Harvard lista a dieta e o medicamento ideais para reduzir o colesterol
Segundo a universidade, alguém com níveis elevados de colesterol HDL e LDL ainda poderá precisar de tratamento para reduzir o nível de LDL
atualizado
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 40% da população no Brasil sofre de colesterol alto. Outro dado preocupante, divulgado por uma pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), mostrou que 1 em cada 4 crianças e adolescentes (27,47%) no país apresenta a condição, enquanto cerca de 19% deles tem alteração no LDL, conhecido como colesterol ruim.
Segundo a Harvard Health Publishing, altos níveis de colesterol LDL estão ligados à aterosclerose, o acúmulo de depósitos de gordura ricos em colesterol nas artérias. “Isso pode fazer com que as artérias se estreitem ou fiquem bloqueadas, retardando ou interrompendo o fluxo de sangue para órgãos vitais, especialmente o coração e o cérebro”, afirma a publicação.
“A aterosclerose que afeta o coração é chamada de doença arterial coronariana e pode causar ataque cardíaco. Quando a aterosclerose bloqueia as artérias que fornecem sangue ao cérebro, pode causar um acidente vascular cerebral”, diz o canal de divulgação da Harvard Medical School (HMS).
Enquanto o colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) é chamado de colesterol “ruim”, o colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) é considerado o “colesterol bom”. Pessoas com níveis elevados de HDL têm menos probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares. Por outro lado, se uma pessoa tiver níveis elevados de HDL e LDL, ela ainda poderá precisar de tratamento para reduzir o nível de LDL, conforme explica a publicação.
O nível de colesterol LDL ideal é inferior a 70 miligramas por decilitro (mg/dL) para pessoas com doença arterial coronariana ou periférica ou que já tiveram acidente vascular cerebral por aterosclerose, segundo o corpo docente de Harvard. Entretanto, indivíduos que não têm doença cardiovascular e nenhum fator de risco podem manter o nível de colesterol LDL em torno de 100 a 130 mg/dL.
A universidade considera, ainda, que indivíduos com colesterol HDL abaixo de 40 mg/dL têm maior probabilidade de desenvolver aterosclerose, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. A recomendação, portanto, é que o nível de triglicerídeos esteja abaixo de 150 mg/dL.
De acordo com a Harvard Health Publishing, pessoas com colesterol alto devem fazer mudanças na dieta para reduzi-lo a níveis saudáveis. O exercício físico pode ajudar a aumentar o nível de HDL (colesterol “bom”, já mudanças na alimentação e medicamentos, especialmente as estatinas, podem reduzir consideravelmente o LDL (colesterol “ruim”).
Afinal, qual é a melhor dieta para reduzir o colesterol?
Segundo a publicação, ainda não há consenso a respeito da melhor dieta para reduzir o colesterol. O regime vegetariano é o mais eficaz para diminuir o colesterol total e LDL, mas não é fácil de se seguir. Há a preferência, também, pela dieta “estilo mediterrânea”, embora não exista uma definição estrita do que deve ser incluído nesse tipo de dieta.
No entanto, algumas sugestões dadas pelos especialistas de Harvard podem potencializar os resultados:
- Obter a maior parte das calorias diárias dos alimentos provenientes de fontes vegetais, especialmente frutas e vegetais, grãos, feijões, nozes e sementes;
- Aderir ao azeite como gordura principal, substituindo outras gorduras e óleos;
- Comer queijo e/ou iogurte com baixo teor de gordura diariamente;
- Consumir peixe pelo menos algumas vezes por semana;
- Evitar alimentos processados;
- Beber álcool com moderação, a menos que não haja indicação médica (no máximo duas bebidas por dia para homens e uma por dia para mulheres);
- Ingerir apenas as calorias queimadas diariamente para perder peso.
Apesar dos conselhos publicados pela universidade, a indicação é procurar por um profissional de saúde, como nutricionista ou médico, para a correta orientação. Outra sugestão é a prática de, pelo menos, 30 minutos por dia de exercícios de intensidade moderada, como caminhada rápida.
O melhor medicamento para colesterol alto
Existem cinco tipos de medicamentos para baixar o colesterol. No entanto, para Harvard, a estatina deve quase sempre ser a primeira escolha para reduzir o colesterol LDL.
Também chamadas de inibidores da HMG-CoA redutase (lovastatina, sinvastatina, pravastatina, fluvastatina, atorvastatina e rosuvastatina), enzima necessária para a produção de colesterol, as estatinas também diminuem o risco de desenvolver endurecimento das artérias (aterosclerose) e reduzem a chance de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Em casos mais difíceis, os médicos chegam a acrescentar ezetimiba, fármaco que inibe a absorção de colesterol no intestino.
Os inibidores de PCSK9 são mais potentes que as estatinas, sendo mais úteis para pessoas com hipercolesterolemia familiar, ou seja, níveis de colesterol extremamente elevados. Esses fármacos injetáveis também são indicados para indivíduos com doença arterial coronariana que não atingem a meta com estatinas em altas doses ou que não toleram estatinas devido aos efeitos colaterais.
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