“Não posso mudar o mundo, mas quero influenciar”, diz Marcos Pitombo
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o ator de Orgulho e Paixão fala sobre veganismo, escolhas conscientes, longevidade e sustentabilidade
atualizado
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Um ativista romântico. Essa seria uma boa maneira de apresentar o ator Marcos Pitombo. No ar com a novela Orgulho e Paixão, o carioca de 35 anos e sorriso marcante aceitou o convite do Metrópoles para um bate-papo informal no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. O cenário do encontro foi uma cobertura em Ipanema, com vista para o mar e o Cristo Redentor.
Falando em sorriso, Marcos revelou que, primeiramente, sua intenção era ser dentista – ele cursou três anos de odontologia. Mas, para perder a timidez, o ator começou a fazer aulas de teatro. O convite para cursar uma oficina da Globo surgiu, e ele logo foi chamado ao elenco de Malhação, em 2006. O papel como pai adolescente conquistou o público.
Com falta de bons papéis para ele na emissora da família Marinho, em 2008 o ator aceitou o convite da Rede Record para fazer parte da equipe, na qual conquistou bons personagens e algumas nomeações a prêmios. Marcos conta que foi uma época muito boa na emissora de Edir Macedo, com oportunidade de aprender bastante.
Quando o assunto é família, o carioca fala da mãe, Eliane Magalhães, como um pilar em sua vida. “Desde pequeno, ela priorizou a minha educação”, lembra. Ele estudou em uma das melhores escolas do Rio de Janeiro, onde teve aulas de francês com o antigo colega de sala e hoje colunista Bruno Astuto. Marcos Pitombo não conheceu o pai biológico, mas foi adotado pelo ex-marido da mãe, de quem herdou o nome e sobrenome. Ele tem uma pousada na Chapada dos Veadeiros, a Toca do Guará, constantemente frequentada pelo ator.
Voltando à Globo, a beleza e a sensibilidade de Marcos contribuíram para que o jovem fosse escalado em papéis de homens românticos. O Brasil se apaixonou por #Shirlipe, o casal da novela Haja Coração, Shirley e Felipe. O episódio do primeiro beijo foi exibido no dia do impeachment da ex-presidente Dilma e rendeu grande audiência. Agora, Marcos está no ar com o personagem Rômulo, na novela das 18h Orgulho e Paixão.
O mundo do cinema atrai bastante o ator e, em meio ao nosso bate-papo, Marcos – um militante fervoroso pela igualdade – dividiu suas preocupações e ideias sobre a questão do assédio, em alta nos últimos meses, em especial no meio cinematográfico. “Acho que não é apenas a igualdade de salários, mas dar mais oportunidades às mulheres. Envolver e contratar mais produtoras, cineastas e equipes formadas por mulheres”. Pitombo ressalta que essa realidade já tem mudado nos bastidores das TVs, com grandes autoras e diretoras.
Ele está prestes a lançar o filme A Cabeça de Gumercindo Saraiva, filmado inteiramente na Região Sul do Brasil durante três meses. O longa traz um retrato histórico sobre a Revolução Federalista de 1893 e contou com a participação do colega de novela Murilo Rosa.”Foi uma produção que me deu muito orgulho”.
A boa forma do carioca chama atenção, e ele garante que ter uma alimentação saudável contribui para manter o corpo sarado. “Minha mãe era professora de educação física. Ela sempre teve cuidado com a nossa alimentação e me incentivou a praticar esportes”, comenta. Marcos não se considera vaidoso, mas busca longevidade e qualidade de vida. Ele acredita que o homem deve envelhecer sem métodos invasivos.
No futuro, o ator pensa em se envolver com agronomia. Muito preocupado com a qualidade da alimentação no Brasil e a crueldade à qual os animais de abate são submetidos, ele revela que a paixão pelo plantio surgiu depois de visitar um sítio de amigos em Ribeirão Preto, numa plantação orgânica. Já a empatia pelos animais vem de longa data e fez Pitombo tomar parte no trabalho da ONG Mercy for Animals (“misericórdia para os animais”, em tradução livre).
Confira as imagens do ensaio exclusivo feito pelo Metrópoles: