Nutricionista revela benefícios incríveis dos cogumelos para a saúde
Os cogumelos trazem benefícios que vão desde o fortalecimento do sistema imunológico até impactos no bem-estar mental
atualizado
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Muito amado por entusiastas da gastronomia, o cogumelo é um alimento que oferece inúmeras vantagens além do sabor. Ele é rico em propriedades nutricionais que beneficiam a saúde como um todo, com ações que vão desde o fortalecimento do sistema imunológico até impactos no bem-estar mental.
À coluna Claudia Meireles, a nutricionista Juliana Andrade conta que tem observado uma crescente interseção entre a nutrição e os tratamentos psiquiátricos, e, sem dúvidas, os cogumelos estão começando a se destacar nesse campo. “Eles têm sido estudados não apenas como um alimento funcional, mas também como agentes que podem ajudar a tratar condições como depressão, ansiedade e estresse, mostrando um potencial transformador no cuidado da saúde dos pacientes”, fala.
Para a especialista, a progressão nas pesquisas sobre o ingrediente — em especial por suas propriedades imunológicas, antioxidantes e psicoativas — desperta uma curiosidade ainda maior sobre as suas aplicações em tratamentos integrados e naturais. Afinal, o que os cogumelos têm de tão especial?
De acordo com a profissional, apesar de ser um ingrediente ancestral, somente recentemente o cogumelo começou a receber a atenção que merece. Ela explica que o alimento contribui com o fortalecimento do sistema imunológico, ajudando a manter o corpo protegido contra infecções, e com a melhora da cognição. “Algumas variedades podem auxiliar nas funções cerebrais e na memória”, afirma.
Juliana acrescenta que certos cogumelos podem ajudar a regular a saúde sexual. Outros, a exemplo do Agaricus Bisporus (Champignon), têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, fatores que auxiliam a proteger as células do corpo.
Afinal, qual cogumelo tem sido o mais estudado?
Segundo a nutricionista, o Agaricus Bisporus (champignon) é um dos cogumelos mais estudados até então, devido às propriedades clinicamente percebidas como imunorregulador. “Estudos mostram que ele pode ajudar na regulação da flora intestinal, promovendo um ambiente saudável no sistema digestivo, e também é eficaz na regulação da insulina no sangue, contribuindo para o controle glicêmico”, aponta.
E o sucesso não se resume ao Agaricus Bisporus. Outras variedades também têm ganhado atenção no campo da nutrição e saúde, como:
- Reishi: conhecido por suas propriedades imunoestimulantes e adaptogênicas, ajudando o corpo a lidar com o estresse;
- Shiitake: com propriedades antivirais e antibacterianas, é amplamente utilizado para apoiar o sistema imunológico;
- Cordyceps: um cogumelo que tem se destacado por sua capacidade de aumentar a energia, melhorar o desempenho físico e ajudar na saúde cardiovascular;
- Lion’s Mane: famoso por suas propriedades neuroprotetoras, ajuda a melhorar a função cognitiva, estimulando a regeneração neuronal, além de apoiar a saúde mental, reduzindo sintomas de ansiedade e depressão.
A legislação e o uso terapêutico de cogumelos
Embora o interesse científico e popular pelos cogumelos terapêuticos esteja em ascensão, a legislação sobre seu uso ainda é um tema em desenvolvimento, especialmente quando se trata de aplicações médicas e nutricionais, conforme diz a profissional. “Em muitos países, os cogumelos como o Lion’s Mane, Reishi e Cordyceps são amplamente aceitos como suplementos alimentares ou ingredientes funcionais, devido aos seus comprovados benefícios para a saúde”, exemplifica.
No entanto, a regulamentação varia de acordo com a região. “Autoridades de saúde em diferentes países ainda estão ajustando suas políticas para garantir a segurança na comercialização e aplicação desses produtos”, observa Juliana.
Cogumelos com efeitos psicoativos, como o Psilocybe (usado em contextos terapêuticos para o tratamento de transtornos como depressão e ansiedade), ainda enfrentam regulamentações muito mais restritivas em muitos lugares, sendo classificados como substâncias controladas em diversos países.
Para a nutricionista, entretanto, o cenário está mudando. Ela conta que estudos clínicos em andamento estão investigando o potencial terapêutico desses cogumelos, e os resultados preliminares têm gerado interesse crescente, sugerindo que, no futuro, possam ser aprovados para uso em tratamentos médicos.
“A evidência clínica sobre os benefícios desses cogumelos continua a crescer, mas mais pesquisas são necessárias para entender completamente seu impacto no corpo humano e suas possíveis aplicações terapêuticas”, frisa.
Ainda que o alimento esteja em ênfase como uma promessa na medicina e na nutrição, Juliana acredita que ainda há um caminho a ser percorrido até que todos os aspectos de seu uso terapêutico sejam plenamente compreendidos e regulamentados.
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