quando você olha ao redor das outras nações da Commonwealth, vê um movimento gradual em direção ao desenvolvimento do status republicano”. Em 1999, a Austrália seguiu o caminho oposto ao de Barbados, ao manter a monarquia, após um referendo.
Em 1962, a Jamaica tornou-se independente do Reino Unido, entretanto, optou por manter a rainha Elizabeth II como chefe de Estado e permanecer entre os países que compõem a Commonwealth. Ao que tudo indica, a situação está prestes a mudar, se depender do líder do partido de oposição, Mark Golding. “Nós, da Jamaica, devemos seguir [sozinhos] agora”, destacou o político.
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