Os ossos são responsáveis por garantir a sustentação do corpo e a movimentação em conjunto com os músculos. Não são apenas o cérebro, coração, fígado, entre outros órgãos, que podem ser afetados pela ingestão de determinados alimentos, o esqueleto também fica prejudicado com o consumo de algumas comidas.

A coluna Claudia Meireles conversou com as nutricionistas Priscilla Dias, do Pará; e Letícia Gasparetto, de Brasília, para saber quais itens alimentícios contribuem para o enfraquecimento dos ossos. As duas especialistas concordaram ao cravar o refrigerante como o alimento mais danoso para a saúde óssea.

De acordo com Letícia, as bebidas gaseificadas, especialmente as do tipo “cola”, trazem na composição ácido fosfórico, substância que tende a interferir na absorção do cálcio e levar à perda óssea. “Muitos refrigerantes substituem opções mais nutritivas, como leite e suco fortificado”, garante.

Priscilla acrescentou que tanto o ácido fosfórico quanto o açúcar adicionado presentes em refrigerantes podem aumentar a excreção de cálcio pela urina, o que compromete a saúde óssea.

Ainda conforme avaliação da nutricionista, o próximo alimento da lista são os ricos em sal, ou seja, sódio.

“O consumo excessivo de sal pode aumentar a excreção de cálcio pelos rins, reduzindo a disponibilidade desse mineral essencial para a estrutura óssea”, pontua Priscilla Dias.

Para Letícia Gasparetto, os alimentos com alta quantidade de açúcar são os próximos vilões da listagem: “Uma dieta rica em açúcar tende a influenciar na absorção de cálcio e magnésio, minerais fundamentais para os ossos”. Ela destaca que essas opções também costumam ser “pobres em nutrientes”.

Nutricionista que atende no Pará, Priscilla aborda que a cafeína, presente no café, chá preto e energéticos afetam a absorção de cálcio: “Pode interferir, especialmente se consumida em quantidades elevadas”.

No rol montado por Letícia, surgem, na terceira posição, as carnes processadas.

“Produtos como salsichas, bacon e presunto não são apenas fontes de alta quantidade de sal, mas também contém conservantes e aditivos que afetam negativamente a saúde óssea”, sustenta Letícia Gasparetto.

O álcool encerra a listagem de ambas as nutricionistas. “O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode interferir no metabolismo do cálcio e na produção de vitamina D, essencial para a absorção adequada de cálcio”, explica Priscilla. Já Letícia esclarece que a alta ingestão também prejudica as células que “constroem os ossos”.

“O álcool em excesso também tende a levar a um estilo de vida pouco saudável, o que inclui má nutrição e menor atividade física, fatores que favorecem a perda de massa óssea”, frisa a nutricionista de Brasília. Priscilla Dias recomenda “moderar o consumo desses alimentos” a fim de evitar a desmineralização óssea e “promover a saúde ideal”.

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