Plástica no calor? Médico lista 6 cuidados básicos no pós-operatório
O cirurgião plástico Luís Maatz citou seis cuidados necessários para evitar incômodos e problemas depois de um pós-operatório
atualizado
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O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo, segundo dados de 2020 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). No país, foram realizadas mais de 1,3 milhão de intervenções estéticas, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 1,5 milhão. Lipoaspiração, aumento e lifting da mama, cirurgia de pálpebra, abdominoplastia e rinoplastia estão entre os procedimentos mais procurados.
Pouca gente imagina, mas as estações do ano podem ser um ponto importante na hora de escolher a melhor data para a realização da intervenção. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de procedimentos cirúrgicos estéticos é maior no frio — cerca de 60%. A época do calor, por sua vez, também atrai muitas pacientes, com cerca de 40% de procura.
“Na realidade, não há momento certo para quem está incomodado com algo no corpo e quer melhorar a aparência o quanto antes”, afirma Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em cirurgia geral e plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Entretanto, no calor, o pós-operatório requer cuidados especiais para não prejudicar os resultados. Abaixo, o expert lista seis cuidados necessários para evitar os incômodos do pós-operatório.
Confira!
Inchaço
“O calor aumenta o inchaço na região operada, fator relacionado à vasodilatação. Especialmente para quem tem propensão à retenção de líquidos ou quando realizada uma cirurgia plástica de maior porte, a ingestão hídrica diária de mais de 3 litros ajuda a evitar a hipotensão durante o pós-operatório, que pode ser potencializada pelo calor”, explica o membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SB0CP).
Além disso, ele pede que evite bebidas alcoólicas, pois são diuréticas, favorecendo a perda de líquidos, além de interferirem nas medicações e no funcionamento regular do organismo.
Exposição solar
Os raios ultravioletas prejudicam o processo de cicatrização, causando pigmentação nos tecidos regenerados, a chamada cicatriz hipercrômica, deixando-a escurecida e bem mais visível. Portanto, evite a exposição solar por, pelo menos, dois meses pós-cirurgia.
“O uso de filtro solar com FPS 60 em regiões operadas é altamente recomendável, além do uso de bonés e chapéus no caso de cirurgias na face. Neste quesito, vale o bom senso e a paciência, por mais que o sol seja irresistível nessa época”, diz Maatz.
Equimoses
“Após a cirurgia, é comum o aparecimento de hematomas — as equimoses —, e se as regiões submetidas à plástica forem expostas ao sol, esses hematomas podem se tornar manchas permanentes na pele. O ideal, dependendo de cada caso, é não tomar sol por, ao menos, dois meses após a cirurgia. Se a exposição solar for inevitável, abuse do filtro solar com FPS 60 nos hematomas”, alerta o médico.
Drenagem linfática
O recurso fitoterápico, realizado normalmente pelo fisioterapeuta, estimula o sistema linfático, acelerando o processo de retirada dos líquidos acumulados e aumentando a circulação sanguínea.
“É indicada em cirurgias de abdômen, lipoaspiração, lipoescultura, cirurgia de mama e face. Ela ajuda no reparo tecidual da região operada, minimizando hematomas e fibroses”, reforça e especialista em reconstrução mamária pelo Hospital Sírio-Libanês.
Ambiente confortável
Para evitar a transpiração, procure se manter em ambientes de temperatura regular. Janelas abertas com vento em circulação ou até ventilador/ar-condicionado tornam o espaço mais agradável. Aposte também em umidificadores, caso o ambiente esteja seco.
Cintas e roupas
“O uso da cinta elástica após a cirurgia é fundamental. Ela age comprimindo a região operada, diminuindo o inchaço e proporcionando uma recuperação mais rápida. “Aposte em coletes modernos, feitos de tecidos antitranspirantes. Também use roupas mais leves, que não sejam sintéticas e nem apertadas, para não prejudicar a circulação sanguínea”, finaliza Luís Maatz.
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