No Dia Mundial da Saúde Mental, veja apoio de Kate à luta do irmão
Uma das pessoas a levantar a bandeira do tratamento contra os transtornos mentais é Kate Middleton. O irmão dela sofreu de depressão
atualizado
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Ansiedade, depressão, síndrome do pânico e transtorno de estresse pós-traumático são alguns dos principais problemas de saúde mental. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 700 milhões de pessoas em todo o planeta sofram com alguma condição psicológica. Inclusive, a pandemia de Covid-19 acelerou os transtornos, tornando-os mais frequentes.
Neste domingo (10/10), celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental, data para educar, conscientizar e promover a defesa da saúde psicológica contra o estigma social. Uma das pessoas a levantar a bandeira do tratamento contra os transtornos é Kate Middleton. A duquesa de Cambridge já chegou a fazer terapia com o irmão, James, a fim de entender como “funcionava” a mente dele, paciente diagnosticado com depressão.
Irmão da futura rainha consorte da monarquia britânica, James Middleton não esconde o quanto batalha para lidar com as condições psicológicas. Em entrevista ao The Telegraph, ele confessou um dos pontos fundamentais de seu processo de tratamento: “O apoio das irmãs [Kate e Pippa]”. Não é segredo que o auxílio da família faz toda a diferença no processo terapêutico.
No bate-papo concedido ao jornal britânico, James revelou que “toda a família” fez questão de colaborar com o seu tratamento. Os parentes bateram o martelo e decidiram participar de sessões de terapia cognitivo-comportamental do empresário. Kate Middleton foi uma das familiares a avaliar o tratamento do irmão presencialmente. “Isso foi realmente muito, muito importante”, sustentou.
James contou que os parentes não participaram das sessões todos ao mesmo tempo, mas de modo individual e, às vezes, em dupla ou trio. “Estar presente na terapia ajudou os meus familiares a me entender e saber sobre o funcionamento da minha mente”, salientou. O empresário chegou a ter pensamentos suicidas antes de receber tratamento psicológico.
Atualmente com 34 anos, James ressalta que a terapia foi essencial para lidar com os problemas psicológicos. De todos os benefícios da prática, ele conta que não precisa esperar um familiar chegar e dizer: “O que podemos fazer?”. No bate-papo, o irmão da futura rainha consorte acrescentou: “A única situação que eles [parentes] podiam fazer era simplesmente vir a algumas das sessões de terapia para começar a entender.”
No período anterior ao tratamento, o empresário revelou ter decidido se internar em um hospital psiquiátrico particular após ter pensamentos suicidas. No local, questionaram James sobre as ideias de pôr fim à própria vida. Ao responder a pergunta em um relatório, ele refletiu: “Lembro-me de ter pensado: ‘Talvez eu tenha que responder a esta com sinceridade, porque quero que eles me ajudem’. Então, eu disse: ‘Bem, na verdade, sim, mas acho que nunca vou agir assim”.
Na avaliação, James marcou a opção de ter tido pensamentos suicidas, entretanto sabia que “não era uma ameaça para si mesmo”. Ele recordou as dificuldades de admitir aos parentes o quanto lutava contra transtornos mentais. Quem costumava notar as mudanças de comportamento do empresário era a matriarca da família Middleton, Carole. “Minha mãe verá o quanto estou comendo e saberá que há algo de errado”, comentou.
Por ter uma conexão forte com a mãe, pai e irmãos, James confessou que se comunicava com os familiares com um olhar: “Ela vai ver a maneira como olho para ela e saber que há algo de errado. É o mesmo com toda a minha família. Somos muito próximos e acho que pode ser um desafio. Lembro-me de me sentir triste ao dizer aos meus parentes: ‘Voltarei, mas isso é um processo e vou demorar para me recuperar’”.
Na entrevista, James Middleton afirmou vencer a depressão devido ao apoio “inabalável” dos familiares e de se submeter a quase um ano de terapia cognitivo-comportamental. O método visa compreender a forma como a pessoa interpreta os acontecimentos e como fica afetado com os episódios. No caso, o especialista investiga como o paciente vê, sente e pensa em relação à situação que o causa alguma sensação negativa.
Como ajudar?
Caso necessite de ajuda para si ou auxiliar alguém próximo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende voluntariamente quem precisa conversar. O bate-papo é anônimo e sigiloso. Os interessados podem usufruir do serviço por meio de telefone, e-mail ou chat 24 horas. A ligação passou a ser gratuita pelo número 188. Anualmente, a associação civil sem fins lucrativos presta mais de 3 milhões de atendimentos, tendo em torno de 4 mil voluntários em todo o país.
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