Izabella Rocha: cantora do Natiruts fala sobre a carreira e projetos
Com 26 anos de carreira, a artista lança Bella ao Vivo, terceiro álbum da carreira solo
atualizado
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Dona de um carisma único, Izabella Rocha viu sua carreira musical deslanchar ao integrar a banda brasiliense Natiruts, em 1996. Com uma trajetória de sucesso e cada vez mais apaixonada pelo ofício, ela decidiu alçar novos voos e iniciou sua trajetória solo em 2016. De lá para cá, lançou dois álbuns: Gaia e Bella. Este ano, a cantora se prepara para disponibilizar ao público mais um trabalho, o especial Bella ao Vivo. Com 26 anos de estrada, ela se divide entre os palcos, a maternidade e sua paixão pelos animais e pela astrologia.
Filha de servidores públicos, Rocha foi a primeira da família a trilhar os caminhos da arte. Mesmo que seu primeiro contato “oficial” com a música tenha sido na metade da década de 1990, ela sempre foi fã de reggae e de grandes nomes do cenário internacional, como Bob Marley, Peter Tosh e The Wailers. No Brasil, Edson Gomes, Tribo de Jah, Gilberto Gil, Cidade Negra e Tony Garrido são suas inspirações.
Após receber o convite para participar de um show da Nativus — antigo nome da Natiruts — na casa de amigos, sua vida mudou completamente.
“Eu tranquei a faculdade. Também tinha passado no concurso Tribunal de Justiça na época e acabei pedindo exoneração e mergulhei de cabeça. Foi tudo muito rápido. No segundo ano de existência da banda, estávamos estourado no Brasil inteiro, um fenômeno forte e que mudou completamente a minha vida. A família me deu todo apoio emocional”, relembra.
Izabella ficou no grupo musical, liderado atualmente pelo vocalista Alexandre Carlo, por 10 anos. Lá, gravou cinco discos de estúdio: Nativus (1997), Povo Brasileiro (1999), Verbalize (2001), Qu4tro (2002) e Nossa Missão (2005) – e fez centenas de shows. Após 15 anos afastada, está de volta à banda na turnê Good Vibration. Todos as vivências foram definidas pela cantora como um “período engrandecedor”.
“Durante esses 11 anos foram centenas e centenas de shows em diversos lugares do Brasil, na Europa e na América Latina, e isso representa muito na minha vida. Vamos dizer que a minha formação como cidadã brasileira e do mundo, não só como musicista, mas no conhecimento geral por ter vivenciado todas as culturas diferentes. Você acaba criando uma experiência de palco alinhado com a técnica, porque você tem que lidar com todas as interferências.”
Ao sair do Natiruts em 2006, a artista ainda integrou outro grupo musical, o InNatura, que fundou ao lado de Bruno Dourado (percussão) e Kiko Péres (guitarrista). Juntos, lançaram três álbuns: Um Artista Brasileiro (2007), Bossa Ragga (2010) e Innatura 3 (2013).
Carreira solo
O desejo por um projeto solo veio após 20 anos de carreira. Foi o nono álbum de toda sua trajetória. Por gostar no número nove e ter uma ligação espiritual, se sentiu preparada para assumir os vocais e colocar vários estilos.
Em 2021, ela deu continuidade ao álbum Bella, em que mesclou influências do jazz, reggae, soul, samba jazz e bossa nova. Este ano, a profissional iniciou o Bella ao Vivo, que conta com nove canções. A primeira, Presente de um beija-flor, releitura jazzística do clássico do Natiruts, já foi apresentada ao público.
“Bella ao Vivo é um momento de colheita por tudo o que foi plantado nessa fase da minha carreira que começou em 2018, com a turnê Blue Moon. O desafio desse álbum foi trazer músicas de vários estilos para dialogar com o jazz, mas harmonizando com as tantas referências que fazem da música brasileira tão singular. Podemos dizer que o álbum explora um jazz tropical’, com um sotaque brasileiro e o nosso reggae ‘brazuca'”, explica.
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Maternidade e música
Com a maternidade — ela é mãe de Gabriela, Rafael e Elis — precisou conciliar os projetos com a vida pessoal, que demanda dedicação e organização. Na visão dela, os filhos são os propulsores que movimentam seu dia. O amor pelo que faz é o segredo para conseguir deixar tudo em ordem.
“Sempre haverá desafios, problemas, descontentamentos e conflitos. É preciso saber lidar com isso de uma forma positiva, para se educar e aprender com os próprios erros. Às vezes, a gente aprende mais com eles do que eles com a gente. Eles são espelho e vamos aprendendo no decorrer da nossa maturidade. A minha vida é muito organizada, com cronogramas e horários certinhos”, explica a empresária, que busca ter uma alimentação saudável e sono regular para aguentar a rotina corrida.
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Para o futuro, Izabella almeja continuar oferecendo a melhor educação e valores para os filhos. Na parte dos negócios, quer continuar fomentando a sua arte e continuar empreendendo no ramo imobiliário e na preservação da natureza.
Na parte espiritual, pretende continuar ligada à astrologia, área que estuda desde 2005. Para ela, é uma grande paixão e uma forma de se autoconhecer.
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“É uma ferramenta maravilhosa para guiar o dia a dia, e para os momentos difíceis de decisão e na compreensão da vida e do passado. Já prestei atendimento, mas hoje uso a ferramenta como empresária, mãe e artista”, finaliza.
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