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Médicas listam 7 dicas valiosas para manter a saúde íntima no Carnaval

Confira os conselhos dados pelas ginecologistas Yara Caldato, Viviane Monteiro e Roberta Grabert sobre cuidar da saúde íntima na folia

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Pollyana Ventura/Getty Images
Foto colorida de bailarina dançando música de Carnaval - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de bailarina dançando música de Carnaval - Metrópoles - Foto: Pollyana Ventura/Getty Images

O Carnaval requer mil e um cuidados. Vale redobrar a atenção quanto à alimentação, hidratação, proteção da pele e, principalmente, com a saúde íntima. O último tópico é de suma importância para as mulheres.

Como a folia ocorre durante o verão — estação mais quente do ano —, torna-se o cenário ideal para o surgimento de corrimentos e infecções vaginais resultantes de proliferação de fungos e bactérias, conforme explicaram três especialistas em entrevista à Coluna Claudia Meireles.

Ao longo da temporada carnavalesca, um leque de hábitos pode vir a prejudicar a saúde íntima, desde sexo desprotegido a uso de banheiro público e de roupas molhadas. Antes de ir se divertir nos camarotes ou nos bloquinhos, vale conferir as sete dicas dadas pelas ginecologistas Yara Caldato, Viviane Monteiro e Roberta Grabert. O trio de experts deu orientações valiosas de como manter a higiene da região genital mesmo diante dos perrengues típicos da folia.

1. Água e sabonete íntimo

Por conta do clima quente e úmido, a região íntima fica mais propensa à incidência de fungos e bactérias,  micro-organismos que geram irritação. De acordo com Roberta Grabert, é necessário lavar a área genital com água e sabonete. “A limpeza deve ser feita apenas na vulva, parte externa da vagina, e com o uso de produtos adequados”, instrui a profissional formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Foto colorida de mulher parda, com cabelo loiro e curto, com roupas pretas - Metrópoles
A médica Viviane Monteiro é a doutoranda pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF), no Rio de Janeiro

2. Alerta ao banheiro público

Não é um fato desconhecido que banheiros compartilhados abrigam bastante germes. “O quão contaminado o ambiente está depende da frequência em que é limpo ao longo do dia e da ventilação do espaço”, salienta Yara Caldato, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Além da médica paraense, as outras duas especialistas também compartilharam a dica.

“Pode haver disseminação de determinados vírus e bactérias causadores de doenças nos banheiros públicos. Sentar em um vaso sanitário contaminado e pegar alguns vírus ou bactérias na pele não necessariamente deixará a pessoa doente, pois não são condições causadas somente por contato. Entretanto, se a mulher estiver com alguma lesão na cútis, pode ser contaminada por alguma bactéria específica”, elucida Yara.

Doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF), no Rio de Janeiro, Viviane Monteiro aconselha a “nunca se sentar no vaso sanitário” e a “sempre utilizar cones para fazer xixi em pé”. “Para quem não conhece, trata-se de cones dobráveis de papel firme, descartáveis e práticos para carregar na bolsa ou pochete sem ocupar muito espaço”, indica a ginecologista.

Viviane recomenda usar lenços umedecidos íntimos para fazer a higienização genital durante o Carnaval e quando estiver fora de casa.

Foto colorida de mulher parda, com cabelo castanho, blusa na cor branca - Metrópoles
Yara é ginecologista regenerativa, funcional e estética

3. Sexo seguro

O trio de especialistas listou a mesma “advertência”: fazer sexo seguro. “A prevenção e o autocuidado devem ser levados a sério durante este período [de Carnaval]. O uso de preservativos é o cuidado mais importante de todos, a fim de evitar uma gravidez indesejada e a transmissão de DSTs como sífilis, HPV e gonorreia”, reforça Roberta Grabert.

Pós-graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Yara Caldato deixou um importante aviso.

“Lembrar que as doenças também são transmitidas por meio do sexo oral e anal, portanto, sempre usar preservativo em todas as práticas”, propõe a médica.

4. Evite fantasias apertadas e desconfortáveis

Conforme as ginecologistas ressaltaram, o calor pode afetar a saúde da vagina. A combinação de clima abafado, suor e atrito com roupas justas ou tecidos sintéticos faz com que a região fique favorável ao surgimento de fungos e bactérias. “Pode desenvolver doenças como a candidíase”, alerta Yara.

Na listagem de recomendações das profissionais, está evitar vestimentas molhadas e proteger a área íntima com peças 100% algodão.

Foto colorida de duas mulheres brancas com fantasias de Carnaval - Metrópoles
Evite as fantasias carnavalescas apertadas

Dançar o dia inteiro, especialmente debaixo do solzão, pode causar atrito na região das coxas. Para prevenir também qualquer condição dermatológica, a exemplo de assaduras, a expert Viviane Monteiro sugere vestir shorts ou bermuda confeccionada com material respirável. “100% algodão ou opte por um bom hidratante antiatrito”, aconselha a mestre em ciências médicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro.

5. Não prenda o xixi

Quanto mais segurar a urina para ir em um banheiro adequado, maior a chance de gerar problemas, como a própria infecção urinária, por conta da presença de bactérias, segundo garante Yara.

Ela orienta utilizar os “condutores urinários”. “Há os feitos por materiais como silicone, plástico e papelão. São fáceis de encontrar na internet”, sustenta a ginecologista regenerativa Yara.

Foto colorida de mulher branca, com jaleco e estetoscópio - Metrópoles
Roberta Grabert é graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

6. Cuidado com o protetor de mamilo

Pretende usar um adesivo de mamilo ao longo dos dias de folia? Ao retirar, nunca puxe o acessório de uma só vez e de forma bruta, indica a médica Viviane Monteiro: “A dica é aplicar um hidratante para os seios ou óleo natural, como o de coco, com a finalidade do adesivo ir descolando delicadamente pela borda”.

7. Não compartilhe peças íntimas

A especialista Yara enfatiza a respeito de uma regra básica: “Peças íntimas são de uso único e exclusivo”. De acordo com a expert, compartilhar peças como calcinhas de uma amiga ou familiar pode resultar na transmissão de doenças.

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