A vida moderna trouxe uma série de conveniências e tecnologias que tornaram a vida mais confortável, mas também pode ter implicações sérias para a saúde. Uma das preocupações crescentes é o tempo que se passa sentado. Uma pesquisa recente revelou uma ligação preocupante entre o hábito de ficar sentado por longo período e o aumento do risco de demência.
A pesquisa foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), que descobriu que ser sedentário por 10 horas ou mais por dia estava “significativamente associado” à demência, termo que refere a perda do funcionamento cognitivo. Os sintomas principais incluem perda de memória, confusão e dificuldade de expressar pensamentos.
Em conversa com o site Health, o professor de neurologia e diretor do Centro de Distúrbios Neurocognitivos da UTHealth Houston, Paul E. Schulz, afirma que este estudo é o maior a apresentar que um estilo de vida sedentário é fator de risco para demência.
8 imagens
1 de 8
Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor
Mike Harrington/ Getty Images
2 de 8
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
Hinterhaus Productions/ Getty Images
3 de 8
De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
Catherine Falls Commercial/ Getty Images
4 de 8
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos
Nisian Hughes/ Getty Images
5 de 8
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono
skaman306/ Getty Images
6 de 8
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
Tom Werner/ Getty Images
7 de 8
A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida
Thomas Barwick/ Getty Images
8 de 8
Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor
Justin Paget/ Getty Images
Os estudos também trazem que ficar sentado por longos períodos pode contribuir para o desenvolvimento de câncer, dores nas costas e vários outros problemas de saúde. O professor Schulz explica que a pesquisa englobou um longo período de acompanhamento, o que demonstra a importância dos resultados.
“Em vez de confiar em sentimentos subjetivos sobre o exercício, eles usaram detectores objetivos de pulso. E houve cinco a oito anos de acompanhamento, o que, na faixa etária acima de 60 anos, é normalmente suficiente para detectar diferenças no risco de demência entre os grupos”, salientou o profissional.