Médico Marcelo Mariano conta tudo sobre nova técnica de plástica facial
Segundo Marcelo, o procedimento pode ocorrer em ambulatório, tem a recuperação rápida e permite retoques simples se a pele “ceder”
atualizado
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Olhar-se no espelho e ficar incomodada com alguma região do rosto. A bochecha está um pouco caída, a papada parece cada vez maior? Os quadros desagradáveis podem ser revertidos com o minilifting, técnica codesenvolvida pelo cirurgião plástico Marcelo Mariano. Como se não bastasse rejuvenescer a face, o método atrai as pacientes por ser um procedimento cirúrgico de pequeno porte, ou seja, também é realizado no ambulatório. A operação dura, em média, uma hora.
Naturalidade e rapidez na recuperação são duas variáveis que guiam a técnica inovadora. De acordo com o especialista, o minilifting permite a paciente voltar às atividades básicas em poucos dias, algo que, até então, seria inviável em outros métodos. “Como é um procedimento mais rápido, tranquilo e muito menos agressivo, não se compara”, afirma Marcelo em entrevista à coluna Claudia Meireles. Segundo ele, em três dias é possível ter uma vida “livre” e retomar algumas atividades.
O edema é mínimo e, após sete dias, a paciente está sem inchaços decorrentes do procedimento. “As pessoas não querem ficar inchadas por três semanas ou um mês. Com dois ou três dias, no máximo, pode dirigir, ir em um shopping e trabalhar”, esclarece. Por conta da realização da lipo (método associado), aparecem pequenas marcas roxas na região da papada, geralmente escondidas com o uso de lenço durante a recuperação, explica o cirurgião.
Ao modelo do lifting tradicional, a técnica elaborada por Marcelo Mariano trata o terço médio da face, no caso, a bochecha, e o terço inferior, popularmente conhecido como papada. A procura para corrigir as duas áreas do rosto norteia 99% dos atendimentos do expert em relação ao minilifting. Segundo o médico, o terço superior, a testa, teve uma redução constante no número de operações desde o surgimento do botox, devido aos resultados satisfatórios.
Ao recorrerem à expertise de Marcelo, a maior preocupação das pacientes é ajustar as imperfeições, mas com o efeito natural. O cirurgião as tranquiliza ao dizer: “Não há como ficar artificial, não com essa técnica. Independe da minha mão, pois nem tem como puxar muito por existir um limite”. Outro questionamento comum no consultório é quanto tempo dura o resultado do minilifting. Categórico, o cirurgião enfatiza, na resposta, que depende da qualidade da pele e dos hábitos praticados.
Existem casos de pacientes que mantém o peso constante e, por isso, apresenta a cútis estável. Nesses casos, não dá para determinar a durabilidade da técnica. Já em uma pessoa que emagrece e engorda com frequência, o rosto costuma ceder mais rápido. Às vezes, depois de dois a seis anos será necessário fazer um retoque pequeno, mais simples que o primeiro. “Varia muito entre as pacientes”, avalia o médico.
Somado ao resultado natural e à rapidez na recuperação, o minilifting pode ocorrer no ambulatório, quer dizer, não requer anestesia ou internação. O atrativo colabora na hora dos retoques, caso necessário. “Você operou o rosto hoje, por exemplo. Se ceder um pouco, daqui a seis meses ou três anos, o refrescamento é fácil. Tem essa vantagem de reparar, principalmente por não usar fios internos. Faz a cirurgia na parte superficial da pele e trata partes profundas”, reforça o especialista.
O cirurgião defende que o método pode ser realizado em adultos jovens ou “qualquer pessoa com flacidez na papada ou bochecha”. Embora não tenha idade mínima para requisitar os benefícios do minilifting sob o comando de Marcelo Mariano, a paciente mais nova operada pelo médico tinha 35 anos. A mulher investiu no procedimento após notar o envelhecimento precoce da face. Ela emagreceu radicalmente, definiu o corpo e reduziu o percentual de gordura. No entanto, a região afetada com a mudança foi o rosto.
Restrição
Não há contraindicação, de acordo com Marcelo. Entretanto, alguns exemplos clássicos merecem atenção, como pacientes com diabetes, hipertensão, depressão, consumo de medicação controlada e alguma complicação no funcionamento dos rins. Nessas situações, o cirurgião plástico solicita a aprovação de um médico assistente. “Pedimos um parecer do especialista e perguntamos se a pessoa está apta para operar. Se ele liberar, nós fazemos”, ressalta Marcelo Mariano.
O estado da paciente interfere no modo de operar o minilifting. Em quem é ansioso, sofre de pânico ou requer o uso de substâncias prescritas para dormir o expert opta por realizar o procedimento no centro cirúrgico. Pessoas tranquilas e com facilidade de adormecer, por sua vez, são atendidas em ambulatório, com aplicação de anestesia local. Ao término da cirurgia, com duração de uma hora, a recomendação é permanecer na clínica por 1h30, descansando ou dormindo. Em seguida, alimentar-se e retornar para casa.
Cicatriz
Não usar o penteado rabo de cavalo, por receio de aparecer a cicatriz atrás da orelha, perdura como um constrangimento de pacientes que recorreram ao lifting tradicional. No minilifting, a marca é mínima, ficando imperceptível após três meses e cuidados básicos, orientados pelo médico depois do procedimento. No pós-operatório, dentre as contraindicações está a drenagem linfática. “Meu maior problema”, define.
“Não pode ser tocado. É uma técnica diferente, tem de deixar sarar por si só, natural e fisiologicamente”, aconselha. Outro obstáculo comum dos adeptos da técnica: evitar que alguém toque o rosto. De acordo com o especialista, os problemas mais comuns são somente cicatriciais, como um ponto inflamado, pedaço da cicatriz ou marca esbranquiçada. Para qualquer um desses contextos, Marcelo Mariano tem uma solução específica.
O especialista tem como maior preocupação deixar a cicatriz imperceptível. Por ser autocrítico com o trabalho executado, ele faz 99% dos retoques ou encaminha a paciente a uma esteticista para fazer uma micropigmentação em cima da marca. De todas as operações de minilifting, Marcelo enviou somente três casos a outros profissionais. “Meu objetivo é proporcionar a paciente, depois de dois ou três meses, usar um rabo de cavalo, poder nadar, entrar na piscina e ficar com o cabelo molhado”, ressalta.
Depois de recorrer ao efeito do minilifting, pacientes devem retornar às atividades diárias seguindo alguns prazos: caminhada após três dias; malhar (musculação, aeróbico e spinning) entre sete e 10 dias; ginástica localizada de três semanas a um mês; maquiagem, somente depois de uma semana, para não obstruir os poros; sol, praia ou piscina de 15 a 20 dias, obviamente, com protetor contra raios UV, chapéu e evitar horários de maior potência solar a fim de evitar queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele.
Sobre o especialista
“Brinco que sou um cirurgião raiz”, confessa Marcelo Mariano. O médico conta ser apaixonado pelo ofício da profissão: operar. Um dos especialistas mais conceituados da capital, ele faz procedimentos na mama, abdômen e face. “Minha vida é cirúrgica. Pretendo ficar nessa área, pois faço tudo com tranquilidade e carinho”, salienta. Aos 25 anos, Marcelo entrou para o time de cirurgiões da renomada Clínica Ivo Pitanguy, onde atuou por quatro anos.
Tendo Ivo Pitanguy como maior influência (“o rei da cirurgia plástica”, de acordo com a New York Magazine), Marcelo aprendeu técnicas que, com o passar do tempo, precisaram ser adaptadas à realidade. Se antes os métodos realizados no rosto deveriam demonstrar artificialidade a fim de validar status social, atualmente é o contrário. “Está em constante metamorfose. A tendência de cirurgia ocorrer em ambulatório, recuperação rápida, resultado maravilhoso, retoques se a pele ceder e ser feita em mulheres jovens me motiva a continuar”, finaliza.
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