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Ingrid Albuquerque explica o que é alergia e intolerância alimentar

Apesar de parecerem quadros idênticos, a alergia e a intolerância alimentar agem de maneiras diferentes no organismo. Entenda!

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Ingrid Albuquerque
1 de 1 Ingrid Albuquerque - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

As nossas vivências podem influenciar nas escolhas futuras e na maneira como vamos impactar a rotina de outros indivíduos. Um exemplo claro dessa sentença aconteceu com a nutricionista Ingrid Albuquerque. Após conviver com o sobrepeso durante a infância e parte da adolescência, a mudança nos hábitos alimentares transformou sua vida. A partir daquele momento, ela decidiu que ajudaria outras pessoas na busca por mais qualidade de vida, inclusive aqueles com alergia e intolerância alimentar.

À Coluna Claudia Meireles, Ingrid revela que desenvolveu intolerância à lactose há aproximadamente três anos. Por ser apaixonada por derivados de leite (queijo e iogurte), sua alimentação foi bruscamente impactada. A especialista precisou encontrar novas opções de consumo.

Em 2021, os sintomas do distúrbio se intensificaram e Albuquerque desenvolveu a Síndrome do Intestino Irritável (SII) conjunto de sinais  que configuram uma inflamação intestinal. “A partir disso, comecei a observar como era crescente o número de pacientes que também sentiam desconfortos gastrointestinais ao consumir produtos lácteos”, relembra.

Após descobrir que tinha intolerância à lactose, Ingrid se especializou em áreas que ajudam as pessoas a terem mais qualidade de vida

Alergia x intolerância alimentar

Ingrid elucida que a alergia é uma resposta imunológica que ocorre após o contato ou ingestão de proteínas de determinados alimentos, como leite de vaca, ovos, frutos do mar, trigo, amendoim e soja.

“Quando o individuo entra em contato com o alimento alergênico, desenvolve sintomas agudos e mais severos que na intolerância alimentar. É o caso de erupções cutâneas, inchaço, olhos lacrimejando, diarreia e até mesmo ataques ao sistema respiratório, o que pode acarretar em falta de ar”, afirma a especialista.

A intolerância, por sua vez, é causada pela falta ou insuficiência de enzimas digestivas que processam certos alimentos. Os sintomas são mais leves e os desconfortos acometem somente o sistema gastrointestinal (abdômen distendido, excesso de gases, constipação e diarréia, má digestão e dores abdominais).

“É importante observar se, ao comer determinado alimento, algum dos sintomas citados irá aparecer. Se a resposta for positiva, é necessário procurar uma nutricionista para melhor diagnóstico e orientações para possíveis mudanças no padrão alimentar ou da dieta”, alerta Albuquerque.

Ingrid é formada em nutrição pela Universidade Católica de Brasília (UCB)

Tratamento

Quando um distúrbio é descoberto, a primeira coisa é sempre buscar ajuda profissional para ter um acompanhamento adequado.

“No caso da intolerância alimentar, é mais fácil. A pessoa pode fazer a retirada do alimento identificado, ou até mesmo, tomar algumas enzimas digestivas prescritas pela nutricionista ou médico. Elas farão o papel das enzimas que estão em deficiência no organismo, e assim, podem voltar a consumir os alimentos que causavam desconfortos”.

Nos casos de alergia, é necessária a retirada total do alimento alergênico.

Veja alguns itens considerados “terríveis” para quem tem alergia:

  • Proteína de leite;
  • Trigo;
  • Frutos do mar;
  • Clara de ovo;
  • Amendoim;
  • Castanha de caju;
  • Produtos industrializados ricos em conservantes e corantes;
  • Carnes processadas, açúcar e farinha branca em excesso.

“Em algumas situações, nas quais a alergia se apresenta com maior gravidade, pode ser necessário evitar o contato com o alimento através da pele e até mesmo através de partículas no ar”, alerta.

Sobre a autora

Formada pela Universidade Católica de Brasília (UCB) em 2017 e pós-graduada em nutrição clínica, esportiva e funcional, a expert compartilha diariamente, tanto no consultório quanto nas redes sociais, seus conhecimentos e dicas de uma rotina fitness.

“Ao longo das minhas especializações e vivências, fui descobrindo como a alimentação poderia ajudar a tratar, prevenir e otimizar as questões do organismo de diferentes formas, seja para a melhora do quadro de uma doença ou até mesmo para potencializar suas capacidades”, conta a nutricionista.

Ao descobrir a Síndrome do Intestino Irritável (SII), ela, mais uma vez, ressignificou um problema pessoal e encontrou formas de ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema a terem uma rotina com mais qualidade.

“Devido a esta condição, comecei a me aprofundar bastante em estudos envolvendo saúde intestinal e sensibilidades alimentares. Criei uma mentoria on-line para ajudar pacientes com as mesmas condições clínicas e pude ver vidas sendo transformadas. Só quem passa pela situação sabe como é desconfortável e, muitas vezes, constrangedor”, esclarece.

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