Mostra Tesouros Ancestrais do Peru desembarca em Brasília pela 1ª vez
Nessa segunda-feira (27/5), um grupo seleto de convidados desfrutou do brunch de lançamento da mostra sobre antiguidades da cultura inca
atualizado
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Nessa segunda-feira (27/5), a exposição Tesouros Ancestrais do Peru desembarcou pela primeira vez na capital federal. Exibida de forma exclusiva em um brunch no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a mostra trouxe para Brasília 162 peças datadas entre 900 a.C. e 1600 d.C., que exploram a história e cultura das antigas civilizações andinas.
Os artefatos em cartaz são frutos de escavações arqueológicas realizadas no Peru e pertencem ao acervo da Fundação Mujica Carlos, sendo parte do catálogo do Museo Oro del Perú y Armas del Mundo. A diretora do museu e nome à frente da Fundação, Camila Pérez Palacio Mujica, esteve presente no coquetel de lançamento e contou detalhes da exposição.
“Me emociona poder compartilhar essa maravilhosa exposição carregada de magia e misticismo. Meu avô, Miguel Luis Pita Gallo, dedicou sua vida a juntar essa coleção que reúne mais de 7.000 objetos. As que se destacam hoje são as peças pré-colombianas em diferentes suportes, como metal, cerâmica, lítico e têxtil”, celebra.
Em um brunch preparado pela banqueteira Renata La Porta, participaram, também, os curadores Patrícia Arana e Rodolfo de Athayde, além do embaixador do Peru no Brasil Rómulo Acurio que falou sobre a importância do fomento à cultura e da relação de amizade entre os dois países.
“Ficamos muito contentes em promover uma mostra que ajuda a refletir sobre a ancestralidade sul-americana. É uma maneira de conhecer a cultura do meu país, mas também de entender melhor o passado da América do Sul, no geral”, comenta.
Aberto ao público
A exposição Tesouros Ancestrais do Peru está aberta ao público desde a última terça-feira (28/5) e vai até o dia 11 de agosto. Os visitantes poderão explorar cinco blocos temáticos: Linha do Tempo, Mineração, Divindades e Rituais, Cerâmica e Têxteis e Colonização.
No primeiro bloco estão expostas peças que representam mais de 10 mil anos de história do povo andino, desde os primeiros habitantes (pescadores e caçadores) até o surgimento da agricultura de irrigação.
“Começamos pela cronologia, contando a história do Peru e como que a civilização andina se desenvolveu a partir da mineração, ourivesaria e metalurgia”, explicou a curadora Patrícia Arana.
Na segunda fase da exposição, intitulada Mineração, é possível visualizar como foi exercido o domínio sobre os metais e o controle sobre o ambiente natural. Depois de explorar o impacto das estruturas de poder, o público chega à seção Divindades e Rituais. “É uma sala dedicada a rituais, em que se vê a forma como eles se comunicavam, mesmo que, ainda, através de gráficos”, complementou a curadora.
Na sala Cerâmicas e Têxteis, estão em cartaz peças e informações sobre as técnicas utilizadas para a fabricação de utensílios, representando estilos de vida e tradições. Também é destacada a importância da domesticação de animais da região, como lhamas e alpacas.
Colonização
Por fim, na sala intitulada Colonização, a mostra trata da história da chegada dos espanhóis no território do império inca, dando início a fundação do Vice-reinado do Peru.
“Trazer essa exposição é um convite para refletirmos sobre a complexidade dos processos históricos contados a partir dessas peças. A exposição reflete, também, o impacto da conquista desta fabulosa civilização e da fundação de sociedades mestiças. É uma viagem para um passado que nos permite ver com outros olhos nosso presente e futuro”, concluiu o curador Rodolfo de Athayde.
Confira quem esteve no coquetel de lançamento da exposição, pelo olhar de Wey Alves:
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