Papais brasilienses de primeira viagem compartilham experiências
Parte dos papais vive ótimos dias na presença dos pimpolhos, enquanto outros estão à espera da chegada dos bebês e já comemoram a data
atualizado
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“A primeira vez a gente nunca esquece”. A frase se encaixa perfeitamente com o início da paternidade. Pegar o filho ou filha no colo logo após o nascimento, colocar para ninar e trocar a fralda são episódios marcantes na trajetória de um pai. Para alguns deles, as situações anteriores representam os primeiros passos da desafiadora missão que está por vir em cuidar, educar e mostrar os melhores caminhos aos pequenos.
A Coluna Claudia Meireles conversou com nove paizões de primeira viagem, brasilienses e radicados na capital federal, a respeito das expectativas da paternidade no primeiro — ou segundo — Dia dos Pais. Parte deles vive ótimos dias na presença dos pimpolhos, enquanto outros estão à doce espera da chegada dos bebês e fazem questão de já comemorar a data.
Nos agradáveis bate-papos, os papais compartilharam os anseios da importante responsabilidade. Confira os comoventes relatos:
Marcelo Araújo
Tendo apenas sete meses, José Vicente transformou a vida do pai, Marcelo Araújo, ao nascer. Quando olhou o rostinho do bebê, o empresário percebeu que nunca mais seria a mesma pessoa. “Agora tenho alguém que depende de mim e que vai poder contar comigo para o resto da vida”, garante. Para o paizão, a paternidade não é uma missão difícil, mas sim “uma oportunidade dada por Deus”. “Nem sempre os filhos vêm para aprender, muitas vezes, eles vêm para nos ensinar. Vou aproveitar a jornada”, defende.
Marcelo viu aflorar o sentimento da paternidade com Fefê, filha da esposa Fernanda Leão, mãe de José Vicente. O empresário escolheu o nome do herdeiro a fim de homenagear o patriarca, José, e o avô Vicente. “Como é o primeiro neto dos meus pais, eu quis honrar minhas origens”, afirma. Corre nas veias do bebê o gênio do paizão: “Mandão e bravo, mas bonzinho também. Algumas pessoas dizem que ele é a minha cara e outros comentam ser parecido com a mãe”.
Rafael Vaz
No aguardo da chegada de Laura — fruto do casamento com Marcela Corrieri —, Rafael Vaz tem guardado na memória cada instante do início da paternidade. “Sentimento indescritível quando escutei o coração pela primeira vez. Descobrir o sexo foi outra sensação incrível. Emoção total”, recorda o executivo. Rafael descobriu que seria papai ao abrir uma caixinha preparada pela esposa.
Rafael almeja ser lembrado por Laura como um pai exemplar, com princípios de humildade e honestidade. “Quero proporcionar o impossível, se necessário, à minha filha e estando próximo em cada etapa de sua vida”, diz. Embora a bebê ainda não tenha nascido, o executivo definiu como maior desafio da paternidade “conseguir transmitir os valores que acredita”. Ele espera que a menina “cresça e tome decisões certas”.
Gabriel Granjeiro
Gabriel Granjeiro experimentou “um sentimento indescritível” ao se tornar pai há três meses. O nome do primogênito foi escolhido pelo empresário com base na história bíblica de Ana. Ela tinha dificuldades para engravidar e quando gestou um filho colocou o nome de Samuel. “Minha esposa, Viviane Granjeiro, recebeu um diagnóstico ruim nesse sentido”, rememora o CEO e sócio-fundador do Gran Cursos. Ele está no renomado ranking Forbes Under 30 Brasil.
“Aquela velha — porém, verdadeira — história que apenas quem é pai entende. Eles estavam certos. Alegria que invade a casa por meio de uma criança é muito especial”, descreve Gabriel a respeito do exercício da paternidade.
Na avaliação de Gabriel, alguns traços de Samuel são iguais aos seus, como olhar, nariz, boca e orelhas. Mas para o CEO, o filho puxou a personalidade risonha e alegre da mãe. Os desejos do empresário para o futuro do herdeiro se resumem na palavra felicidade: “Eu quero que ele seja feliz, realizado, pessoal e profissionalmente. É o que importa na vida”. Sobre as principais exigências do ofício da paternidade, o jovem prodígio deixa claro que a missão requer “atenção dedicada e muito tempo”.
Diego Pessoa
Maria Sofia, filha de Tatá Canhedo e Diego Pessoa, nasceu em 6 de outubro de 2021. Cerca de 10 meses depois, o encantamento do casal pela pequena só cresce. Escolher o nome da herdeira não foi tarefa difícil para o casal, conforme comenta o papai. “Nós dois gostamos de Maria. Só tivemos que pensar em outro nome que acompanhasse. Sinceramente, não demoramos nem um dia para escolhê-lo”.
De acordo com o empresário e sócio da XP Investimentos, quando soube que Maria Sofia iria nascer, a ficha da paternidade caiu. “Não sei dizer exatamente o sentimento, só sei que, a partir daquele momento, eu tinha um novo propósito de vida. Bateu aquele frio na barriga, pois, por mais que você se prepare psicologicamente, na verdade, você só entende como cuidar de um bebê quando chega em casa e não tem para onde correr!”, reflete.
“Eu sempre quis ser um pai superpresente, então eu faço de tudo: troco fralda, dou banho, coloco pra dormir. E isso só fez crescer um amor imensurável por Maria Sofia e ainda maior pela supermãe que a Tatá se tornou”, contempla Diego.
“Não tem nem como dizer que ela não se parece comigo!”, brinca o empresário. Quando Tatá posta alguma foto de Maria Sofia no Instagram, a maioria dos comentários são sobre a semelhança da criança com o pai. Segundo Diego, a pequena é uma bebê superatenta e, como não gosta de perder nada, dormir não é o forte dela. “Isso ela puxou a mim, sem dúvida”, esclarece.
Diego quer deixar para a primogênita o seguinte ensinamento: “O mais importante na vida é a família”. “Gostaria que nossos filhos tivessem orgulho por sermos pais trabalhadores, que fazem o bem e respeitam as pessoas”, deseja. Na percepção dele, ser pai é um grande ofício, mas não acredita que seja difícil. “Se você tem uma esposa parceira ao lado para dividir essa responsabilidade. Muito importante o casal estar em sintonia para conseguir encarar essa missão”, finaliza.
Vagner Araújo
Amor e emoção tomaram conta de Vagner Araújo durante o nascimento da primogênita, Louise, fruto do casamento com Marcela Castilho. “Algo realmente explicável. Ao longo do dia, os sentimentos só cresceram. Junto, veio a gratidão pela vida dela e por ter nos escolhido para sermos seus pais”, sustenta. A menina tem nove meses e, desde então, só trouxe felicidade ao papai. “Ela sempre foi muito desejada por nós e agradeço a Deus por esse presente”.
Vagner definiu como meta criar a criança com valores de honestidade, bondade e amor. “Principalmente, ensiná-la que a família é o bem maior e com Deus em sua vida tudo prosperará”, declara. O paizão vê as incertezas do mundo como grande desafio, mas não medirá esforços para transmitir conhecimento íntegro e bons exemplos.
Henrique Migras
Não falta amor à Stela, de sete meses. Fruto da união de Flávia Fontoura e Henrique Lima Migras, a menina é a alegria da família. Segundo o papai, a criança nasceu prematura, com 35 semanas — ou seja, oito meses —, após uma desafiadora jornada que pegou o casal de surpresa. “A gravidez ia muito bem. Eu comecei a suspeitar de Covid-19 e a Flávia também. Ela resolveu marcar um obstetra para ver se estava com a saúde ok. Na consulta, a médica viu que não havia líquido amniótico e o batimento cardíaco da Stela acelerou bastante. Ela pediu para fazer uma cesárea com urgência”, diz o empresário.
Para Henrique, a ocasião foi um susto. “Senti um medo tão grande, uma preocupação. Os médicos chegaram a nos preparar caso a Stela fosse para a UTI”, lembra. No entanto, o empresário comenta que tudo ocorreu bem e não houve a necessidade de levar a bebê à unidade de terapia intensiva. “Ela nasceu pequenininha, mas já com o peso suficiente”, conta.
Nos primeiros seis meses da garotinha, o sentimento de preocupação ainda perdurou entre os pais: “Queríamos que ela ganhasse peso”. Agora, a criança está com as medidas ideais, razão para Henrique ficar aliviado. “O que eu sinto agora é mais saudades mesmo, de querer vê-la. Ela sorri quando chego em casa. Existe uma comunicação entre a gente”, garante.
O papai revela que Stela possui uma marquinha de nascença idêntica a uma que ele tem, no mesmo formato e local. “De personalidade ela me puxou, sempre sorridente e vai com todo mundo”, brinca. Quanto ao legado que pretende deixar para a filha, Henrique frisa sobre “educação, humildade e respeito ao próximo”.
“Ser pai é realmente uma responsabilidade. Eu quero estar presente em todas as fases da vida da minha filha. Para isso, às vezes, temos de abrir mão de algumas coisas, mesmo assim, é muito gratificante”, entrega o empresário.
Fabio Ferreira
“É um momento muito especial para mim por ser o meu primeiro Dia dos Pais”, afirma Fabio Ferreira. Uma “alegria indescritível” tomou conta dele quando soube que iria virar papai. O advogado aguarda ansiosamente a chegada de Melissa, fruto do enlace com Mariana Miziara. A médica escolheu o nome da primogênita e ele concordou: “Achei lindo, doce e bastante original”.
Quando passou a refletir a respeito da paternidade, Fabio chegou à conclusão: “Meu mundo ia mudar e passaria a girar em torno da minha esposa e da minha filha. É uma sensação tão especial que se torna difícil colocar em palavras”. Com o passar dos dias, a alegria sentida por ele ganhou “novos contornos”. “Tive a dimensão de que teria uma pessoa dependente e moldada da maneira que eu e a Mariana queremos criá-la”. Segundo o advogado, um dos pilares da missão se resume em “servir de exemplo” no dia a dia, com caráter e amor ao próximo.
De acordo com o paizão, o princípio de fazer o bem a qualquer pessoa será transmitido diariamente à primogênita e aos futuros filhos. “Eu não sou 100% pai atuante, mas já estou me preparando, pois serei responsável por uma vida e por escolhas altamente impactantes em uma pessoa”, endossa. Ao meditar sobre o exercício da paternidade, Fabio sustenta a tese: “Basta ser você mesmo, dedicar atenção, estar sempre disposto a aprender e ter muita paciência, palavra que considero chave, porque o bebê nasce sem saber absolutamente nada nem a se comunicar”.
Amilcar Ribeiro
Amilcar Ribeiro é papai em dose dupla, de Anthony, de 1 ano e sete meses, e Arik, com um pouco mais de um mês. Ele escolheu o nome dos filhos com a esposa, Poliana Soares, mas prezava que ambos começassem com a letra “a”. “Na minha família, pai, mãe, meus irmãos e eu começamos com a letra”, justifica.
Quando os filhos nasceram, Amilcar sentiu algo muito forte no peito. “Foi o sentimento mais intenso, diferente e maravilhoso de toda a minha vida. Como eu sempre fiz vários esportes radicais com muita adrenalina, pensei que nunca poderia vivenciar algo mais forte. Uma experiência incrível”, relata.
No ponto de vista do paizão, Anthony se parece fisicamente mais com a mãe, ao contrário de Arik, que traz os traços de Amilcar. “A boca e o nariz dos dois são idênticos aos meus. Eles terão a personalidade bem forte igual a minha”, espera. Ele define a paternidade como uma “dádiva de Deus”: “Não vejo como desafio, e sim como o melhor presente que um homem pode ganhar, mesmo nesse mundo doido de hoje”.
Diante disso, Amilcar almeja que os filhos se tornem “grandes homens e façam grandes realizações a fim de contribuírem para um mundo melhor”. Ética, integridade e solidariedade são a tríade a ser deixada de legado pelo papai a Anthony e Arik.
Léo Lynce
No próximo dia 18, Maria Alice fará seis meses. Primogênita de Sofia Peixoto e Léo Lynce Araújo, a bebê é a paixão da vida do casal. Eles escolheram juntos o nome da pequena. “Sempre achei o nome Maria lindo, por ser o nome da Nossa Senhora. Santa muito presente em nossa família. Quando surgiu a opção de Maria Alice, foi unir o útil ao agradável. Homenageamos a minha mãe, Maria Tereza, e a minha sogra, Maria Rosalia, três mulheres excepcionais”, declara o paizão. “Minha filha, com certeza, herdará os valores e ensinamentos delas”, completa.
Horas antes ao nascimento da filha, o empresário se sentia em paz e com uma sensação de que tudo iria correr bem, apesar de ser um momento novo em sua vida: “Por algum motivo, havia alguma força que me trazia tranquilidade. Deus estava presente, fortalecendo a mim, a Sofia, a Maria Alice e todos ali presentes”. Quando a bebê chegou ao mundo, Léo concretizou de fato o sonho de ser pai. “A sensação foi de luz, de uma estrela brilhando com toda sua força, não deixando espaço para nenhuma sombra existir”, compartilha.
Em um segundo momento, o empresário passou a se questionar ao acompanhar as enfermeiras para pesar a criança: “Ela está saudável? Com tudo no lugar certo? Sofia ficou bem?”. Segundo Léo, paira um mix de sentimentos, desde um espetáculo divino a uma tensão de mesmo tamanho: “É uma responsabilidade muito grande”.
“É uma responsabilidade conseguir cuidar e proteger sem ser demais. Missão de educar com os valores que aprendi e recebi da minha família. Educar na fé em Deus. E o primeiro namorado? Nesse último ponto eu fiquei mais tranquilo, pois Maria Alice vai ser freira. Ela recebeu o chamado de Nossa Senhora no momento do nascimento. Ufa!”, brinca o papai babão.
Na opinião do empresário, a filha se parece fisicamente mais com ele do que com a mãe. “Faço uma pesquisa escondido da Sofia, onde anoto a primeira opinião de amigos e familiares quando conhecem a Maria Alice. Eu estou com 87% das intenções de votos. Sofia está com 10%. Sendo 3% de indecisos. No momento estou ganhando”, considera. Entretanto, ele admite que a menina se parece cada vez mais com a mãezona, embora tenha puxado o olhar e sorriso do papai.
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