Orquestra Mundana Refugi se apresenta em show emocionante na Catedral
Formada por refugiados, a Orquestra Mundana Refugi apresentou diferentes ritmos e culturas durante apresentação nessa quinta-feira (9/11)
atualizado
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Na noite dessa quinta-feira (9/11), a Orquestra Mundana Refugi saiu diretamente de São Paulo para emocionar o público brasiliense. A Catedral de Brasília foi tomada pela mistura de ritmos, vozes e culturas.
O grupo é formado por músicos brasileiros e imigrantes refugiados vindos da Palestina, Irã, Guiné, Congo, Turquia, Cuba, China, Síria, Venezuela e França. Ao todo, são 22 integrantes.
Com instrumentos que variam entre os tradicionais piano, saxofone, flauta e bateria até os mais diferentes como bouzouki, kanun árabe, alaúde e rebab, eles tem no repertório composições próprias, músicas tradicionais e homenagens a compositores brasileiros.
Com mais de 40 anos de carreira na arte, Carlinhos Antunes, diretor da orquestra, conta que a Mundana Refugi é resultado de uma viagem que fez pelo mundo na década de 1990. Em 2005, ele decidiu que queria unir as diferentes culturas do mundo com a do Brasil. O seu amor pelas artes transformou a vida de muitas pessoas.
“O Brasil é um país híbrido, uma nação que pela sua essência tem a cultura indígena, a negra, a árabe e de vários outros povos desde o século 16, 17 18, e também das imigrações que vieram do século 21. No fundo, acaba sendo as raízes profundas do país”, fala à Coluna Claudia Meireles.
Ao longo da apresentação, os brasilienses ficaram encantados com o talento do grupo e conheceram um pouco dos ritmos e estilos de diferentes países. Duas obras do fotógrafo Sebastião Salgado foram expostas ao lado do palco e chamaram atenção por representar a luta pela proteção dos povos originários.
Para abrilhantar a noite, o cantor Renato Braz e o acordeonista Toninho Ferragutti se apresentaram ao lado da Mundana Refugi. “Um momento inusitado e, ao mesmo tempo, é uma honra tocar em um local tão lindo com a Refugi, onde eu tenho muitos amigos. Está sendo muito gostoso”, expressou o instrumentista, indicado três vezes ao Grammy Latino, à coluna.
O momento foi prestigiado por autoridades, como o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Dias de Moura Ribeiro e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Durante o discurso de abertura, Teixeira reforçou o desejo de paz e o fim dos conflitos entre Israel e o Hamas. “A importância da Orquestra Mundana Refugi aqui, hoje, é também porque queremos fazer um pedido pela paz no Oriente Médio. Para que cesse os ataques e que sejam devolvidos os reféns”, pontou.
A apresentação da orquestra faz parte do III Congresso Internacional de Direito do Seguro CJF-STJ ,iniciado na quarta-feira (8/11) e encerrado nessa sexta-feira (10/11).
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