Palácio histórico é cenário do lançamento de Filhos da Pátria
Sede da República até 1960, Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, reuniu elenco do seriado da TV Globo e a imprensa
atualizado
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Rio de Janeiro – Sede do poder na República até Juscelino Kubitschek transferir a capital federal para Brasília, em 1960, o icônico Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, foi o cenário para o lançamento da segunda temporada do seriado Filhos da Pátria, estrelado por Alexandre Nero, Fernanda Torres, Johnny Massaro e Lara Tremouroux.
Nessa segunda-feira (23/09/2019), o elenco, a equipe e a imprensa se reuniram na bela construção do século 19 para assistirem ao primeiro capítulo da produção da TV Globo, que estreia em 8 de outubro e é escrita por Bruno Mazzeo. O local, aliás, serviu de locação para diversas cenas.
Visita guiada e muita história
O evento começou com uma visita guiada pelas dependências do Palácio do Catete, construído entre 1858 e 1867 pelo Barão de Nova Friburgo, um dos homens mais ricos do Império, ávido por demonstrar sua imensa fortuna.
Não à toa, há pinturas representando deuses greco-romanos por todas as paredes e tetos, quadros de alguns dos principais artistas brasileiros e uma série de representações iconográficas marcando as três fases do local: o Império, a República e o museu, seu destino após a transferência da capital.
Um dos pontos altos foi a visita ao quarto em que Getúlio Vargas, então presidente da República, cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954. Estão lá a cama em que ocorreu o ato, o revólver, a bala do tiro fatal e a blusa do pijama com a marca de sangue. É possível sentir a energia do local, que transpira história.
Em seguida, todos puderam saborear um café da manhã com direito a bolos, canapés, finger foods e sucos, além de pratos à base de massas e bacalhau.
Depois, com todos reunidos numa sala de projeção, foi exibido o primeiro capítulo da segunda temporada, ambientada nos anos 1930, justamente quando Getúlio Vargas toma o poder e se torna o líder máximo do Brasil, dando fim à política “café com leite”, que alternava governantes de São Paulo e Minas Gerais à frente do país.
É nesse clima que a família Bulhosa – constituída por Geraldo (Alexandre Nero), Maria Teresa (Fernanda Torres), Geraldinho (Johnny Massaro) e Catarina (Lara Tremouroux) – tenta se encaixar no novo cenário político que se apresenta.
O eco dos loucos anos 1930
Para Fernanda Torres, o humor é uma excelente maneira de abrir diálogos. “Filhos da Pátria nos dá a possibilidade de fazer algumas reflexões sobre nós mesmos”, comentou a atriz, acompanhada em seu raciocínio por Johnny Massaro. “O público pode esperar uma obra divertida, que vai nos fazer pensar através do riso”, completou.
Alexandre Nero, cujo personagem fica aterrorizado com as mudanças repentinas que presencia, também deu sua impressão. “O Geraldo acha que nada vai acontecer com ele, já que está ao lado de poderosos, cumprindo ordens”, adiantou.
Por sua vez, o autor, Bruno Mazzeo, traçou uma analogia entre a década de 1930 e os tempos atuais. “É sobre o cotidiano daquele período, de pessoas comuns que o viveram, mas falamos também de temas atuais. Nossa intenção é contar uma história dentro da história, sem interferir nela”, disse.
Outras personalidades que marcaram presença no lançamento foram os atores Matheus Nachtergaele (Pacheco), Serjão Loroza (Domingos), Jéssica Ellen (Lucélia) e Letícia Isnard (Leonor). “Filhos da Pátria” tem direção artística de Felipe Joffily e direção geral de Henrique Sauer.
Confira os cliques:
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