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Nutricionistas avaliam perigos dos hábitos alimentares do rei Charles

A coluna conversou com as nutricionistas Mariana Gomes e Maria Olivia de Souza Araújo. Elas analisaram os hábitos alimentares do rei Charles

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Foto colorida. Homem idoso com chapéu de guarda militar
1 de 1 Foto colorida. Homem idoso com chapéu de guarda militar - Foto: Hannah McKay – WPA Pool/Getty Images

Com a morte da rainha Elizabeth II no início de setembro, o primogênito dela, Charles, ascendeu ao posto de chefe da monarquia britânica. Cheio de manias, os hábitos incomuns do soberano vão além de passar o cadarço dos sapatos e usar 2,5 centímetros de pasta na escova de dentes. A Coluna Claudia Meireles descobriu que a majestade também acumula costumes alimentares estranhos e convidou duas nutricionistas para avaliar os perigos das esquisitices.

Enquanto a nutricionista Maria Olivia de Souza Araújo atende na Clínica Nutrientes, fixada na Asa Norte, Mariana Gomes ajuda os pacientes a adotarem uma alimentação saudável por meio do aplicativo Personal Virtual. Conforme revelou o ex-assessor da realeza Julian Payne ao portal britânico The Mirror, o rei Charles III “pula” o almoço e trabalha até meia-noite.

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Ele é o novo monarca do Reino Unido
Rei Charles tem 73 anos
O rei Charles III participa do funeral de Estado da rainha Elizabeth II na Abadia de Westminster
Charles III na Escócia
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Charles III, o novo monarca do Reino Unido

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Charles III na Escócia

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Sem almoço

“Charles nunca faz uma pausa para almoçar”, confidenciou o ex-colaborador. Segundo Mariana, repetir a atitude com frequência pode trazer um risco à saúde: “Nessa refeição, temos uma fonte maior de macro e micronutrientes, sendo uma boa fonte energética, o que garante saciedade para o restante do dia. O perigo é a ingestão insuficiente de calorias e, consequentemente, a deficiência nutricional”.

Maria Olivia explica que cortar uma refeição ao longo do dia é bastante individual, porém tende a virar um gatilho. “Faz você passar o dia beliscando aqueles alimentos mais refinados, ou ainda, concentrar toda a fome no jantar. Pular o almoço pode nos levar a escolhas alimentares inadequadas e gerar prejuízos à saúde”, sustenta.

Foto colorida. Príncipe Charles
Charles não costuma almoçar

Não é só o almoço que se caracteriza como uma grande refeição por reunir macro e micronutrientes. “O que seria isso? Um prato com carboidratos, proteínas, fibras e gorduras boas. Esse conjunto contribui para a homeostase das células e dos mecanismos importantes para estarmos ativos todos os dias”, endossa Maria Olivia. Também integram o rol de refeições fundamentais ao bom funcionamento do organismo o café da manhã e o jantar, defendem as duas nutricionistas.

Horas sem comer

Ex-secretário de imprensa de Charles, Julian Payne compartilhou que era necessário tomar um café da manhã reforçado por não conseguir almoçar à época em que trabalhou com o então príncipe. O filho da rainha e a equipe passavam várias horas sem comer. De acordo com Mariana, a refeição matinal pode vir a excluir o almoço em “situações específicas ou esporádicas”, desde que reúna alimentos completos em energia.

A nutricionista Mariana Gomes atende no app Personal Virtual

A especialista brasiliense ressalta que se o café da manhã for composto de alimentos nutritivos e completos, pode sim substituir o almoço. Ela dá como exemplo o “famoso brunch”. “Se estamos bem nutridos de alimentos antioxidantes, compostos bioativos e proteicos, conseguimos aguentar firme os compromissos diários. Já um café da manhã rico em alimentos refinados, com pouca proteína e bastante gordura, há um impacto oposto”, salienta Maria Olivia.

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Questionadas a respeito de até quanto tempo um indivíduo pode ficar sem comer e não prejudicar a saúde, as duas experts afirmam: “Essa é uma resposta muito individual”. “Cada um tem uma rotina e uma necessidade diferente, mas posso dizer que distribuindo de cinco a seis refeições ao dia em um período de três a quatro horas, com uma alimentação balanceada, garantirá um organismo saudável”, frisa Mariana Gomes.

“É bastante individual, pois cada indivíduo tem um organismo adaptado de forma diferente. Há casos de pessoas que ficam dias e outras que não aguentam nem três horas sem comer. Para quem já está acostumado com esse processo, até 36 horas pode ser considerado saudável”, reitera Maria Olivia de Souza Araújo.

Maria Olivia é nutricionista na Clínica Nutrientes, em Brasília

Jantar tarde

Charles segue “uma programação implacável”, conforme confessou Payne ao The Mirror. “O jantar é às 20h30 em ponto e às 22h ele volta para a mesa, geralmente até bem depois da 0h”, confidenciou o ex-assessor. De acordo com as nutricionistas, fazer a última refeição do dia tarde da noite, assim como Charles, ocasiona algumas condições, como: indigestão, refluxo e até atrapalha ter um sono de qualidade.

“O jantar é uma refeição completa e rica em energia e nutrientes, deixá-la para fazer muito tarde ou próximo ao horário de descanso, pode trazer alguns perigos à saúde”, orienta Mariana, uma das profissionais do aplicativo Personal Virtual.

Validando a recomendação da nutricionista, Maria Olivia traz para a conversa os ensinamentos da medicina ayurveda: “O horário limite deveria ser até às 18h, mas como a realidade é outra, eu aconselho até às 20h ou, pelo menos, duas horas antes de se deitar”, sugere a especialista.

Foto colorida. Homem branco com terno cinza e comida em uma das mãos
O rei costuma jantar tarde da noite

Segundo Maria Olivia, jantar tarde pode trazer algumas desregulações ao organismo tanto na indução e manutenção do sono quanto nas respostas metabólicas à insulina e ao cortisol. O hábito do rei Charles de fazer a última refeição após o horário indicado influencia a hora de dormir, esclarece Mariana: “Quando não temos um sono reparador, já acordamos indispostos, cansados e ansiosos, o que pode ser um gatilho para descontar na alimentação, por consumir algo que irá dar prazer e conforto, como os ricos em açúcar”.

Sono eficaz?

Quem não costuma dormir por, no mínimo, seis horas por dia, deve ficar em alerta quanto à saúde, ponderou Mariana. Durante o sono, o organismo produz vários hormônios — como o da fome, saciedade, prazer e do bem-estar —, além de contribuir com a recuperação muscular após um exercício. Já Maria Olivia bate na tecla do estresse quando um indivíduo não dispõe de um descanso adequado.

“Temos o relógio biológico, chamado ciclo circadiano. É ele que controla a resposta hormonal desde a hora que acordamos até quando dormimos. Quando não temos um sono eficaz, o circuito se desregula e, com isso, podemos ter respostas, por exemplo, a mudança de hábitos e de estilo de vida não saudável, além de bastante estresse”, reforça Maria Olivia.

Foto colorida. Homem de terno com uma xícara em uma das mãos
O chefe da monarquia britânica segue uma rotina agitada e “pula” o almoço

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