Experts revelam chá que controla o estresse e é anti-inflamatório
O chá feito a partir da erva de São João tem benefícios comprovados para a saúde mental e impulsiona o bem-estar do organismo
atualizado
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Usada há séculos e consumida principalmente em forma de chá, a erva de São João (Hypericum perforatum) é conhecida por ser rica em nutrientes. Somado a isso, a planta também tem propriedades medicinais que podem ajudar a aliviar os sintomas de depressão e de outras doenças, principalmente os distúrbios mentais e emocionais.
Benefícios do chá da erva de São João
De acordo com uma revisão de 27 estudos publicada em 2017, a herbácea teve efeitos semelhantes aos dos antidepressivos na depressão leve a moderada.
“Os componentes ativos da erva de São João que mais contribuem para seus efeitos terapêuticos são a hipericina e a hiperforina. A hipericina está associada aos efeitos antidepressivos da planta, enquanto a hiperforina tem um papel importante na modulação dos neurotransmissores no cérebro, contribuindo para o bem-estar mental”, explica o nutricionista Roberto Amaral.
Os antioxidantes presentes no chá também têm propriedades que podem impulsionar a saúde geral e auxiliar na prevenção de doenças crônicas. “A erva de São João conta com propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo no cérebro, o que pode contribuir para seus efeitos antidepressivos”, adiciona o médico pós-graduado em psiquiatria, Vital Fernandes Araújo.
Além de ser usada no tratamento da depressão, Araújo afirma que a planta também pode aliviar os sintomas da ansiedade, do transtorno disfórico pré-menstrual e também pode melhorar a qualidade do sono.
Como consumir a erva de São João
O nutricionista Roberto Amaral ensina que, além de ser usada como chá, a planta pode ser encontrada em forma cápsulas ou extratos.
“O consumo regular, sob orientação de um profissional de saúde, ajuda a melhorar o humor, a reduzir o estresse e a aumentar os níveis de energia. Além disso, suas propriedades antimicrobianas podem fortalecer o sistema imunológico”, ressalta.
Vital Fernandes Araújo destaca que são necessárias mais pesquisas para compreender como a planta age no organismo. Ele ressalta, ainda, que ela não substitui o uso de remédios controlados. “É importante lembrar que, embora a erva de São João possa ser benéfica para esses distúrbios, ela não substitui o tratamento médico convencional”, pondera.
Apesar de ser um tratamento natural, é crucial procurar um médico antes de ingerir a substância, principalmente porque ela pode causar efeitos colaterais em algumas pessoas e ter interações ruins com alguns medicamentos.
Segundo um estudo publicado na revista Clinical and Experimental Pharmacology and Physiology, a planta pode causar vômitos, tontura, ansiedade, ataques de pânico, agressividade e amnésia.
“A erva de São João pode causar efeitos colaterais, como dores de cabeça, problemas gastrointestinais, sensibilidade ao sol, boca seca e tontura. Se você apresentar qualquer efeito adverso, suspenda o uso e procure um médico”, indica Vital.
Para evitar os problemas relacionados à ingestão da planta, procure especialistas antes de iniciar o tratamento e sempre siga o que for recomendado. Os cuidados devem ser ainda maiores para aqueles que fazem uso de substâncias – como anticoncepcionais, antidepressivos, anticoagulantes e medicamentos para doenças cardíacas –, grávidas e lactantes.
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