Polícia questionou Charles sobre “conspirar” a morte da princesa Diana
O príncipe Charles chegou a ser questionado pela polícia a respeito da morte de Diana, em 1997, segundo revelou o Daily Mail
atualizado
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A morte da princesa Diana continua um mistério. Ela não resistiu a um acidente de carro, ocorrido em Paris, em 31 de agosto de 1997. Dentre tantos questionamentos, os admiradores de Lady Di se perguntam se a tragédia foi ou não encomendada? De acordo com um novo relatório revelado pelo Daily Mail, o ex-marido da falecida, o príncipe Charles, chegou a ser questionado pela polícia do Reino Unido em 2005 sobre o assunto.
A investigação integra a Operação Paget, que apura várias teorias da conspiração em torno da morte de Diana. A linha de análise foi lançada pela Polícia Metropolitana Britânica em 2004. Ex-chefe da Scotland Yard John Stevens conversou com Charles a respeito de uma nota escrita pela princesa em 1995. Na mensagem, Lady Di rascunhou: “Meu marido está planejando ‘um acidente’ no meu carro, falha no freio e sério ferimento na cabeça”.
Segundo a princesa, Charles queria que ela morresse para poder se casar com Tiggy Legge-Bourke, babá dos filhos do casal, o príncipe William e Harry. O primogênito da rainha Elizabeth II e Lady Di se divorciaram em 1996 após uma série de traições e polêmicas. Herdeiro do trono britânico, Charles depôs no Palácio de St. James como testemunha dois anos após o início da investigação. O bilhete se tornou público em 2003.
“Sim, alegações foram feitas sobre o príncipe de Gales e outros membros da realeza, mas tivemos de encontrar ou examinar as evidências [existentes] antes de abordá-lo com perguntas formais”, contou Stevens ao Daily Mail. “Não encontramos nenhuma outra evidência para apoiar o cenário sugerido na nota de Diana. Ficamos com o bilhete, o que por si só não era suficiente para tornar Charles um suspeito formal”, acrescentou.
O ex-chefe da Scotland Yard disse que se o príncipe Charles decidisse ajudar a Operação Paget faria voluntariamente como uma testemunha em potencial. “Não o estaríamos entrevistando sob cautela”, complementou. Ao Daily Mail, John Stevens recordou partes da conversa com o filho da rainha. Ele chegou a ler a mensagem deixada por Lady Di ao príncipe e depois perguntou: “Por que você acha que a princesa escreveu este bilhete, senhor?”.
Atualmente com 72 anos, Charles respondeu ao oficial: “Eu não sabia nada sobre [a nota] até que foi publicada na mídia”. Stevens questionou se o casal não havia discutido a respeito do bilhete. O herdeiro da Coroa britânica alegou: “Não, eu nem sabia que existia”. O ex-chefe da Scotland Yard perguntou o motivo da princesa Diana ter e resolver relatar tais sentimentos em um pedaço de papel. O príncipe reagiu com: “Não, não quero”.
Ao Daily Mail, John Stevens relembrou que o filho da rainha “foi incrivelmente cooperativo porque não tinha nada a esconder. Embora o ex-marido de Lady Di tenha contribuído com as investigações, quem se recusou a ajudar foi o pai de Charles, o príncipe Philip. Ele retornou o pedido para comentar as alegações com três palavras, conforme recordou o oficial: “Não, obrigado”.
De acordo com as investigações, o bilhete de Lady Di foi escrito na época em que ela concedeu entrevista a Martin Bashir, do programa Panorama, da BBC. Um inquérito conduzido pelo ex-juiz da Suprema Corte do Reino Unido, John Dyson, descobriu que o jornalista usou de “métodos enganosos” para garantir a conversa com Diana. Ele utilizou até de extratos bancários falsos para coagir a princesa.
Stevens lamentou não ido atrás do jornalista Bashir, à época, para apurar a respeito da tragédia, que culminou na morte de Lady Di. “Se houvesse uma alegação de que Bashir havia produzido documentos supostamente falsos para a princesa Diana, o que é um crime, teríamos investigado. Meu Deus, teríamos feito. Mas isso só saiu recentemente, o que é lamentável”, enfatizou.
Homenagem
Em 1º julho, Diana completaria 60 anos. Para homenageá-la, será inaugurada uma estátua no Jardim Afundado, local favorito de Lady Di no Palácio de Kensington, residência oficial do filho, o príncipe William. Quem também deverá participar da solenidade é o caçula da princesa, Harry. Segundo a imprensa, o duque de Sussex deverá viajar dos Estados Unidos para a terra da rainha, acompanhado da mulher, Meghan Markle, e dos filhos, Archie, de 2 anos, e da recém-nascida Lilibet Diana.
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