Maaya: fotos e detalhes inéditos do projeto que irá revolucionar BSB
A coluna visitou o espaço e conversou com os sócios sobre o complexo à beira lago que promete surpreender a capital
atualizado
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Brasília se prepara para ganhar um projeto revolucionário. E ele será inspirado no universo místico que nos reconecta com a natureza e a arte. Logo daremos às boas-vindas ao Maaya, um novo espaço de gastronomia, lazer, música e bem-estar. Ele está tomando forma em um terreno às margens do Lago Paranoá e ao lado do restaurante Rubaiyat, tudo sob comando do grupo Funn Entretenimento.
A coluna Claudia Meireles fez uma visita ao local e conversou com os sócios responsáveis pela atração. De início, o projeto terá um formato semelhante ao de um beach club. Entretanto, o público brasiliense terá a liberdade de adquirir o day use para usufruir de uma experiência no complexo . “Estamos abrindo a possibilidade de se associar ao clube, por meio de um valor mensal. A pessoa terá direito a vários benefícios e acesso exclusivo a algumas áreas, como os lounges e a piscina”, contam os “meninos da Funn”.
Veja o que esperar:
O Maaya funcionará dia e noite, e recepcionará todas as faixas etárias, segundo a programação convencional: desde momentos em família, esportes e spa – enquanto a luz do sol brilhar – , até os shows e happy hours badalados. Mas, para chegar a esse ponto, toda uma iniciativa foi tomada em contemplação a um destino paradisíaco e excêntrico do litoral do Caribe: Tulum.
Projeto
Maaya nasceu de uma proposta da Funn à principal patrocinadora do evento, a Ambev. “Como a Corona é a cerveja central e, por ela ser mexicana, pensamos em um local e uma história do México para representarmos por meio da nossa cenografia”, dizem os sócios Pedro Caetano, Vinicius Freire, Hugo Andrade, Roberto Borges, Carlos Constantino, Paulo Paim e Henrique Migras.
O projeto é uma ressignificação da cultura regional, como também uma volta às origens e à história. Os indígenas, por exemplo, são uma das identidades do complexo. “Temos 24 índios morando aqui, desde o começo, para fazer todo o trabalho artesanal com o bambu”, revelam os organizadores. “Eles são de Parintins, no Amazonas”, acrescentam.
Sustentabilidade
Essa é a primeira particularidade do Maaya, e a que antecede outra: a sustentabilidade. O conceito destacou a importância da preservação ambiental e o combate ao desmatamento ao pesquisar e ir em busca, pelo Distrito Federal, de árvores que pudessem ser levadas ao complexo e plantadas novamente. “Umas árvores estavam caindo, morrendo. Trouxemos elas para cá e estamos dando vida nova a elas. Isso foi um desafio. Deu bastante trabalho”, comemoraram os sócios. Ao todo, foram 30 plantas captadas.
“Pegando o gancho, é um novo recomeço para elas e para a gente. Nós temos isso como lema, a palavra recomeço”, confessam. Como em toda história de reinício, há detalhes que impressionam e trazem a sensação de esperança. Quando colocavam as estacas pela área, tecnicamente, as estruturas estavam secas e não podiam dar flores. Entretanto, foi o que aconteceu, deixando os empresários entusiasmados. “Achávamos que não teriam mais vida”, recordam.
“O Maaya é uma viagem, quando [você] olha do lado de fora, não compreende o que tem dentro. Vê somente a índia e uma tenda. Ao passar pelo portal de entrada, você é levado para um mundo onde, definitivamente, não é mais Brasília”
Idealizadores
Tendo como proposta reconexão com a natureza, a maior dificuldade da produção foi desenvolver do zero o viés ambiental, pois o terreno só tinha algumas palmeiras. Sem previsão de término, o projeto ganhou uma decoração exuberante e atraente. A referência utilizada pelos idealizadores foi o famoso hotel Azulik, em Tulum. “Palhas, bambus, janelas redondas”, exemplificam os sócios. Inclusive, a palha veio diretamente do Pará.
Para comer
Na gastronomia, eles não erram. Proprietário dos empreendimentos Mercadito, MED. Cuisine & Club e Versão Brasileira, o time da Funn fechou parceria com o badalado chef Francisco Assis (do Assis em Casa), que se juntará a Juliano Guinoza, do Nakka, de São Paulo, para orquestrarem o restaurante oriental Yukatan. Ao leque de casas gastronômicas, faltava uma oriental, conforme explicaram: “O diálogo com o Assis já tinha um ano. Vínhamos namorando criar algo juntos e, agora, ele é nosso sócio”.
O chef Rodrigo Almeida ficará por conta do restaurante Maraí. No complexo, o clima praiano será possível graças ao Bar da Corona. Aos amantes de vinhos, a boa pedida será o Vinú Wine Bar.
Para fazer
Os pequenos terão sua diversão garantida com o Maaya Land (para bebês e crianças de 0 a 4 anos) e o Mundo Perdido (para crianças de 5 a 12 anos), além de uma piscina exclusiva. A interação com a natureza é marca essencial da área kids.
O suor também tem vez, já que esportes estão previstos para projeto à beira lago. O queridinho dos brasilienses, beach tennis, já tem espaço próprio, mas quem preferir por vôlei ou futevôlei também terá o que comemorar. “O nosso foco é o beach tennis, inclusive haverá aulas da atividade”, avisam. Em parceria, a academia Unique comandará os aulões funcionais. Para refrescar do calor, há opções aquáticas, como wake surf, stand up paddle, pedalinhos, caiaque, remo, entre outras atividades. Em uma segunda etapa, os empresários almejam construir um píer.
Relaxar por lá também é possível, visto que o Maaya reservou uma área para o funcionamento de um spa. Tem massagem na lista? Check! Um dos destaques do complexo será o Maraí Beach, que comportará lounges exclusivos com direito a fogueiras individuais, além de manta para o frio. Quem passar pelo complexo, vai se deparar, ainda, com vestiários, lojinhas, chapelaria, entre muitos outros serviços.
Um palco 360 graus espera pelo público, e promete receber atrações musicais diversas e premiadas. Além dos DJs brasilienses — Matheus Hartmann, Rafa Rios e Luiz Antony, músicos internacionais estão no line-up. “Estamos fechando a gravação do DVD da dupla Israel & Rodolffo aqui, em outubro”, antecipam os sócios. “Pretendemos trabalhar com todo tipo de música. Aos domingos, reggae, pop e MPB. Essencialmente, o projeto é um eletrônico mais leve”, destacam.
Segurança
Uma das diretrizes do novo “filho” da Funn Entretenimento é seguir à risca os protocolos de segurança. Além do uso de máscaras de proteção ser obrigatório e de toda a estrutura ser calculada conforme o distanciamento entre as pessoas, uma cabine de ozônio será instalada na entrada do complexo.
Segundo os idealizadores do projeto, a cabine de ozônio não foi colocada somente por conta do novo coronavírus, mas também como forma de oferecer ao público um lugar mais seguro de vírus e bactérias em geral. Na avaliação dos empresários, o segmento de eventos precisa dar um passo à frente e proporcionar maneiras eficazes relacionadas à higiene.
“As empresas do setor de eventos precisam oferecer um lugar mais seguro para o público. Embora não exista um local 100% [blindado], temos de buscar isso, porque o segmento de entretenimento foi bastante afetado por conta de aglomerações. Nós trabalhamos como muitas pessoas. Precisamos de alguma maneira dar um passo à frente. Não dá para fugir disso. Nós próximos 20, 30 anos terá mudanças muito drásticas relacionadas a como a gente se higieniza e cuidamos de nós mesmos”, reforçaram.
Conceito
Perguntados quando surgiu a proposta de desenvolver o complexo, os sócios mencionaram abril de 2020. “Bem no começo da pandemia. Ficamos no aguardo do momento propício de começar. Não sabíamos do futuro. Estávamos trabalhando com arquiteto, principalmente com essa parte de brainstorm e conceito”, lembraram.
Segundo os sócios, o projeto inicial era algo menor. “Quando vimos o espaço, brainstorm, começou a montagem, tudo junto, chegamos a conclusão de que não daria para ser algo pequeno”, revelam. Eles veem o Maaya como um legado da Funn: “Criamos o complexo em cima de uma ideia. No final, ocorreu o inverso. A ideia ficou dentro do nosso complexo”.
A princípio, o público pode não entender o conceito do Maaya na primeira visita. “Onde que eu estou?”. Esse será um dos questionamentos frequentes de quem for ao local. “Dá para curtir de diversas formas e será uma nova experiência a cada ida. Até conhecer tudo e viver todas as experiências levará um tempo”, ressaltam. De todos os ambientes, o Maraí Beach promete surpreender. No ponto de vista dos sócios, o espaço será o mais especial do complexo.
Se a iniciativa carrega a proposta de levar o público a se reconectar com origens, natureza e si mesmo. Contudo, as mentes à frente avaliam o projeto como uma forma de uni-los novamente em uma nova empreitada. O mesmo ocorre entre os colaboradores. “É uma energia muito tranquila, uma vibe muito boa. Nós costumamos falar que o Maaya já está a todo vapor”, garantem.
Para dar forma ao complexo, mais de 120 pessoas trabalharam na construção. Do início da obra até o fim, data três meses e meio. De acordo com Paulo Paim, o prazo deveria ser o dobro, mas como “passaram a morar no Maaya” conseguiram reduzir pela metade.
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