Fundadora do Instituto Proeza, Katia Ferreira comemorou seu aniversário, na última terça-feira (25/8), entregando pães e fatias de bolo em frente à sede da ONG, no Recanto das Emas. A ideia dá prosseguimento à iniciativa Pão Solidário que, desde maio, distribui mil pães todos os dias à comunidade local.

Segundo a filantropa, o projeto não pode parar, sobretudo em razão da crise gerada pela pandemia de coronavírus. “Difícil não se emocionar com o simbolismo de tudo: o pão, o momento, o olhar carinhoso das pessoas”, relembra.

A responsável pelo preparo do doce foi Elenira Sousa, que também faz os pães no Proeza diariamente. Ela usou 60 kg de massa e 10 kg de recheio.

Ao chegar à ação, a aniversariante foi surpreendida com um parabéns coletivo. “Nunca tive um aniversário cercado de tanto amor”, relembra a tocantinense, que considera as centenas de pessoas que recebem os pães na porta do instituto como amigos do peito.

“Nos momentos em que recebemos esses ‘presentes’ é que percebemos o quanto tem sentido a vida que levamos”

Katia Ferreira

Além de saborearem o bolo, os convidados ganharam máscaras de proteção produzidas pelas alunas do curso de costura do Instituto Proeza.

“Às vezes, nós ficamos tão preocupados com o futuro, e nem sabemos que futuro é esse… No entanto, devemos zelar pela vida dos que estão ao nosso redor. E o tempo agora é de olharmos para além da nossa vida”, declara Katia Ferreira.

Inspiração

A empreendedora explica que se inspirou na história filantrópica do empresário Luiz Estevão. Em 1986, ele inaugurou uma fundação com seu nome. Mais tarde, o local foi renomeado de Fundação Comunidade. Entre as medidas de apoio social, havia a distribuição de 10 mil copos de leite de soja para crianças carentes do Distrito Federal e sopas durante a madrugada.

Além disso, o empresário proporcionou 100 bolsas de estudo para alunos em situação de vulnerabilidade da UnB, lançou escolinhas de esportes em comunidades e programas de engajamento para a população das cidades do Entorno.

Sobre a aniversariante

O trabalho transformador que a tocantinense Katia Ferreira realiza em Brasília é de emocionar. Em 2003, ela conseguiu idealizar um futuro para um grupo de bordadeiras moradoras de São Sebastião, que logo foi crescendo e se tornou uma grife de roupas: a Apoena.

Mais tarde, Katia criou o Instituto Proeza, para ajudar os filhos das bordadeiras no processo educacional. O “gosto de quero mais” acabou resultando na construção da própria escola, situada no Recanto das Emas. A sede do instituto teve suas portas abertas em 2018, com um evento prestigiado pela Unesco e pelo Criança Esperança.

As ações da empreendedora vão além: ajudam mulheres vítimas de violência e, também, chegaram a ter projeção mundial.

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