Nakamura lista erros comuns na hora de se submeter a cirurgia plástica
Famoso cirurgião plástico de Brasília, Fernando Nakamura ensina a conquistar o melhor resultado possível, sem perder a naturalidade
atualizado
Compartilhar notícia
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil realizou, em 2021, cerca de 1,5 milhão de intervenções estéticas. Lipoaspiração, mamoplastia e cirurgia de abdômen, além da facial, estão entre os procedimentos mais procurados pelos brasileiros. No entanto, há quem “pese a mão” na dose das plásticas, ficando irreconhecível diante de outras pessoas ou com resultados desagradáveis.
Quem surpreendeu os fãs na internet recentemente em relação a isso foi Madonna. No Dia de Ação de Graças, em 25 de novembro, na companhia dos filhos, a cantora de 64 anos publicou, em seu perfil no Instagram, imagens com cabelos compridos, ruivos e cacheados. Bastou a postagem ir ao ar para muitos de seus mais de 18,6 milhões de seguidores se impressionarem com a aparência “irreconhecível” da artista. Além das madeixas, as supostas plásticas em excesso da voz de Like a Virgin despertaram a atenção.
Veja:
“Parece uma boneca Bratz”, escreveu um fã. “Ela nem se parece mais com ela mesma”, disse outro. “A Madonna que queremos agora se foi há muito tempo, não sei o que ela fez com o rosto”, comentou outro seguidor. “Família legal, mas a Madonna parece tão estranha! Não se parece nada com a Madonna!” e “Artista anteriormente conhecida como Madonna” foram outras respostas à publicação da cantora pop.
Mas, afinal, como saber se está na hora de parar de realizar cirurgias plásticas? Ou então o que se deve saber antes de iniciar qualquer intervenção estética para conquistar o melhor efeito possível, sem perder a naturalidade? A Coluna Claudia Meireles conversou com o cirurgião plástico Fernando Nakamura para esclarecer essas e outras dúvidas a respeito do universo das plásticas.
Confira:
De início, o especialista afirma que o preparo para uma cirurgia plástica começa ainda na mente. “A pessoa tem que ‘querer’ fazer o procedimento e que ele seja pra ela se sentir melhor, mais bonita e mais autoconfiante”, diz ele.
Nakamura destaca que cabe ao profissional orientar o paciente em relação a todo o processo cirúrgico, desde a primeira e detalhada consulta até o pós-operatório.
Para o médico, é importante que o indivíduo procure um profissional qualificado e especialista na cirurgia em questão. As expectativas, também, devem ser realistas quanto ao resultado. “Todos os detalhes dos possíveis resultados devem ser alinhados com o cirurgião”, afirma.
Ainda, o certo é operar em locais que tenham, acima de tudo, segurança, conforme o especialista ressalta. Vale lembrar que a cirurgia, muitas vezes, “é no seu rosto ou no corpo, um bem muito precioso que deve ser cuidado pela melhor equipe médica possível”.
Na opinião de Nakamura, um dos maiores erros ao encarar a cirurgia plástica é criar uma expectativa irreal. “Hoje em dia, muitos pacientes têm ideias deturpadas por influência negativa de redes sociais, onde todos parecem perfeitos”, frisa.
Outro engano, segundo o médico, é economizar escolhendo profissionais mais baratos que, muitas vezes, não são qualificados.
Na medida certa
Para não extrapolar nas plásticas, ocasionando uma aparência muito diferente da de antes, Fernando Nakamura dá algumas dicas valiosas:
- 1. “Esteja sempre assessorado por um cirurgião plástico sensato, equilibrado e que possa te orientar e conduzir de maneira ética, como se você fosse da família dele”, instrui.
- 2. “A ‘pressão’ por um padrão de beleza e perfeição que só existe no mundo virtual tem levado tanto pacientes quanto médicos a seguirem um ‘molde’ de nariz ou de barriga, por exemplo, como se fosse uma linha de produção em série. Isso faz com que os pacientes fiquem todos iguais, perdendo a personalidade e a individualidade e, muitas vezes, passando dos limites da naturalidade”, afirma o especialista.
- 3. “O ‘natural’ é aquilo que deixa a pessoa mais bonita e elegante como um todo, sem chamar a atenção para uma área específica do rosto ou do corpo. Quando há um exagero, isso não passa despercebido e se torna algo artificial e deselegante”, opina Nakamura.
O profissional acrescenta que muitas pessoas estão em busca de “uma receita de bolo”, uma fórmula mágica ou um procedimento que possa deixá-las com o nariz pontudinho, a maçã sempre proeminente, os olhos de “raposa” e os lábios da “atriz tal”. “Ou seja, estão procurando um modelo ou um padrão de beleza nada genuíno”, pontua ele.
Nakamura defende que o rejuvenescimento e a harmonização devem seguir a filosofia de devolver ao paciente aquilo que ele sempre teve de beleza na juventude, melhorar aquilo que ele já tem de bom e disfarçar aquilo que não é tão bom. Por isso, ele reitera a importância de um bom profissional à frente da intervenção cirúrgica. “Nosso dever é ser um consultor e condutor do paciente na escolha de procedimentos adequados que tragam cada um para uma condição de beleza natural e equilibrada, que valorize cada pessoa, ao invés de buscar o padrão da moda atual”, finaliza.
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.