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Fonte de colágeno! Conheça erva com propriedades antienvelhecimento

Um estudo mostrou que uma erva, considerada daninha, ajuda a pele a produzir colágeno. A planta contém substâncias anti-inflamatórias

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Dimitri Otis/Getty Images
Foto colorida de mulher branca, de olhos azuis, e pele jovem. Ela segura na altura do olho uma fotografia de uma pele na região dos olhos com rugas e linhas de expressão - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher branca, de olhos azuis, e pele jovem. Ela segura na altura do olho uma fotografia de uma pele na região dos olhos com rugas e linhas de expressão - Metrópoles - Foto: Dimitri Otis/Getty Images

Já que ainda não encontraram a fonte da juventude, a Coluna Claudia Meireles está de olhos e ouvidos bem abertos sobre as novidades que podem beneficiar a saúde da pele. Um estudo feito pela Universidade de Myongji, na Coreia do Sul, mostrou que uma erva, considerada daninha, tem fontes antioxidantes e anti-inflamatórias, capazes de proteger a cútis.

A pesquisa trouxe à tona que o fruto da planta cocklebur oferece um leque de vantagens para a pele. A erva em questão também influencia a produção de colágeno, proteína responsável por dar elasticidade à cútis e prevenir rugas. Durante a investigação, os cientistas notaram que os compostos reduziram os danos causados pela exposição à radiação ultravioleta.

Origem cocklebur

Conforme apuração do portal Healthline, o cocklebur é uma planta nativa da China, Ásia Central e do sul da Europa. No entanto, se espalhou pelo mundo e é “frequentemente” encontrada em áreas úmidas ou arenosas, a exemplo das margens de rios. Não é a primeira vez que a erva daninha se tornou objeto de estudo.

Foto colorida da planta cocklebur - Metrópoles
A planta cocklebur

Cientistas pesquisaram se o cocklebur poderia ser útil no tratamento de câncer e artrite reumatóide. “O fruto característico é coberto por cascas duras e carrapichos”, publicou o site voltado à saúde e ao bem-estar. Segundo o Healthline, a erva daninha é utilizada “há séculos” em medicações para dor de cabeça, nariz entupido, distúrbios de pigmentação da pele e doenças relacionadas à tuberculose.

Descobertas

Apresentado no último encontro da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular, realizado em março em Seattle, nos Estados Unidos, o estudo demonstrou, ainda, que a planta acelerou a cicatrização nos testes feitos com células e tecidos. Site focado em assuntos de saúde e bem-estar, o Healthline noticiou que, até então, a pesquisa não estampou revistas científicas.

“Descobrimos que o fruto do cocklebur tem o potencial de proteger a pele e aumentar a produção de colágeno”, comentou Eunsu Song, candidato a doutorado, em um comunicado. O cientista participou da investigação com o professor universitário Jinah Hwang. Na avaliação do pesquisador, a planta pode ser usada na indústria cosmética.

O fruto do cocklebur dispõe de propriedades benéficas para a saúde da pele, segundo cientistas

“Nesse sentido, pode ser um ingrediente atraente para cremes ou outras formas cosméticas. Ele provavelmente mostrará um efeito sinérgico se for misturado com outros compostos eficazes, como o ácido hialurônico ou o ácido retinóico, contra o envelhecimento”, frisou Song.

Embora tenham conferido as vantagens do cocklebur, os pesquisadores sugerem fazer mais estudos sobre a erva daninha. Até porque, quando em concentrações elevadas, a composição dela dispõe de uma substância danosa ao organismo. “Em seus carrapichos, o fruto cocklebur também possui um constituinte tóxico, o carboxiatractilosídeo, que pode danificar o fígado”, enfatizou Eunsu Song.

Realização do estudo

Para chegarem aos resultados, os cientistas examinaram as propriedades moleculares do fruto do cocklebur. Em seguida, isolaram os compostos com potencial de contribuir com a cútis por terem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. O próximo passo dos pesquisadores foi usar “culturas de células e um modelo de tecido 3D semelhante à pele humana”.

Mulher aplicando produto em seu rosto
Para os pesquisadores, os extratos da erva podem ser usados na indústria cosmética. Entretanto, é necessário fazer mais estudos sobre a fonte de colágeno

Após os testes, os estudiosos descobriram que os extratos do fruto da erva daninha estimularam a produção de colágeno e ofereceram proteção contra os raios UVB. Um dos pontos do artigo do Healthline aborda sobre as plantas cultivadas na Coreia do Sul terem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias mais altas e maior atividade de cicatrização de feridas do que as da China, conforme comprovado em laboratório.

Os cientistas da Universidade de Myongji tocam na tecla a respeito de pesquisarem mais profundamente os benefícios obtidos por meio do cocklebur. “Encontrar a concentração adequada parece muito mais importante e seria a chave para a comercialização de extratos frutos de cocklebur em cosméticos”, orientou Song em comunicado. 

Mulher olha o rosto. Ela está com as mãos na face
Oferecer proteção contra a radiação UVB é outra vantagem de usar os extratos do fruto do cocklebur em fórmulas de beleza

Outros vieses 

A Healthline procurou outros pontos de vista. Em conversa com o portal, especialistas médicos relataram existir potentes benefícios da erva daninha, mas com um adendo: há a mesma propriedade de dano se não for manuseada corretamente. “As sementes dessa planta contêm carboxiatractilosídeo, que pode ser tóxico”, atestou o dermatologista Noor Said

“Isso pode levar a um gosto desagradável, dor abdominal, náusea, convulsões, vômitos e, nos piores casos, problemas hepáticos. Novos testes e estudos devem ser feitos”, considerou Said.

A química cosmética Ginger King explicou que a planta “é altamente venenosa”. “As pessoas devem evitar contato com as membranas mucosas como a área dos olhos ou lábios”, instruiu. 

Mulher - pele - envelhecimento
A erva daninha tem compostos com propriedades antienvelhecimento cutâneo

A médica toxicologista Kelly Johnson-Arbor defende que as propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes do cocklebur são “intrigantes”. Ela lembra a respeito de como as pessoas manuseiam a erva daninha a fim de reduzir a toxicidade: “Por meio de um processo de cozimento especial”. De acordo com a expert, crianças tiveram problemas no fígado por consumirem “apenas 10 sementes” e há casos de morte após a ingestão. 

“Cocklebur é venenoso quando consumido por porcos, vacas e outros animais. Os seres humanos também podem ser envenenados depois de comer as sementes contidas no fruto da planta. Devido ao potencial venenoso, só devem usá-la sob a supervisão de um médico”, atestou a toxicologista.

Assim como os outros experts entrevistados, ela impulsiona ter maiores pesquisas dedicadas à investigação da erva daninha.

Mulher - skincare - pele
Em um futuro breve, o cocklebur pode ser o novo queridinho das fórmulas de skincare

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