No dia do velório de Philip, conheça 12 curiosidades sobre o príncipe
Fotógrafo da família real da Getty Images, Chris Jackson elegeu 12 cliques “históricos” do duque de Edimburgo. Veja fatos interessantes
atualizado
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Em mais de 70 anos de serviço à Coroa britânica, desde o casamento com a então princesa Elizabeth, em 1947, Philip tornou-se uma das personalidades mais longevas a integrar a realeza. O príncipe teve grande importância na monarquia a ponto de modernizá-la, além de ter sido “âncora” da rainha, sua mulher, e ter dado conta de inúmeros compromissos, como uma visita ao Brasil. Devido a seu vigor e sua resistência, ele passou a ser chamado de “Duque de Ferro”.
Philip “faleceu pacificamente” aos 99 anos no dia 9 deste mês, segundo o Palácio de Buckingham. O funeral está marcado para este sábado (17/4). Duque, militar, celebridade, marido, pai, avô e bisavô. Quem acompanhou as diversas facetas do príncipe por quase 20 anos foi o fotógrafo da família real pela Getty Images, Chris Jackson. Ao saber da morte do patriarca da realeza, o profissional elegeu 12 imagens marcantes. A coluna Claudia Meireles pegou o “gancho” para contar curiosidades (talvez desconhecidas) do duque de Edimburgo.
“Fotografei o duque de Edimburgo durante quase duas décadas e o que sempre me impressionou é a dignidade e o humor com que desempenhou o seu papel. Espero que essas fotos transmitam uma sensação de energia e autoconfiança que ele trouxe para os noivados reais, bem como um pouco do afeto genuíno e calor que ele demonstrou por sua família”, destaca Chris Jackson, fotógrafo da família real da Getty Images.
Tour pelo Brasil
A foto abaixo de Chris Jackson retrata uma das inúmeras turnês reais de Philip e da rainha Elizabeth II. Sabia que o duque de Edimburgo já esteve até mesmo em solo tupiniquim? A primeira visita do príncipe ao Brasil foi em 1962. À época, governava o país o presidente João Goulart. O tour completou 59 anos na última quinta-feira (15/4).
O patriarca da realeza britânica chegou a Brasília pilotando o próprio avião e conheceu o Palácio do Planalto, além do Congresso Nacional. Em seguida, desembarcou no Rio de Janeiro e em São Paulo. Philip assistiu a um jogo entre Santos e Palmeiras, no Pacaembu. Na ocasião, conheceu Pelé.
Apelido inusitado
Quem teve a honra de conhecer ou conversar algumas palavras com o duque de Edimburgo notou que ele era um homem simpático, brincalhão e sorridente. Fora dos holofotes, Philip chamava carinhosamente a mulher, Elizabeth II, de cabbage (repolho, em tradução do inglês). O apelido foi revelado no filme A Rainha, lançado em 2007.
“Perguntei nos círculos reais e me disseram que é assim que o duque às vezes chama a rainha”, contou Peter Morgan, roteirista do filme, ao jornal The Times.
Defensor do meio ambiente
Descrito pelo WWF como “um defensor do meio ambiente”, Philip era patrono de mais de 800 organizações, além do Prêmio Duque de Edimburgo, criado em 1956. O príncipe costumava apoiar instituições que vão desde esportes, exército e engenharia até ciência, tecnologia e meio-ambiente.
O duque de Edimburgo foi o primeiro presidente do WWF Reino Unido, desde a fundação, em 1961, até 1982. Ele também atuou como presidente da organização global de conservação.
Amor na guerra
Abaixo, a imagem capturada por Jackson traz a rainha e o príncipe caminhando entre um tributo feito em homenagem aos soldados das duas grandes guerras mundiais, em 2014. Uma curiosidade: o casal serviu no segundo combate, entre os anos de 1939 a 1945. Enquanto Elizabeth atuou na área de mecânica, Philip serviu com as forças britânicas contra a Alemanha. Ele desejava seguir carreira na força aérea, mas a tradição da família materna o fez ir para a navegação.
Quando estava na escola naval, o duque de Edimburgo conheceu e se exibiu para a futura mulher. A partir de então, eles passaram a trocar cartas românticas.
Artista nato
Na lista de paixões de Philip, constam nas primeiras posições os cavalos e as atividades equestres, como polo e corridas de carruagem, modalidade na qual competiu pelo Reino Unido. Tanto o duque de Edimburgo quanto a rainha compartilhavam o amor pelos animais. O príncipe também gostava de escrever e pintar. A obra mais famosa do patriarca da família real é um quadro datado de 1965. Na tela, ele retratou Elizabeth II lendo o jornal matinal e intitulou a pintura de “A rainha no café da manhã, no castelo de Windsor”.
Família separada
O matrimônio de Philip com a rainha Elizabeth, em 1947, não contou com a presença das irmãs do duque. À época, o mundo ainda respirava o pós-guerra, e três das quatro irmãs de Philip, Teodora, Sofia e Margaret, casaram-se com príncipes alemães que tinham relações com os nazistas. Uma delas, inclusive (a princesa Cecília), havia se filiado ao Partido Nazista em 1937, junto ao marido, mas acabou morrendo em um acidente de avião no mesmo ano.
Bisavô “babão”
Philip deixou 11 bisnetos, sendo três filhos do príncipe William; dois de Harry (além de Archie, uma menininha está a caminho); dois de Peter Phillips; três de Zara Tindall; e um da princesa Eugenie. Com a partida do avô, os netos prestaram homenagens comoventes ao duque de Edimburgo. Nos textos, alguns fizeram revelações carinhosas a respeito do marido da rainha Elizabeth II.
Duque de Cambridge, William confessou que Philip costumava convidar os bisnetos – George, Charlotte e Louis, de 7, 5 e 2 anos, respectivamente – para passear em um meio de transporte nada convencional. “Nunca vou dar por garantidas as memórias especiais que meus filhos sempre terão do seu bisavô vindo buscá-los em sua carruagem”, escreveu o marido de Kate Middleton no perfil oficial do Instagram, Kensington Royal. Um vovô maravilhoso e divertido!
Gostos diferentões
O príncipe Philip esteve no Brasil e, inclusive, marcou presença em uma partida de futebol, como falamos acima. Quem acompanhou a série The Crown, da Netflix, notou a paixão do duque de Edimburgo pela aviação e os jogos esportivos. No quesito música, qual o seu palpite a respeito do gosto musical do patriarca da realeza? Acertou quem disse rock’n’roll.
O gosto do duque pela música também era evidente, visto que ele era fã da banda The Beatles. O membro da realeza chegou a conhecer o grupo durante uma premiação, encontro ocorrido no Palácio de Buckingham, em 1965, de acordo com a revista Rolling Stone.
Dieta de Philip
Não é toda pessoa que chega aos 99 anos esbanjando resistência física invejável. Vale lembrar que o duque de Edimburgo prestigiou o casamento do neto Harry seis semanas após ter se submetido a uma cirurgia na costela, em 2018. Embora tenha partido antes de completar 100 anos, o príncipe Philip mantinha alguns hábitos para viver bem. Ele realizava cinco exercícios básicos a fim de fortalecer os músculos do corpo, além de seguir um plano alimentar com baixo teor de carboidratos. O treino foi montado pela Royal Canadian Airforce (RCAF).
Eternos companheiros eram primos
Como mostra a foto a seguir, a rainha britânica e o duque de Edimburgo tinham a companhia um do outro. O que poucos sabem é que marido e mulher compartilharam um pouco da mesma genética por serem primos de terceiro grau. De acordo com a árvore genealógica do casal, ambos são tataranetos da rainha Victória e bisnetos do Rei Christian 9º da Dinamarca.
Philip pediu a mão de Elizabeth para o rei George VI em 1946. O casal teve o noivado atrasado para que Elizabeth completasse 21 anos. Eles se casaram no dia 20 de novembro de 1947, na Abadia de Westminster, em uma cerimônia acompanhada pelos súditos por meio de uma transmissão via rádio.
Adeus, paciência
Por vezes, a paciência de Philip esteve por um fio. Uma das ocasiões ocorreu diante dos olhos dos súditos. Na comemoração de aniversário da mulher, a rainha, o duque de Edimburgo gesticulou para o motorista do carro dirigir mais rápido. A soberana britânica acenava do topo do automóvel para a multidão que aguardava a passagem da monarca. Antes de se irritar com o passeio, o príncipe acompanhou Elizabeth II nas saudações. Na época, a imprensa noticiou que o príncipe havia se cansado da passeata em lenta velocidade. Ele tinha 94 anos.
Tributo
Conforme o Metrópoles divulgou no dia em que Philip morreu, o funeral do duque de Edimburgo será intimista. De acordo com o The Sun, ele terá um velório militar, com cerimônia privada para 30 pessoas, sem carreata ou despedida do público. O príncipe será enterrado nos Jardins de Frogmore, também em Windsor, cidade onde ele e a mulher passaram os últimos dias de quarentena, devido à pandemia de Covid-19.
Os planos para o evento de despedida do príncipe receberam o nome de Operation Forth Bridge (Operação Ponte Forth, na tradução do inglês). A ponte foi escolhida para nomear os preparativos por ligar Edimburgo a Fife, fazendo referência ao nome do duque. Os arranjos do velório, desenhados já há alguns anos pelo próprio príncipe, receberão ajustes por causa da pandemia. É esperado, por exemplo, que os membros da realeza usem máscaras de proteção facial durante todo o evento.
Os preparativos do adeus da rainha Elizabeth II, de 94 anos, também já têm nome: Operation London Bridge (Operação Ponte de Londres, em português). A monarquia costuma nomear grandes acontecimentos como mortes na família para facilitar a execução de tarefas e deixar toda a equipe alinhada com os preparativos.
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