DJ brasiliense DUMORERA se repagina, vira marca e se lança ao mundo
Após 10 anos de carreira, Dudu Moreira agora é uma marca: DUMORERA. O intuito? Derrubar fronteiras e conquistar o mundo
atualizado
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Quem frequenta desde grandes e renomadas festas da capital até comemorações privadas e seletas da sociedade já aproveitou as pistas de dança ao som do DJ brasiliense Dudu Moreira. Afinal, o talentoso jovem é um dos primeiros nomes que vêm à mente de quem organiza eventos ou realiza festas de aniversário, casamentos, entre outros tipos.
Lembrado pelo set animado e envolvente — e por não deixar uma pessoa sequer parada -, Dudu é pura simpatia. Com sorriso no rosto do início ao fim de sua performance nos palcos, ele é uma das figuras mais representativas da cidade.
Ao completar 10 anos de carreira, chegou a hora de alçar novos voos e reformular algumas de suas peculiaridades. Aproveitando os dons, a boa fama e estratégias que o fizeram conquistar o público, Dudu passou por um processo de rebranding e, a partir de agora, não será só um DJ, será uma marca.
De acordo com o guru do marketing Neil Patel, rebranding é o ato de “ressignificar a imagem percebida de uma empresa ou produto”, com o objetivo de mudar a percepção do público com relação à marca. Tais ações podem envolver mudanças de nome, logotipo e identidade visual. E assim foi com Dudu Moreira. Com o auxílio da empresa brasiliense Lecible, o artista se reestruturou para ganhar fortalecimento e ser conhecido mundo afora.
A começar pelo nome. No lugar de Dudu Moreira (que já é uma marca forte), sua nova identidade será DUMORERA. “Eu e o time da Lecible chegamos ao nome DUMORERA. Conseguimos todas as liberações de registros, o arroba no Instagram…”, comemora o artista.
Em conversa exclusiva com a Coluna Claudia Meireles, DUMORERA, como passa a ser chamado, compartilhou detalhes de sua grande mudança e como fez para alcançar Brasília e outros lugares do país de forma colossal. Confira:
“Foram 10 anos desde que eu comecei a minha carreira de DJ. Lá no início, era mesmo uma paixão pela música. Eu via um poder muito grande da música de conectar com a pessoa. Só que era de maneira muito natural”, fala Eduardo Henrique Fonseca Moreira. Ele conta que, ainda bem novo, baixava diversas composições e mostrava aos amigos e familiares. “Eu pesquisava nos sites, comprava CDs e gostava muito. Eu tinha uns 10 anos”, lembra.
Com o passar do tempo, DUMORERA começou a frequentar as festinhas da época e descobriu o universo dos DJs. “Eu falei para o meu pai que queria ser DJ. Ele e minha mãe sempre me incentivaram. Eles me motivavam sempre a fazer as coisas para eu tocar a minha vida, para ter autonomia”, conta.
Aos 15 anos, o brasiliense passou a tocar e cobrar pelo trabalho. “Minha mãe que me levava para as festinhas. Eu levava todos os equipamentos…”, recorda DUMORERA. “Era muito legal. Foi uma experiência muito boa”, acrescenta.
Embora o jovem tenha noção da proporção que seu trabalho chegou, ele enfatiza que entrou nesse ramo do entretenimento com passos pequenos. “Eu não tinha a necessidade de tocar nos maiores palcos tão rapidamente. Só que, aos poucos, meu desejo foi crescendo. Em cada festa eu via mais e mais pessoas, ficava ainda mais animado com isso e com muita vontade de tocar”, declara.
“O nervosismo quase sumiu. No lugar dele, tinha a necessidade e a alegria de tocar”
DUMORERA
DUMORERA diz que tem muito orgulho de sua caminhada. A primeira festa que o marcou, segundo ele, foi a Mixed by Mixed, no Rio de Janeiro. “Fui convidado para tocar para umas 5 mil pessoas. Embora eu já tenha feito shows maiores, aquilo era um grande desafio, porque eu estava saindo totalmente da minha zona de conforto”, fala.
O diferencial
A identidade de DUMORERA traduz-se em levar bons sentimentos às pessoas, ou seja, fazer com que, ao elas escutarem as músicas, tenham nostalgia. “Eu acabo conseguindo transmitir essa vibração que a pista está precisando”, descreve.
“Eu posso estar cansado, com fome e com sono, mas quando subo no palco, eu me transformo. A energia que eu sinto na pista e a troca que existe ali é tão grande que eu dou tudo o que eu tenho no momento”
DUMORERA
Rebranding
A personalidade do artista brasiliense sustenta sua fome por novos desafios e por mudanças. “Eu não consigo me contentar com um lugar de comodidade, isso é agoniante”, afirma. E essa característica o fez chegar à atual fase em que se encontra agora, a de rebranding.
“Neste momento, eu pensei: ‘poxa, cheguei bem onde eu queria chegar aqui em Brasília, consegui tocar em várias festas, mas se eu não sair daqui e expandir de fato, sei que vou ficar incompleto por dentro. Eu preciso levar a minha música para fora do meu quadradinho, por mais que eu tenha um carinho enorme por ele”, revelou o DJ.
Na entrevista, o artista anunciou que um dos sonhos existentes no novo projeto é ser visto fora do Brasil. “Essa marca vai chegar em outros lugares do país, e até fora dele”, almeja.
O novo nome adotado pela estrela das picapes vem de uma série de estudos. O termo “Dudu’’, por exemplo, deveria ser eliminado nessa nova fase de internacionalização, pois o nome é uma gíria pejorativa em inglês. Além disso, a nova assinatura tem pronúncia mais fácil e acessível.
De acordo com DUMORERA, a Lecible foi certeira no rebranding. “Eles entenderam tudo o que eu tenho de atributo, meus valores…”, elogiou. Além do alinhamento do tom de voz da marca, a logo também ganhou forma. De novidade, pode-se esperar pelo lançamento de várias músicas autorais no Spotify.
Questionado sobre alterações técnicas em seus hits, o DJ assegura que sua música não mudou. Ela permanece sendo um house animado.
“O sentimento é de que a minha vida estivesse começando agora, renascendo. Não quero jogar fora tudo o que vivi até agora, mas eu tenho a impressão de que tudo isso foi só um pequeno passo para o que vai vir pela frente”
DUMORERA
Hoje, o DJ mora sozinho e construiu um estúdio para elaborar suas criações. Há muito o que esperar, pois ele promete que muitas músicas virão a partir disso. “Minha expectativa é a de impactar a maior quantidade de pessoas possível com a minha música”, declara.
“Muitas vezes, a música é cura ou um momento de distração ou de felicidade. Eu ser instrumento que leva música e causa isso nas pessoas é muito transformador. Me completa”, frisa DUMORERA.
Referências
Eduardo é eclético e percorre por diferentes gêneros musicais, como rock internacional, jazz e bossa nova. Na linha do house, inicialmente, ele contemplou os DJs Avicii, Hardwell e o trio Swedish House Mafia. Nos dias atuais, o brasiliense acompanha Martin Garrix, Alesso, o alemão Purple Disco Machine e MK.
“Além da música, eu gosto de ver a personalidade desses DJs, para eu ver se compro a ideia”, explica.
Não pode faltar, no DNA de DUMORERA os traços de brasilidade que ele desperta durante suas apresentações. Vira e mexe, o DJ agita a pista com remixes de canções brasileiras, como as de Tim Maia e Jorge Ben Jor. Para ele, o intuito é trazer euforia ao público.
Ser DJ é ser um pouco de tudo
Não basta montar uma estrutura em cima do palco e apertar o “play” em um set pronto. Conforme o artista relatou à coluna, ele sempre tenta mudar a cada apresentação. E a tarefa não é tão fácil como alguns podem imaginar. Ser DJ, é ser um empreendedor. Pelo menos assim acredita DUMORERA. “Para ser um DJ, você precisa ser um designer, um fotógrafo para fazer o press kit, um videomaker, um relações públicas, e tem que fazer contabilidade, marketing…”, lista o profissional.
Certamente, DUMORERA representará muito bem a capital federal pelo mundo! Muito sucesso ao DJ!
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