Pelas estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 700 mil micro e pequenas empresas foram afetadas pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul em maio. Pensando em como ajudar as empreendedoras a se reerguer após as enchentes e prestar acolhimento a elas, houve a edição extraordinária do Fórum Mulher Empreendedora Gaúcha (FMEG) na tarde da última quarta-feira (26/5). Realizado no hotel Royal Tulip, em Brasília, o evento reuniu lideranças femininas presencial e remotamente.

Entre as autoridades presentes, estava a secretária da Mulher do Distrito Federal, Giselle Ferreira, representando a vice-governadora do DF, Celina Leão. Presidente do fórum e idealizadora do evento, Tânia Cruz Costa esclareceu que essa foi a primeira ação de várias iniciativas que acontecerão até o mês de novembro. O Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) atuou como correalizador da edição extraordinária.

De acordo com Tânia, Brasília não foi escolhida por acaso para o pontapé inicial da iniciativa em prol das empreendedoras gaúchas. “Achamos que faria muito sentido iniciar a campanha na capital do Brasil. Trouxemos o lançamento para sensibilizar e para abraçarem a causa. Começamos aqui um trabalho, uma jornada”, explicou à coluna Claudia Meireles. Ela contou que o evento de encerramento ocorrerá na cidade gaúcha de Gramado, em 19 de novembro, por ser o Dia Estadual do Empreendedorismo Feminino no RS.

Segundo a presidente do FMEG, o que as empreendedoras gaúchas mais precisam é de assistência no atual momento. “Fundamental acolhermos agora e vermos as necessidades delas, tanto materiais quanto emocionais. Vamos capacitá-las por meio de nossos parceiros. Iremos de ponta a ponta, desde ajudá-las na forma de capacitação e qualificação, e também de recurso e acolhimento”, ressaltou. Tânia frisou que esse direcionamento visa “fortalecer as mulheres para que continuem empreendendo”.

“Elas precisam continuar a vida. Muitas delas são as que mantêm suas famílias. Muito importante podermos abraçá-las”, pontuou a idealizadora do evento. A partir da edição extraordinária do fórum, houve o início das arrecadações de recursos, que serão destinados a programas voltados ao empreendedorismo feminino no Rio Grande do Sul. “Queremos fortalecer, fomentar e trazer esse olhar de sensibilização para essas mulheres. Realmente é o momento que elas mais precisam, e não só agora, vai ser longa a jornada”, apontou Tânia.

Não foi só Tânia que enfatizou a palavra “abraço”. A secretária da Mulher do DF também usou o termo para destacar a importância do fórum ser na capital federal. “Brasília é a capital-mãe e de todos. Todos estão sendo abraçados aqui e nada melhor que abraçar os nossos irmãos do Rio Grande do Sul”, salientou. Na avaliação de Giselle Ferreira, o fórum é uma representação da união e resiliência feminina. “O mundo necessita de mais solidariedade, e isso passa pelas mãos das mulheres”, acrescentou.

Jornalista, apresentadora e empreendedora, Vivi Costa comentou ter ficado honrada ao ser chamada para fazer a abertura da edição extraordinária. “A possibilidade de estar em um evento em que poderemos aprender mais e, com isso, ajudar mulheres em situação de dificuldade com essa catástrofe no Sul chega a encher os olhos. Vim realmente para me doar e dar um pouquinho do que sei e tenho de experiência”, argumentou em conversa com a coluna.

A edição extraordinária do Fórum Mulher Empreendedora Gaúcha integrou palestras e painéis relacionados aos temas saúde mental, iniciativas governamentais, empreendedorismo social e sustentável. Na ocasião, houve a apresentação de cases de histórias inspiradoras. Quem não marcou presença in loco pôde assistir ao evento on-line. As participantes descreveram a ocasião como “tarde de inspiração”, “mulheres fortes” e “união de forças”.

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