Pratas da casa: conheça 5 rainhas de bateria “crias da comunidade”
Para além das celebridades, conheça as sambistas que fazem parte das agremiações do Grupo Especial do Rio de Janeiro desde a infância
atualizado
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Todos os anos, alguns meses antes do Carnaval, o público é bombardeado com notícias relacionadas às celebridades que serão rainhas de bateria no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Contudo, para além das famosas que estamos acostumados a ver como atrizes, cantoras ou modelos, existem também as rainhas de bateria “crias da comunidade”. Chamadas também de “pratas da casa”, essas sambistas têm participação nas escolas desde a infância.
Não as conhece? A coluna Claudia Meireles elenca cinco rainhas de bateria do Grupo Especial do Rio de Janeiro que, antes de estarem à frente da bateria, tiveram uma história com a escola.
Confira:
Evelyn Bastos – Estação Primeira de Mangueira
Formada em Educação Física e História, Evelyn Bastos, de 28 anos, nasceu e cresceu no Morro da Mangueira, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. No posto desde 2014, Evelyn já participou de dois campeonatos da Mangueira como rainha – em 2016 e 2019.
A carioca é filha de Valéria Bastos, que esteve à frente da bateria verde e rosa de 1987 a 1989. Além disso, chegou a ser rainha da bateria da Mangueira do Amanhã, a escola de samba mirim da agremiação.
Em seu Instagram, além de seu dia a dia como rainha, Evelyn compartilha novidades de sua marca de roupas, La Reina, e utiliza o espaço para mostrar seu lado ativista. Aos seus seguidores, a bela sempre faz questão de reforçar que o Carnaval também é um ato de resistência, e se considera uma representante das mulheres periféricas.
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Raissa de Oliveira – Beija-Flor de Nilópolis
Com 31 anos, Raissa de Oliveira – que está à frente da bateria da Beija-Flor de Nilópolis – acaba de completar nada menos que 20 anos de agremiação. Seu primeiro desfile pela escola foi em 2003, ainda com 12 anos de idade. Desde então, nunca mais saiu. Nesse período, a carioca já faturou oito campeonatos junto à Beija-Flor.
Raissa nasceu e cresceu em Nilópolis, cidade da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, e frequenta a escola desde muito criança. Formada em Jornalismo, a sambista credita à Beija-Flor a oportunidade que teve de estudar e dar uma vida melhor para sua família.
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Bianca Monteiro – Portela
Nascida e criada em Madureira, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, Bianca começou na Portela ainda como passista mirim. Ocupou o posto por 14 anos, até ser convidada, em 2017, a realizar seu maior sonho: estar à frente da bateria da azul e branca.
Além de ser rainha, Bianca dá aulas de samba durante o ano por todo o Brasil, e também é CEO da Oficina Paulo da Portela, um projeto artístico em homenagem a Paulo Benjamim de Oliveira – grande ídolo da escola de samba – para jovens e adultos da Zona Norte.
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Raphaela Gomes – São Clemente
A carioca Raphaela Gomes, de apenas 22 anos, completará nada menos que 18 anos em desfiles pela São Clemente na Marquês de Sapucaí no próximo sábado (23/4). Raphaela não só é cria da comunidade como traz a história da São Clemente em sua família, uma vez que é neta do fundador da escola e filha de seu atual presidente.
Apesar de ter desfilado pela primeira vez ainda com quatro anos de idade, foi nomeada ao posto de rainha ao 15, de onde não saiu desde então (e nem pretende).
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Giovana Angélica – Mocidade Independente de Padre Miguel
Apesar de Giovana Angélica ocupar o posto de rainha apenas desde 2020 e ter sua estréia no sábado (23/4), não se engane – ela é nascida e criada em Padre Miguel, verdadeira cria da comunidade. Antes musa da escola, a carioca de 33 anos foi escolhida pela diretoria para estar à frente da bateria por conta do samba no pé e da história com a verde e branco.
E o amor pela Mocidade é tanto que, nos últimos dias, Giovana chamou a atenção da mídia por dar uma prova de comprometimento à escola: para entrar na avenida com o enredo que homenageia o orixá Oxóssi, ela raspou o cabelo. Assim, vai ficar parecida com os ritmistas e vai entrar 100% no personagem.
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