Para quem o café é contraindicado? Especialistas revelam
Apesar dos benefícios à saúde, é importante estar ciente dos possíveis riscos associados ao consumo excessivo ou em certas situações
atualizado
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Muito comum nos lares brasileiros, o café é uma bebida capaz de trazer diversos proveitos para a saúde. Além de ser rico em polifenóis, ajudando a reduzir o risco de doenças crônicas e a proteger as células do estresse oxidativo, o ingrediente ainda é fonte de vitaminas do complexo B, potássio e manganês.
A cafeína também pode aumentar o estado de alerta e a concentração, bem como induzir a produção de hormônios ligados à sensação de prazer e de bem-estar em algumas pessoas.
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Cuidados
Outros benefícios para a saúde como um todo são encontrados no café. No entanto, sua ingesta exige cautela. Para a nutricionista Amanda Figueiredo, é importante estar ciente dos possíveis riscos associados ao consumo excessivo ou em certas situações.
“Para a maioria das pessoas, ingerir até 400 mg de cafeína por dia (aproximadamente três a quatro xícaras de café) é considerado seguro. No entanto, o consumo exagerado pode causar efeitos colaterais, como insônia, nervosismo, ansiedade, taquicardia, irritabilidade e tremores”, alerta.
Crianças com menos de 2 anos, por exemplo, não podem ingerir a bebida.
A especialista adverte também que a cafeína pode aumentar temporariamente a pressão arterial. Logo, quem tem hipertensão deve monitorar o consumo, pois o excesso pode agravar a condição.
“Pacientes com arritmias ou doenças cardíacas também devem ter cautela, uma vez que a cafeína pode afetar o ritmo cardíaco e aumentar os batimentos”, complementa.
Já indivíduos com transtornos de ansiedade, insônia ou distúrbios do sono podem sofrer com os efeitos estimulantes do café, que é capaz de intensificar a agitação, irritabilidade e dificuldade para dormir, conforme elucida Amanda.
Segundo a nutricionista Vanessa Furstenberger, há, ainda, pessoas com uma metabolização mais rápida da cafeína. “Mesmo tomando uma grande quantidade da bebida, elas não se sentem tão estimuladas. Outras, já têm uma metabolização mais lenta, sentindo-se muito estimuladas mesmo com uma pouca quantidade de café”, alega.
“Principalmente aos indivíduos que têm a metabolização mais lenta da cafeína, é recomendado que a bebida não seja consumida pelo menos quatro horas antes de dormir, para que se tenha uma boa qualidade de sono”, sugere.
Amanda acrescenta que o consumo excessivo ainda pode interferir na absorção de cálcio, aumentando o risco de osteoporose em indivíduos predispostos. “Mulheres pós-menopausa, que já têm maior risco de perda óssea, devem moderar o consumo de café e garantir uma ingestão adequada de cálcio”, aconselha.
Já quanto às gestantes, não há dose segura de consumo de café durante a gravidez confirmada pela ciência. “A cafeína atravessa a placenta e pode afetar o desenvolvimento do feto, aumentando o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e baixo peso ao nascer. De acordo com algumas diretrizes, a quantidade máxima recomendada de café durante a gravidez é de até 1 xícara de 340 ml de café coado”, encerra a nutricionista.
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