Harry e Meghan assinam contrato com gigante americana Procter & Gamble
A parceria recorda uma história comovente de Meghan. Aos 11 anos, a duquesa pediu para a Procter & Gamble mudar o tom sexista de um anúncio
atualizado
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Diante do sucesso do príncipe Harry e Meghan Markle com o trabalho filantrópico à frente da Fundação Archewell, mais uma marca gigante resolveu unir forças com os duques de Sussex. Eles firmaram parceria com a Procter & Gamble, conhecida como P&G. Com um portfólio extenso, que vai desde as batatas Pringles até as fraldas Pampers, a empresa anunciou a colaboração em um comunicado publicado no perfil oficial do Twitter na terça-feira (11/5).
Sem conta na rede social, Meghan e Harry divulgaram a novidade no site da instituição filantrópica. “A Fundação Archewell acredita que, com a comunidade e por meio do serviço compassivo aos outros, podemos desencadear uma mudança cultural sistêmica”, escreveu o casal na nota lançada. Os duques de Sussex acrescentaram ao texto: “Para fazer isso e construir comunidades mais compassivas, a Fundação Archewell anunciou hoje uma parceria global, de vários anos, com a Procter & Gamble”.
A colaboração entre o casal Sussex e a gigante de bens de consumo se concentra em três vertentes. São elas: igualdade de gênero, espaços on-line inclusivos, e “resiliência e impacto por meio do esporte”. Quando lançou a Fundação Archewell, o casal afirmou “estar em uma missão de construir um futuro justo para mulheres e meninas”. A boa nova não é o primeiro vínculo entre Meghan Markle e a P&G. Ambos se conhecem de longa data.
Passado
Aos 11 anos, quando nem imaginava entrar para a família real britânica, Meghan protagonizou um episódio que fez a Procter & Gamble alterar a linguagem sexista de um comercial de televisão. A campanha publicitária trazia o slogan “As luvas estão caindo. As mulheres em toda a América estão lutando contra panelas e frigideiras gordurosas com Ivory Clean”. Na sala de aula da futura duquesa de Sussex, dois alunos fizeram piadas a respeito das mulheres pertencerem à cozinha após o anúncio ir ao ar.
A brincadeira maldosa dos colegas de classe deixou Meghan Markle frustrada. Decidida a mudar a situação, a garota escreveu cartas e as remeteu a uma lista de destinatários: a Procter & Gamble; Hillary Clinton; a então advogada de direitos civis, Gloria Allred; e a jornalista Linda Ellerbee. Na época, os executivos da P&G ficaram comovidos com a mensagem da menina de 11 anos. Um mês após o envio da correspondência, a narração do comercial foi alterada para “pessoas” em vez de “mulheres”.
O episódio ganhou repercussão e ela aceitou o convite para participar do programa Nick News, em 1993. “Se você ver algo de que não gosta ou se sente ofendido, na televisão ou em qualquer outro lugar, escreva cartas e as envie para as pessoas certas. Você realmente pode fazer a diferença, não apenas para si, mas a muitas outras pessoas”, disse a menina na entrevista. Confira o vídeo abaixo sobre um pouco da presença de Meghan na atração de tevê
The #RoyalBaby is here! From Nick News to new mom, congrats to Meghan Markle on her beautiful baby boy! 🎉 pic.twitter.com/PMZaPblYmm
— NickRewind (@NickRewind) May 6, 2019
Reação
Em 2015, Meghan discursou em um evento da ONU Mulheres no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Na ocasião, a ex-atriz de Hollywood recordou o episódio na mensagem dita. “Lembro-me de me sentir chocada e com raiva, mas também me sentia muito magoada. Simplesmente não estava certo e algo precisava ser feito”. Com o anúncio da parceria entre o casal Sussex e a Procter & Gamble, as cartas enviadas pela duquesa quando menina se tornaram assunto na imprensa.
O portal Newsweek foi atrás dos executivos da P&G para saber a reação deles ao receberem a mensagem de uma garota de 11 anos sobre a campanha publicitária de teor sexista. Um porta-voz da empresa, não identificado na matéria, revelou que todos se impressionaram: “Ficamos comovidos ao ouvir que, mesmo quando jovem, a duquesa [de Sussex] estava motivada a falar sobre igualdade de gênero”.
Considerada uma das maiores anunciantes do mundo, a Procter & Gamble reconhece o poder da publicidade como forma de moldar a cultura, incentivar o diálogo e mudar a percepção, conforme explicou a fonte ao Newsweek. “É por isso que nos esforçamos para usar nossa voz na publicidade como uma força do bem, aumentando a conscientização e estimulando a conversa em torno de tópicos que incluem preconceito de gênero”, concluiu.
Burburinho
Duques de Sussex, Harry e Meghan acumulam uma legião de fãs em todo o globo. Quando os admiradores souberam da parceria dos “ídolos” com a Procter & Gamble, logo correram para parabenizá-los nas redes sociais. “Orgulho do trabalho dos Sussex. Este é o impacto na comunidade. É assim que você defende a mudança”, escreveu um usuário no Twitter. Outros aproveitaram o espaço para alfinetar a realeza britânica.
“É assim que você torna o mundo um lugar melhor. Enaltecendo os outros! O príncipe Harry e Meghan definitivamente tomaram a decisão certa ao deixar seus deveres reais”, outro usuário tuitou. “Não consigo acompanhá-los e adoro isso” comentou um fã dos duques de Sussex na rede social, após a notícia da colaboração. Segundo a P&G, a parceria é uma forma de incentivar o cuidado compartilhado em casa para que todos na família possam prosperar.
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