Ganhe mais! Aprenda a cuidar do seu dinheiro com Papai Financeiro
Especialista em educação financeira, Thiago Godoy te ensina a sair do vermelho e investir seu dinheiro de maneira estratégica e segura
atualizado
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Investimento. Uma palavra que desperta interesse em muitas pessoas, mas parece bem distante para a maioria. Ao contrário do senso comum, no entanto, ter o domínio de conceitos complexos não é necessário para começar a investir. Quem atesta é o head de educação financeira da XP Inc, Thiago Godoy, conhecido nas redes sociais como Papai Financeiro.
Em suas abordagens e conteúdos, o expert faz questão de reforçar que o segredo para lidar bem com as finanças é simplificar a vida financeira para ter mais clareza e organização. Anotar os gastos em um local visível para fazer o controle, separar o que é importante do que é supérfluo e o que é necessário do que é apenas desejo é a melhor forma de entender suas finanças e saber como melhorá-las.
“Na verdade, o mais importante na nossa parte financeira é começar a organizar, como fazemos com um armário bagunçado. Tem muita coisa ali dentro que muitas vezes não precisamos. É necessário olhar e entender o que está acontecendo, desde o mais simples, como a renda líquida disponível para o mês, até os gastos fixos e custos variáveis”, explica Thiago em entrevista à coluna.
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Na opinião do especialista, a aplicação de capital é algo que todos deveriam fazer para evitar imprevistos futuros. Uma dica do Papai Financeiro é realizar uma reserva de emergência ou colchão de segurança, no qual o indivíduo destina uma parte da renda mensal para investimentos seguros com liquidez, ou seja, com facilidade de sacar imediatamente.
“O que infelizmente acontece na maioria das vezes é que a pessoa não se prepara para imprevistos (perda de emprego, diminuição da renda, problema de saúde na família etc) e precisa fazer empréstimos. Quando pega esse dinheiro emprestado, fica devendo uma instituição financeira e, muitas vezes, a pessoa não paga, ficando enrolada em dívidas em um ciclo prejudicial”, alerta o educador financeiro.
Precisa de muito para começar a investir?
A resposta é não! Comece a poupar um pouco da renda todos os meses, de forma que consiga formar uma reserva para eventualidades que possam cobrir pelo menos seis meses do seu custo de vida. “Depois desse feito, comece a investir nos sonhos de curto, médio e longo prazo”, orienta Thiago.
“A primeira coisa é aplicar no conhecimento. Não precisa saber tudo sobre o ramo para iniciar, mas comece a ler sobre o assunto: há muito conteúdo disponível. Olhe para isso com mais carinho”, aconselha.
Thiago ainda recomenda: “Separe uma parte da renda, pode ser R$ 100, por exemplo. Invista em uma reserva de emergência, como o Tesouro Selic, CDB [Certificado de Depósito Bancário] e liquidez diária. Esses fundos são simples, seguros e com facilidade para retirar o capital”, acrescenta.
Godoy cita como exemplo um trabalhador que investe R$ 15 mil por mês em taxa Selic — que está com 13,75% de juros ao ano — durante 20 anos. “Do bolso da pessoa, está saindo R$ 3 milhões de juros compostos e mais de R$ 13 milhões de ganhos com investimentos. No prazo de 240 meses, a pessoa acumula quase R$ 17 milhões. Essa é a mágica dos investimentos: 80 a 90% são juros compostos no tempo”, elucida.
Gastar tudo o que se ganha acaba caindo na armadilha do padrão de vida, ou seja, o cidadão cresce profissionalmente, recebe mais, porém aumenta os gastos na mesma proporção. Como consequência, nunca consegue ter uma reserva financeira. “Esse indivíduo viverá no ciclo trabalhar, ganhar e gastar. Isso é muito ruim. Pior do que isso é consumir mais do que se ganha e viver endividado, pois acaba com a saúde mental e mina a autoestima”, avalia Thiago.
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Como investir?
Bem-sucedido na carreira, o Papai Financeiro compartilha diariamente com 155 mil seguidores no Instagram truques para ter uma melhor performance na vida financeira.
Primeiro, o expert conta que nunca investe o capital no mesmo lugar que a conta corrente. Para isso, ele criou uma conta em um banco e possui uma corretora de investimentos. “Entra a minha renda, separo a parte de investir para não ter essa questão de ficar mexendo nas aplicações e uso a conta corrente para pagar os boletos e as despesas do dia a dia”, esclarece.
Outro ponto é estabelecer prazos diferentes para as aplicações. “É ter investimentos para curto (até 2 anos), médio (5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos)”, afirma Godoy.
Dicas para evitar a “surpresa” de um cartão estourado após viagens
Assim como qualquer pessoa, o profissional já viveu a experiência nada agradável de ter o cartão de crédito estourado após as férias. Dessa forma, para ter mais controle das despesas, ele recomenda gastar somente uma parte no cartão de crédito e ter um orçamento diário em dinheiro. Seja para viajar pelo Brasil, seja para visitar o exterior, faça uma conta básica para o destino escolhido, incluindo gastos com alimentação e passeios.
“Isso é bacana! No final, sempre sobra algum dinheiro, porque você foi segurando e fecha a viagem com chave de ouro. Vai para um lugar mais caro que não foi no começo, compra um presente ou guarda e investe em algo”, incentiva.
A importância do lado emocional
Para o expert, a inteligência emocional é o que vai garantir uma vida financeira saudável, pois quando tomamos conhecimento, entendemos que muitas decisões são tomadas no calor das emoções, boas ou ruins.
“O primeiro passo de tudo é ter autoconhecimento, olhar para o que a gente quer ser e deseja construir na nossa vida. Isso te trará autoresponsabilidade e, consequentemente, autocontrole, qualidades essenciais para tomar decisões sábias e não cair em tentações de consumo”, conclui o expert em educação financeira.
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