Homens que beijam suas esposas todos os dias vivem mais, diz estudo
Um estudo mostrou que homens que beijam suas esposas todos os dias antes de irem para o trabalho tendem a viver 4 ou 5 anos a mais
atualizado
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Um estudo realizado durante 10 anos indicou que homens que beijam suas esposas todos os dias antes de irem para o trabalho tendem a viver 4 ou 5 anos a mais. Com resultados publicados na revista alemã Selecta, as pesquisas lideradas pelo professor de psicologia na Universidade de Kiel, Arthur Szabo, observaram, ainda, que os maridos que se despediam das esposas com um beijo ganhavam 20 a 35% mais dinheiro do que os que não o faziam.
Aproximadamente 110 gestores industriais alemães participaram do estudo. Os pesquisadores também descobriram que, além de aumento nos salários, eles ainda passaram a ocupar melhores cargos no trabalho.
Segundo o resumo das descobertas, “os maridos que saem de casa pela manhã sem beijar suas esposas o fazem porque o casal brigou ou porque eles se separaram. Em ambos os casos, o marido começa o dia com uma atitude negativa. Ele tende a ser mal-humorado e deprimido. Ele é desinteressado em seu trabalho e no ambiente. Embora muitos homens finjam indiferença para com suas esposas, quase todos eles estão se enganando”, defendem.
“Mesmo que um homem tenha deixado de amar a sua esposa, ele ainda é influenciado pela atitude dela para com ele. Nossa pesquisa prova isso e de forma conclusiva. Um marido que beija a esposa todas as manhãs antes de ir para o escritório começa o dia com uma atitude positiva. Seu sentimento de harmonia se reflete tanto fisiológica quanto mentalmente”, informa o estudo.
De acordo com os psicólogos Linda e Charlie Bloom, durante um beijo prolongado (de pelos menos seis segundos), o corpo produz hormônios que promovem sentimentos e emoções positivas, a exemplo da oxitocina. “No ato de beijar, as sensações vão diretamente para o sistema límbico, a parte do cérebro associada ao amor, à paixão e à luxúria”, disseram ao Psychology Today.
“O coquetel do amor é composto de neurotransmissores e hormônios, incluindo dopamina, oxitocina, serotonina, adrenalina e endorfinas”, acrescentaram.
“A oxitocina é secretada com um abraço de 20 segundos ou um beijo de seis segundos… Isso cria uma sensação de segurança psicológica, conexão e vínculo”, declarou o professor e pesquisador John Gottman no podcast The Diary of a CEO.
Poder de cura
Além de aumentar as emoções positivas, os beijos mais longos também podem ser úteis para pessoas com câncer. Isso porque indivíduos que se concentram no positivo tendem a ter um desempenho melhor ao longo da jornada de tratamento. Para a oncologista ginecológica Dana Chase, a recomendação é que os pacientes se concentrarem nas emoções positivas durante o tratamento do câncer.
“Sabemos, por bons estudos, que a saúde emocional está associada à sobrevivência, o que significa que uma melhor qualidade de vida está associada a melhores resultados”, explicou ao SurvivorNet.
O que acontece no seu cérebro durante um beijo
O cérebro é um dos órgãos que mais fica ativo quando um casal se beija, conforma destaca o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela. “Na verdade, beijamos muito mais com o cérebro do que com a boca. Isso porque, durante o beijo, ocorrem diversos processos no nosso sistema nervoso que são essenciais não apenas para que esse gesto ocorra, mas para que tenha o impacto que conhecemos”, conta.
Antes mesmo do gesto ocorrer, o cérebro já está ativo para o ato. Segundo o neurocientista, nesse momento, o órgão desencadeia outras funções biológicas. “Quando nos encontramos diante de alguém por quem temos atração física, sexual e/ou emocional, um simples contato visual desencadeia o desejo pelo beijo”, afirma o especialista.
“Já temos estudos que comprovam também que o beijo é usado pelo cérebro para avaliar a adequação do outro para um relacionamento”, completa.
Na visão do especialista, isso acontece porque nossos olhos captam a imagem. Em seguida, ela que é processada pelos lobos occipitais e transmitida ao sistema límbico, o centro emocional do cérebro. Esse fenômeno contribui para liberar hormônios do bem-estar como a ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”.
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