Gustavo Guedes, do bar SouthSide: “Estamos nos virando nos 30”
O mixologista e sócio do gastrobar contou à coluna quais estratégias teve que adotar com as mudanças do cenário econômico devido à Covid-19
atualizado
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As noites de happy hour nunca mais foram as mesmas após o fechamento de bares e restaurantes de Brasília, seguindo decreto do governador Ibaneis Rocha. Tal medida, adotada em prol da prevenção da saúde da população do DF, fez com que muitas empresas se preocupassem com as vendas e o faturamento mensal, já que os clientes não poderiam mais frequentar os locais.
As vendas sofreram queda significativa. Isso fez com que os estabelecimentos criassem estratégias para se reinventar e conseguir chegar aos clientes. É o caso do SouthSide, gastrobar situado na 407 Sul e que abriu as portas na capital no final de novembro do ano passado. Comandada pelos sócios Gustavo Guedes, Bruno e Marisa Zardo, a casa foi pega de surpresa pelo novo coronavírus logo nos primeiros meses em funcionamento.
“Estamos nos virando nos 30, mas é óbvio que o movimento do restaurante nessa modalidade não se compara ao funcionamento normal, com a casa aberta. Nós inauguramos no final de novembro, pegamos os três piores meses para bares e restaurantes em Brasília. Março é mês comum de retomada de movimento”, explica Gustavo Guedes.
“Graças a Deus, nosso movimento durante esse período foi muito bom, com clientes cativos e fiéis, casa cheia e um feedback excelente. Isso nos deu um gás para passar por essa crise, sabendo que, voltando à ativa, nossos clientes estarão ansiosos para curtir o Southside novamente”, acrescentou.
Planos
Apesar do bar ter uma pegada de socialização alta, onde amigos se encontram para comer e beber e casais costumam jantar e degustar vinhos, os sócios já tinham planos de servir os pratos e bebidas pelo take out, uma espécie de drive thru em que o cliente pede pelo Whatsapp e pega os insumos na porta do restaurante.
“Essa demanda já existia por alguns frequentadores cativos que queriam essa experiência do bar vendo Netflix ou com os amigos em casa”, revela Gustavo.
Na crise, o gastrobar também inseriu serviço de delivery pela plataforma iFood. O maior desafio enfrentado pelos sócios é entregar aos consumidores drinques com a mesma qualidade dos servidos no restaurante. Até agora, tem dado certo. Eles enviam as bebidas engarrafadas, de duas em duas, com o garnish, decoração responsável pelo aroma e sabor. Também mandam o cubo gigante de gelo translúcido que dá o toque de beleza no drinque, dilui na medida certa e mantém a temperatura ideal do coquetel.
Gustavo Guedes ainda lembra que, no cardápio, há a opção sem álcool. Dependendo da compra, o cliente leva para casa um copo ou caneca de brinde.
Faça você mesmo
Ao Metrópoles, o mixologista e sócio do SouthSide entregou a receita de um Moscow Mule clássico.
Aprenda:
A receita clássica desse drinque, muito conhecido por vir em canequinhas de cobre com espuma de gengibre, leva, na verdade, Ginger Ale ou Ginger Beer (um refrigerante de gengibre) e é super simples de fazer.
Se não tiver uma caneca de cobre, não se preocupe. Execute a receita em um copo longdrink, outra possibilidade dentro da maneira clássica.
Ingredientes
- 50ml de vodka (recomendo a Ketel One)
- 15ml de sumo de limão
- 10ml de xarope simples
- 90ml de ginger ale (ou até completar o copo)
Para o xarope simples, adicione um litro de água em uma panela e leve a fogo alto. Depois de quente, adicione 1kg de açúcar e misture até ficar homogêneo. A validade é de 3 meses.
Modo de preparo
Adicione a vodka, sumo de limão e xarope simples no copo (ou caneca) com muito gelo e mexa. Complete com ginger e decore com uma rodela de limão e um maço de hortelã. Simples assim!
Clientes que encomendarem duas garrafinhas de Moscow Mule no bar ganharão uma caneca.
Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.