Oito sinais de que você precisa repor colágeno
À coluna, a dermatologista Joana Costa revela os principais sinais que indicam que a pele está perdendo colágeno e está na hora de repor
atualizado
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O colágeno é a principal proteína estrutural do corpo humano, responsável por dar firmeza, elasticidade e sustentação aos tecidos, como pele, músculos, tendões, ligamentos e ossos. Quem afirma isso é a dermatologista Joana Costa. Segundo ela, a substância atua como uma espécie de “cola”, mantendo as estruturas do corpo unidas e funcionando em harmonia.
Naturalmente, com o passar dos anos, a produção de colágeno no organismo começa a diminuir. Isso ocorre principalmente a partir dos 25 anos, levando a sinais visíveis de envelhecimento cutâneo, como rugas, flacidez e perda de volume na pele, além de impactos na saúde, como fragilidade nos ossos e articulações.
“A importância do colágeno vai muito além da estética. Ele é essencial para a integridade da cútis, mas também desempenha um papel fundamental na mobilidade, na proteção contra lesões musculares e articulares e até na saúde do intestino”, destaca a médica.
A boa notícia é que hoje, graças à dermatologia integrativa, há diferentes tratamentos inovadores que potencializam a produção de colágeno, como bioestimuladores e tecnologias de última geração. Joana explica que essas ferramentas são aliadas para quem busca não só rejuvenescer, mas também melhorar a qualidade de vida.
“Quando investimos em estimular a produção natural de colágeno, estamos cuidando de nossa saúde de dentro para fora, promovendo não apenas uma aparência mais jovem, mas também um corpo mais forte e funcional”, afirma.
De acordo com a especialista, a partir dos 25 anos, o corpo reduz a produção de colágeno em cerca de 1% a 2% anualmente. Ela conta que esse declínio se acelera com fatores como exposição ao sol sem proteção, alimentação desequilibrada, estresse, tabagismo e, principalmente, mudanças hormonais que ocorrem após os 35 anos e se intensificam na menopausa.
8 sinais que indicam que a sua pele está perdendo colágeno e está na hora de repor, segundo a dermatologista:
1 – Rugas e linhas finas
À medida que o colágeno diminui, a derme perde firmeza e elasticidade, resultando no surgimento de linhas finas, especialmente ao redor dos olhos (os famosos pés de galinha), boca e testa. “Com o tempo, essas linhas tornam-se rugas mais profundas devido à menor capacidade da pele de ‘voltar ao lugar’ após expressões faciais”, ressalta Joana Costa.
2 – Flacidez
O colágeno é a principal proteína responsável pela sustentação da cútis. Quando sua produção diminui, a região começa a perder tônus e a ficar flácida, especialmente em áreas como bochechas, mandíbula (formando o “buldogue facial”) e pescoço.
“A flacidez também pode ser notada no corpo, como nos braços e abdômen”, observa.
3 – Pele mais fina e delicada
Sem colágeno suficiente, a derme se torna mais fina e frágil, aumentando a sensibilidade e a tendência a machucados ou lesões. Segundo a médica, essa fragilidade ocorre porque o colágeno age como uma “estrutura de suporte” que dá resistência à pele.
4 – Perda de volume facial
A diminuição de colágeno leva à redução do preenchimento natural da região, resultando em um rosto com aparência mais cansada e envelhecida. “Essa perda de volume é particularmente evidente na área das maçãs do rosto e ao redor dos olhos, acentuando olheiras e sulcos nasogenianos (o famoso ‘bigode chinês’)”, diz.
5 – Pele ressecada e opaca
A hidratação natural da cútis também depende do colágeno, que atua em conjunto com o ácido hialurônico para manter o equilíbrio hídrico.
Joana esclarece que, quando o colágeno diminui, a pele tende a ficar mais seca, áspera ao toque e com menos brilho, perdendo o aspecto viçoso e saudável.
6 – Cicatrização lenta
A regeneração dos tecidos depende diretamente do colágeno. Conforme a profissional elucida, com a sua redução, cortes e feridas demoram mais para cicatrizar, e a pele se torna mais propensa a manchas e marcas pós-inflamatórias.
7 – Celulites e estrias mais evidentes
A substância ajuda a manter a firmeza da pele nas camadas mais profundas. Logo, com sua diminuição, a estrutura da região enfraquece, tornando a celulite mais visível e facilitando o surgimento de estrias devido à falta de elasticidade.
8 – Alterações nas unhas e cabelos
Cabelos e unhas também dependem do colágeno para crescerem fortes e saudáveis. De acordo com a dermatologista, unhas quebradiças, descamação e queda de cabelo são sinais de alerta de que a produção dessa proteína pode estar insuficiente.
Maneiras de repor colágeno
Identificou algum(s) dos sinais acima? Saiba que existem diversas formas de repor o colágeno, segundo Joana. Consumir alimentos ricos em proteínas, por exemplo, como carnes magras, ovos e peixes, além de vitamina C, zinco e silício, é essencial para dar ao corpo os nutrientes que ele precisa para produzir colágeno.
“Suplementos de colágeno hidrolisado ou peptídeos bioativos são ótimas opções para complementar a dieta, especialmente a partir dos 30 anos”, acrescenta.
Também é possível fazer suplementação injetável de vitaminas e nutrientes, como vitaminas C, D, E e do complexo B, além de minerais como zinco e silício orgânico. A médica comenta que esses compostos são precursores essenciais para a formação da substância. “Quando administrados de forma injetável, eles têm maior biodisponibilidade, oferecendo resultados rápidos e eficazes na melhora da firmeza e elasticidade da pele”, fala.
Estímulos injetáveis (bioestimuladores), como ácido polilático (Sculptra), policaprolactona (Ellansé) ou hidroxiapatita de cálcio (Radiesse), são grandes apostas da dermatologia nesse intuito. “Eles estimulam a produção natural de colágeno pelo organismo, promovendo firmeza e rejuvenescimento”, argumenta.
A modulação hormonal personalizada também é uma opção, visto que a diminuição de hormônios como testosterona, estrogênio e progesterona, é uma das principais causas da perda acelerada de colágeno e da flacidez da pele, especialmente após os 40 anos e na menopausa.
“A reposição hormonal personalizada, feita de forma segura e com acompanhamento médico, ajuda a reverter essa perda, proporcionando não apenas pele mais firme, como também mais energia, vitalidade e bem-estar geral”, reitera a profissional.
Tratamentos estéticos como ultrassom microfocado Ultraformer, radiofrequência e microagulhamento — combinados com a técnica drug delivery — são extremamente eficazes para estimular colágeno nas camadas mais profundas da pele, conforme assegura a médica.
Ela frisa, por fim, a importância de um estilo de vida saudável, que inclui práticas como proteger-se do sol com filtro solar, evitar o tabagismo, dormir bem e controlar o estresse.
“Repor e estimular o colágeno não é apenas sobre estética, é um cuidado profundo com a saúde e funcionalidade do corpo, ajudando a envelhecer com vitalidade, equilíbrio hormonal e beleza natural”
Joana Costa, dermatologista
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