O Brasil ocupa o topo do ranking em número de cirurgias plásticas, conforme o levantamento, mais atualizado, feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) em 2020. No período de 12 meses, mais de 1,3 milhão de intervenções foram realizadas em diversas regiões do corpo, sendo 87.879 rinoplastias. Nesse resultado, sem dúvidas, constam operações assinadas pela médica Joana Tavares. Diante de tanto profissionalismo e maestria, ela passou a ser conhecida como a “fada do nariz”.

À frente da Tavares Rinoplastia, clínica fixada no Lago Sul, Joana tem um currículo vasto. A otorrinolaringologista com especialização em cirurgia plástica facial é PhD em ciência da saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Inclusive, fez um fellow (programa de complementação especializado) pela Harvard Medical School. A médica é membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica de Face.

Início

Com 24 anos de carreira — da graduação até os dias atuais —, Joana atendeu milhares de pacientes. Quando eles a procuram com algum incômodo na área, a especialista inicia a consulta com a seguinte pergunta: “Qual o nariz dos seus sonhos?”. Ao ter a resposta, ela passa para a próxima fase. O processo começa com uma sugestão da médica com base no desejo do indivíduo.

“Ele vai me dizer qual é o nariz dos sonhos, a parte que é um desejo que está ali na mente dele. Eu vou tentar entendê-lo e trazer para uma foto”, explica Joana. Em seguida, a otorrinolaringologista e cirurgiã faz um modelo em três dimensões da face do paciente. “Eu tento traduzir o que compreendi sobre qual seria o desejo dele”, completa a integrante da Federação Internacional de Sociedades de Cirurgia Plástica Facial (IFFPSS).

Joana mostra o “esboço” ao paciente. A partir disso, a expert faz pequenas ou grandes modificações a fim de alcançar o nariz imaginado. Nesse processo, a médica usa o conhecimento em harmonização com o objetivo de criar algo ideal para determinado rosto. Ela avalia “as possibilidades dentro das limitações de cada caso”.

“Claro, o desejo do paciente é levado em conta em primeiro lugar, mas sobre a minha orientação de harmonização e há algumas limitações, porque nem todos os narizes dos sonhos são alcançados”, elucida Joana Tavares. A estrutura e o tipo de pele entram na análise minuciosa da cirurgiã. A especialista faz um período de aconselhamento a respeito da harmonia facial, ou seja, mostra o que é a beleza desejável mais voltada ao natural.

Embora alguns pacientes prefiram a naturalidade, outros vão pelo caminho contrário. Nessas situações, Joana não deixa de fazer suas sinceras orientações e exclama: “Isso aqui todo mundo verá que você operou”. O primeiro passo estudado pela PhD é o formato.

“É isso aqui que você quer? Vamos desenhar até chegar em um nariz que o paciente entenda o que ele quer, eu preciso compreender o que seria legal e alcançável. Objetivamente, conseguimos ver na foto e planejar a cirurgia a partir do modelo ilustrado”, esclarece a renomada profissional.

O mais pedido

De acordo com a otorrinolaringologista, o nariz mais pedido na clínica é o da influenciadora digital Lala Rudge. “É bem arrebitado”, pondera. No entanto, a referência pode não ficar bonita no rosto de uma paciente, por isso, entra em cena a conversa sobre harmonização. Ao longo da carreira, a médica soma 2 mil cirurgias realizadas em brasileiros e em estrangeiros.

Ao recorrerem ao consultório de Joana, os pacientes passam por um processo detalhado de busca de imperfeições. “Sempre que a pessoa senta, começamos a procurar os defeitos e ver o que pode ser melhorado. Colocamos uma lupa mesmo para encontrar falhas no pré-operatório, período em que estamos na saga pelo o que seria o nariz ideal, quanto no pós-operatório”, salienta a expert.

Perfeccionista

A fada do nariz se descreve como uma profissional bastante perfeccionista e exigente com o trabalho. “Sempre estou em busca daquele detalhe que podemos melhorar, é a parte mais importante”, avalia. Segundo a médica, há vários tipos de rinoplastia, no caso, o procedimento é classificado com base nos acessos: aberto, semiaberto e fechado. “Forma de abrir o órgão”, garante.

Das categorias, Joana prefere o acesso aberto: “Me dá uma maior visibilidade, capacidade de detalhe, simetria e mudar tudo o que eu quero”. Outra divisão na intervenção cirúrgica envolve ser estruturada ou preservadora. A PhD opta pelo primeiro método devido ao uso de cartilagem para desenhar o órgão. “A técnica garante que o nariz ficará no lugar onde eu deixei e exatamente no formato do final da cirurgia”, completa.

Joana Tavares sugere a rinoplastia aberta estruturada por: “O nariz não cai ao longo da vida nem muda no pós-operatório. Apenas sofre um edema de alguns meses e, depois, o formato que tem continuará pelo resto da vida”.

Resultados

Como está no centro do rosto, o nariz é o primeiro ponto de atenção em uma face. Também está aliado à personalidade do indivíduo. Em alguns casos, quando o paciente retorna ao consultório de Joana, às vezes, ela identifica uma mudança que vai além do rosto, chega a transformar a autoestima. Uma mulher declarou para a médica: “Doutora, eu não sabia, mas agora me sinto livre para deixar as pessoas me verem de perfil. Eu jogava o cabelo de lado [para se esconder]”.

“Uma vez, eu operei um paciente e o recebi no consultório para fazer uma revisão de um mês. Quando o vi, perguntei: ‘Fulano é você?’. Ficou outra pessoa! Mudou o cabelo, o jeito de sentar e a roupa, porque isso veio de dentro dele. Criou mais autoestima na forma como se enxerga, a segurança como caminha e se senta”, finaliza a fada do nariz e nome à frente da Tavares Rinoplastia.

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