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Novo estudo associa altos níveis de testosterona a doença cardíaca

A fibrilação atrial é uma doença cardíaca comum que aumenta as chances de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e nem sempre apresenta sintomas

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Retrato de um médico segurando um coração de borracha em suas mãos - Metrópoles
1 de 1 Retrato de um médico segurando um coração de borracha em suas mãos - Metrópoles - Foto: Getty Images

Recentemente, uma pesquisa, publicada na revista The Lancet e baseada em estudos anteriores, relacionou níveis elevados de testosterona em homens idosos saudáveis com um risco aumentado de desenvolver fibrilação atrial (AFib), uma doença cardíaca comum que aumenta as chances de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

As novas descobertas sugerem que homens com níveis naturalmente mais elevados do hormônio e sem fatores de risco para doenças cardíacas também podem ter uma chance elevada de fibrilação atrial.

“Os resultados mostram que mesmo em homens saudáveis ​​com mais de 70 anos sem histórico prévio de doença cardiovascular – incluindo fibrilação atrial – o risco entre concentrações mais altas de testosterona e fibrilação atrial ainda está presente”, relatou a autora principal do estudo, Cammie Tran, ao site Health.

Embora a pesquisa não prove a causa, a cientista sugere que a AFib “pode ser uma consequência adversa” de concentrações mais elevadas do hormônio. “Os médicos devem estar cientes desse risco ao avaliar as concentrações de testosterona em homens mais velhos”, disse ela.

Mão com luva azul segurando tubo de ensaio com sangue escrito Testosterona Test - Metrópoles
Novo estudo associa altos níveis de testosterona a doença cardíaca

A testosterona é um hormônio presente nos homens e, em menor quantidade, nas mulheres. Ele está relacionado com a libido, a fertilidade e as características secundárias masculinas, como o crescimento de pelos no corpo e a composição muscular.

O estudo almejou examinar o risco de fibrilação atrial entre homens mais velhos saudáveis ​​que não tomavam testosterona. Foram analisados dados de 4.570 homens, com 70 anos ou mais, que não tinham histórico de doenças cardiovasculares e/ou de tireoide, câncer de próstata, demência ou outras condições potencialmente fatais.

Os pesquisadores acompanharam os participantes a cada seis meses durante uma média de três a cinco anos. Durante esse período, 286 deles desenvolveram AFib.

Papel com resultado de exame de coração, estetoscópio e coração de borracha em cima - Metrópoles
Estudo relacionou os níveis elevados de testosterona em homens idosos saudáveis com um risco aumentado de desenvolver fibrilação atrial (AFib)

Os cientistas descobriram que os homens que desenvolveram AFib tinham níveis médios iniciais de testosterona mais elevados do que aqueles que não o fizeram (17 nmol/L versus 15.7 nmol/L.). “O risco entre testosterona e AFib está presente nas concentrações mais altas de 40% de testosterona”, pontuou a autora da pesquisa. “Portanto, você pode ver que não é incomum cair neste grupo de risco”, acrescentou à publicação.

No entanto, a relação entre a testosterona e o risco de fibrilação atrial não foi linear, ou seja, os homens cujos níveis de testosterona caíram abaixo do normal também tiveram maiores chances de desenvolver fibrilação atrial. “Isso sugere que o risco de AFib pode ser reduzido mantendo as concentrações de testosterona dentro da faixa média da normalidade clínica”, explicou Cammie Tran.

AFib

Fibrilação atrial é a frequência cardíaca irregular e muitas vezes acelerada que, geralmente, provoca má circulação sanguínea. Nessa condição, as câmaras superiores do coração (átrios) não batem de maneira coordenada com as câmaras inferiores (ventrículos).

Nem sempre a AFib apresenta sintomas, mas quando ocorrem, eles incluem palpitações, falta de ar e fadiga.

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