Isabella Carpaneda lança Bebeto, mascote virtual de alfabetização
“É um material bem elaborado, bastante lúdico, atraente e de fácil manuseio”, diz a escritora sobre o novo projeto de educação
atualizado
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Nos dias de hoje, usar a criatividade para inovar no ramo da educação se tornou uma premissa. À frente do desafio de contribuir com a alfabetização das crianças de forma lúdica e atraente, a escritora e autora de vários livros didáticos Isabella Carpaneda foi além das páginas impressas rumo ao que a tecnologia tem a agregar no universo digital. A novidade nada mais é do que o Bebeto, mascote criado por ela para ajudar professores e pais no ensino básico de educação.
A data para o lançamento oficial do site do projeto é esta sexta-feira (27/7). Mas Bebeto já tem um perfil no Instagram para chamar de seu. Por meio da ferramenta, Carpaneda conseguirá ensinar os sons das letras do alfabeto, por exemplo, seguindo a abordagem fônica, além de distribuir materiais para ajudar no processo de alfabetização.
Em conversa com a Coluna Claudia Meireles, a escritora conta que, durante a pandemia de Covid-19, viu-se totalmente envolvida com os estudos da neurociência e sobre os benefícios da abordagem fônica para alfabetização. “A neurociência tem se dedicado ao estudo do cérebro humano e suas funções cognitivas, incluindo a aquisição e processamento da linguagem, na busca de compreender como o cérebro processa as informações presentes nas palavras escritas”, afirma.
Carpaneda ainda diz que estudos desse setor e diversas pesquisas apontam que a abordagem de ensino da leitura que se baseia na correspondência entre as letras e os sons da língua facilita a aprendizagem. “Isso ocorre pelo fato de a abordagem fônica ter a capacidade de ensinar as crianças a decodificar as palavras, ou seja, a reconhecer as letras e seus sons correspondentes para formar palavras completas”, justifica.
“Tenho tido a oportunidade de colocar essas aprendizagens em prática e estou podendo constatar que, uma vez que a criança aprende os sons das letras, ela, de fato, consegue ler palavras desconhecidas por meio da decodificação sistemática”, fala.
Foi assim, então, que surgiu o Bebeto. Após muito tempo pensando em como trabalhar os sons das letras de maneira eficiente, a escritora tirou a ideia do papel. Trata-se de um material que abrange banners e fichas com cenas divertidas que remetem a onomatopeias e interjeições — para que os pequenos cheguem ao som das letras e os memorize de maneira facil e divertida —, além de jogos e músicas.
“Estudos mostram que as crianças que recebem ensino baseado na abordagem fônica apresentam melhor desempenho na leitura em comparação com as que utilizam outros métodos”
Isabella Carpaneda
No entanto, a autora ressalta que o ensino da leitura é um processo complexo que envolve não apenas a decodificação das palavras, mas também a compreensão do significado das frases e do texto como um todo. “Assim, é indispensável que as crianças desenvolvam não apenas habilidades de decodificação, mas também habilidades de compreensão da leitura”, lembra.
O que esperar do Bebeto?
De acordo com Isabella, a iniciativa promete ajudar professores e familiares no momento da alfabetização das crianças. “É um material bem elaborado, bastante lúdico, atraente e de fácil manuseio”, destaca.
Todas as cenas propostas podem ser facilmente reproduzidas em casa e na escola.
“Usamos, por exemplo, o som da letra G quando seguida das vogais A , O , U. Nesse caso, a letra G tem o som /g/.
Pois bem, basta distribuir canudinhos, copinhos ou canequinhas com àgua e pedir que as crianças assoprem, da mesma forma que Bebeto está fazendo na cena. Logo os pequenos chegarão ao som GLUB! GLUB! Daí, com a mediação do adulto, logo chegarão ao som /g/. Não é divertido?
Para o som da letra Q – som /k/, a proposta é rasgar papel. Ouvirão o som QUERK! e serão levados a perceber e a memorizar o som dessa letra”.
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