Nutricionista Luciano Bruno dá dicas para uma alimentação saudável
A coluna Claudia Meireles conversou com o especialista, que acumula 1 milhão de seguidores e defende a escolha de alimentos mais naturais
atualizado
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Quem tem interesse por assuntos nutricionais e relacionados à vida saudável certamente já ouviu falar em Luciano Bruno. O nutricionista é referência na área, tanto no off-line, com suas consultas em clínica, quanto no on-line, em que oferece cursos e também informações de qualidade para os seguidores de suas redes sociais.
Com uma carreira mais que consolidada e uma agenda cheia, Luciano traz no currículo um mestrado, um doutorado e dois pós-doutorados em nutrição e ciência dos alimentos e por último, mas não menos importante, um milhão de seguidores, com os quais compartilha dicas sobre alimentação, suplementação e a busca por um mindset saudável.
Após passar sete anos como voluntário no Hospital das Clínicas e cuidando de pacientes que tinham doenças graves, Luciano precisou lidar com as próprias: descobriu que sofria de espondilite anquilosante (uma doença inflamatória crônica) e tireoidite de hashimoto (inflamação autoimune crônica).
“Em uma das minhas internações, me olhei no espelho e pensei: ‘Se eu sair dessa, eu vou fazer alguma coisa pra ajudar as pessoas todo santo dia. Não sei o que, mas vou fazer’”, lembra.
Foi ainda no hospital, por meio de uma revista, que tomou conhecimento de influenciadoras digitais que utilizavam uma ferramenta chamada Instagram — à qual Luciano ainda não havia aderido — para compartilhar um estilo de vida saudável. “Eu pensei: ‘Sou nutricionista, vou ensinar as pessoas a viver bem’”, diz.
Com o tempo, os posts com “textões” enormes que iam ao encontro do objetivo de uma rede social de fotos começaram a fazer sucesso, e as influencers que, em um primeiro momento, apresentaram as redes sociais ao especialista naquela revista no hospital, acabaram virando suas pacientes: Gabriela Pugliesi e Bella Falconi.
Estratégias inteligentes
O principal foco do conteúdo de Luciano é, sem dúvidas, compartilhar com os seguidores algumas estratégias inteligentes para a manutenção da saúde de cada um. Quanto a isso, ele é categórico: não existe receita de bolo, uma vez que cada pessoa tem um DNA individual, favorecido ou desfavorecido por estratégias específicas.
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“Hoje, conseguimos fazer um mapeamento genético para entender o funcionamento de cada um. Por exemplo, tem gente que não pode fazer mais de uma refeição por dia, e gente que tem que fazer de três em três horas. Não é igual a um carro, que tem o melhor combustível para todo mundo. Eu tenho o melhor combustível para mim. E é por isso que as pessoas ficam com várias doenças, porque colocam o combustível errado na hora errada”, explica.
Apesar da individualidade de cada um, existem métodos que, se não são para todos, são para quase todos. De acordo com Luciano, um deles é o jejum intermitente, que funciona como uma estratégia para “colocar a casa (organismo) em ordem”, aumentar a expressão de proteínas anti-inflamatórias e maximizar as funções metabólicas.
“Nossa moeda energética é a glicose, mas queremos moedas energéticas de gordura, para queimá-la, e essas moedas são os corpos cetônicos, produzidos quando fazemos jejuns a partir de 12 horas. Então, eu recomendo pelo menos 14 horas de jejum, e no máximo 18 horas, não precisa mais que isso”, afirma.
Pilares
Assim como todas as outras áreas de vida, a saúde alimentar é dividida em pilares importantes. Para manter um equilíbrio, é necessário estar atento em cada um deles. Luciano os entrega:
Mente: “O que a mente não resolve, o corpo transforma em doença. É importante cuidar da mente tanto quanto do corpo”.
Intestino: “O intestino é um órgão que seleciona o que vai entrar e o que não vai entrar. Quando não está bem cuidado e modulado, ele não seleciona direito, e passam a entrar coisas que não deveriam em nosso corpo, que é muito atento e, com certeza, vai reagir de alguma forma”.
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Modulação inflamatória essencial: “De forma resumida, precisamos diminuir o excesso de radicais livres. Assim, conseguimos fazer nossas células trabalharem de forma mais organizada”.
Diminuir estresse oxidativo: “Isso é conseguido com uma alta ingestão de fitoquímicos, que podem ser encontrados em abundância em chás e shots”.
O mais natural possível
Falando em “chás e shots”, eles são um dos tópicos mais discutidos nas redes sociais de Luciano, fã declarado dos métodos. Segundo o especialista, existem chás que, inclusive, fariam a vez de muitos remédios que as pessoas tomam sem necessidade.
“As pessoas costumam tomar remédios para casos de má digestão e distensão abdominal, quando não precisam. Os chás de gengibre e de alcaçuz, por exemplo, diminuem a produção de gases e o desconforto, e ainda estimulam o processo digestivo. Sempre recomendo tomar antes das refeições”, diz.
Sobre os shots — bebidas concentradas com ingredientes funcionais, para serem consumidas de forma rápida —, Luciano entrega o seu preferido. Tome nota:
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- 1 colher de café de guaraná cipó
- 1 colher de café de cúrcuma
- 10 gotas de própolis
- 1 limão
- 2 dedos d’água
Por fim, o nutricionista faz um apelo para que as pessoas comecem a valorizar o que colocam da boca para dentro, pois isso evitaria muitos danos e doenças futuras.
“Às vezes, nos apega muito aos gostos, aos impactos primários dos alimentos, e acaba colocando muita coisa que não deveria para dentro. Quanto mais natural, melhor. Qualquer coisa que o corpo não reconhece e não sabe como produzir sozinho, ele vai redirecionar para outros lugares”, finaliza.
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