Experts contam quanto tempo de caminhada é o ideal para manter a saúde
As caminhadas ao ar livre pode ser uma boa saída para quem está iniciando nas atividades física. Mas qual é o tempo ideal? Descubra
atualizado
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Para quem está pensando em adotar novos hábitos para melhorar a saúde, uma dúvida comum é sobre quais atividades são mais adequados para iniciantes. Entre as opções de exercícios simples, caminhadas ao ar livre podem ser uma boa saída. Mas qual é o tempo ideal para obter benefícios, sem risco de lesões? A coluna conversou com dois educadores físicos para esclarecer essa questão.
Para o mestre em educação física pela Universidade de Brasília (UnB) Daniel McManus Pimentel, caminhar é uma atividade fundamental para a manutenção da saúde, independentemente de idade, gênero, etnia ou nível de aptidão física.
“Pesquisas científicas apontam para uma redução significativa de risco de mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares, perfil lipídico, melhora da função da circulação sanguínea, controle glicêmico e inclusive da saúde mental em casos de sintomas depressivos e ansiedade. Para idosos, a prática ainda se faz a importante para a manutenção da autonomia”, explica.
Apesar de ser acessível, o educador físico Lucas Alves adverte sobre cuidados necessários para pessoas que sofrem com o sedentarismo e, por vezes, têm pressa por resultados estéticos. “Caminhar por muitas horas logo no primeiro dia pode ser disfuncional. Provavelmente, a pessoa sentirá muito mais dor e não vai caminhar no dia seguinte ou durante o resto da semana”, ressalta.
Cronograma personalizado
Pensando no compromisso com a saúde e bem-estar, Lucas pede que haja maior atenção aos exageros e indica que seja feito um cronograma individualizado para garantir bons resultados. “É importante entender, também, quais são os limites de cada um. Até as pessoas mais saudáveis poderão sentir uma dorzinha no tornozelo ou no joelho no dia seguinte. Essa condição é normal e isso se deve ao esforço”, comenta.
De acordo Daniel McManus, as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) são um ótimo ponto de partida para evitar dúvidas.
“Quando se trata de uma atividade física moderada como a caminhada, a recomendação é de 150 a 300 minutos de exercício, por semana, divididos de acordo com a preferência do praticante. Outros estudos epidemiológicos apontam para benefícios progressivos até a marca de 10 mil passos por dia”, revela.
No entanto, ele ressalta que não é preciso atingir essas marcas para observar melhorias significativas no corpo.
“Quantidades bem menores já são efetivas e qualquer pessoa pode se beneficiar, ainda que de pequenos aumentos de atividade física. Para evitar qualquer tipo de desconforto, o ideal é que as atividades sejam feitas de maneira progressiva e em conjunto com o fortalecimento muscular para um processo mais seguro”, alerta.
Caminhar é suficiente para garantir a perda de peso?
Ambos os profissionais concordam que não há receita milagrosa para a perda de peso, seja qual for a modalidade de exercício físico realizado.
“As pessoas precisam entender que a perda de tecido adiposo é um processo complexo e em que o fator determinante é o balanço energético geral”, ressalta Daniel Mcmanus.
Lucas Alves complementa que os exercícios devem ser combinados com uma alimentação balanceada para atingir os objetivos de emagrecimento. “Os praticantes precisam manter o que chamamos de déficit calórico, que é ingerir menos calorias do que é gasto”, finaliza.
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