Após o anúncio da morte do príncipe Philip, de 99 anos, na última sexta-feira (9/4), o mundo voltou sua atenção à realeza britânica e aos possíveis desdobramentos dessa história. Um deles foi o nome de Lady Di, que, mais uma vez, veio à tona. O motivo? Afirma-se que seus fãs “festejariam” a morte do duque de Edimburgo. No Twitter o assunto ganhou destaque.

*Príncipe Philip morreu*

qualquer pessoa lendo isso // os fãs da Lady Di lendo isso pic.twitter.com/2AvP0rzDWe

— 🥃 (@JC_Coverdale) April 9, 2021

Afinal, por que o relacionamento entre ambos os membros da realeza foi tão complicado? Vamos aos fatos:

Aos que assistiram à série The Crown, da Netflix, fica mais fácil de visualizar o contexto. O segundo episódio da 4ª temporada mostra um fim de semana no Castelo de Balmoral, no qual a família real recebe a visita da primeira-ministra Margaret Thatcher (Gillian Anderson) e de Diana Spencer (Emma Corrin), a nova namorada de Charles.

Nomeado de “O Teste de Balmoral”, o capítulo apresenta a primeira forte impressão de Diana no jantar, seguido de um convite de Philip, na manhã seguinte, para uma expedição de caça (que também funcionou como um interrogatório amigável). A jovem se saiu muito bem durante o passeio com seu futuro sogro, o que o fez aprovar o relacionamento de Charles.

Infelizmente, essa cena não aconteceu de fato, ela foi inventada por Peter Morgan e seus escritores. Todavia, de acordo com o ex-mordomo real Grant Harrold, se a rainha convida alguém para Balmoral, essa pessoa está sendo convidada para passar um tempo com a família real em um ambiente pessoal. “Você estará nas colinas com a rainha ou outros membros da família real, talvez pescando, caçando ou fazendo atividades em outros países”, disse ao jornal The Daily Record.

Amigos ou não?

Os relatos que envolvem Philip e Diana são bastante conflitantes. Segundo a CNN, há a sugestão de que o duque de Edimburgo foi “cruel” com a princesa, o que contraria o tom das muitas cartas que ele escreveu à nora enquanto o casamento dela com Charles estava indo por água abaixo.

Em uma delas, conforme cita o Daily Mail, Philip disse a ela que queria fazer o máximo “para ajudar você e Charles da melhor maneira possível. Mas estou pronto para admitir que não tenho nenhum talento como conselheiro matrimonial”. Em outro bilhete, ele simpatizou com a princesa e colocou grande parte da culpa pelo fracasso do casamento no filho.

“Não aprovamos que nenhum de vocês tenha amantes. Charles era tolo por arriscar tudo com Camilla por um homem em sua posição. Nunca sonhamos que ele sentiria vontade de deixá-la por ela. Não consigo imaginar ninguém em sã consciência deixando você por Camilla. Tal perspectiva nunca passou por nossas cabeças”, escreveu Philip a Diana.

Em resposta ao sogro, Lady Di agradeceu pelo apoio: “Querido pai, fiquei particularmente comovida com sua carta mais recente, que me provou, se eu ainda não sabia, que você realmente se importa. Você é muito modesto sobre suas habilidades de orientação no casamento, e eu discordo de você”.

Tudo estava indo bem, até que as coisas mudaram. Acredita-se que, para defender a realeza, o príncipe Philip também teria escrito uma série de cartas que “chatearam e enfureceram” a princesa. Em um deles, ele teria dito a ela que seu comportamento “irracional” e ciúme eram os culpados por muitos de seus problemas conjugais com Charles. “Tem certeza que não é sua culpa o fato de que ele te traiu?”, escreveu.

Em outra, ele disse a ela sem rodeios que fazer parte da família real “envolvia muito mais do que simplesmente ser um herói com o povo britânico”. Os textos do duque de Edimburgo confundiram a princesa. Dalí em diante, o companheirismo acabou.

Em uma entrevista à People, Tobias Menzies sugeriu que Philip e Diana encontraram um terreno comum porque ambos vieram para a família real como “estranhos”, mas que ele cometeu um erro de cálculo ao conhecer Diana. “Na verdade, ele acaba subestimando-a, o que é um pouco uma cegueira paterna, possivelmente machismo”, afirmou. “Ele fica muito seduzido por esta linda jovem e não registra realmente a turbulência que está claramente nela, o que acaba sendo muito destrutivo para a família e obviamente fatal para ela.”

A princesa de Gales guardou todas as cartas que recebia e as amarrou em um pacote. Paul Burrell, ex-mordomo real, anunciou em seu livro A Royal Duty que essa era uma preservação da verdade. “Ela fez várias fotocópias que despachou para amigos em quem confiava”, comentou o autor.

Philip acusado pela morte de Diana?

Os indícios que firmavam a relação conflituosa entre Lady Di e o sogro serviram de argumento para a “teoria da conspiração” envolvendo o falecimento de Diana. Ela morreu em um acidente de carro em Paris, em 1997, junto com seu então namorado, Dodi Al-Fayed.

O pai de Dodi, Mohamed Al-Fayed, desconfiou que tudo foi armado pelo príncipe Philip juntamente com o serviço secreto britânico para matar a princesa e o namorado. A tentativa de provar na justiça, portanto, falhou. Foi determinado que o acidente foi causado pela embriaguez do motorista do carro, Henri Paul. O veículo estava sendo perseguido por paparazzi.

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