Experts avaliam se medicamento para a sobrancelha crescer é eficiente
A dermatologista Darleny Costa Daher e a designer de sobrancelhas Maristella Amorim opinam sobre um produto “milagroso”
atualizado
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O universo da beleza vive em constante mudança. As sobrancelhas, por exemplo, são uma peça-chave quando o assunto é deixar o rosto mais harmônico. Elas já passaram por diferentes tendências, sendo a mais atual a natural, com fios penteados para cima ou até mesmo despenteados, conforme opina Maristella Amorim, maquiadora e designer de sobrancelhas.
“Alguns clientes até preferem não cortar, deixando para trás aquela sobrancelha quadrada e muito certinha. A parte boa é que as naturais não precisam ser feitas com tanta frequência. Vale lembrar que fazer a limpeza todo mês faz toda a diferença”, diz Maristella, nome por trás da marca de acessórios Stella Brasília.
Fios preenchidos e volumosos são a moda da vez, isso nós já entendemos. Porém, e quando ocorrem falhas? Tudo bem que a maquiagem é uma grande aliada nessas horas, mas será que existem outros milagres da beleza para auxiliar?
De acordo com a profissional, há várias maneiras de resolver o problema. Ela conta que o primeiro passo, como designer, é limpar o mínimo possível das sobrancelhas para observar, durante aproximadamente dois meses, o quanto elas vão crescer. “Em muitos casos, elas não crescem. Então eu indico produtos para estimular o crescimento, como a bimatoprosta, um colírio, de nomes comerciais Lumigan e Latisse, utilizado para glaucoma. Mas ele também é usado para crescimento dos cílios ou sobrancelhas”, revela Maristella.
A designer indica o fármaco aos que desejam engrossar os fios ou aos que possuem as sobrancelhas com muitas falhas. Ela própria já usou o produto e notou resultados rápidos. Para Maristella, os efeitos desejados ficam evidentes em aproximadamente três meses. A bimatoprosta pode ser aplicada com o auxílio do cotonete.
Alternativas
Segundo a especialista em beleza, existem outras alternativas ao colírio em questão, inclusive o hábito de higienizar e retirar bem os produtos de maquiagem, como sombra e gel de sobrancelhas, para deixar os poros mais livres para o crescimento. “Eu também incentivo muito o uso da escovinha. Sempre falo para as pessoas deixarem uma na bolsa”, afirma.
Ademais, você já deve ter ouvido falar que o óleo de rícino ou de mamona (ou até o azeite) são grandes auxiliadores para o crescimento dos pelos na região. Contudo, a expert diz que nunca usou e nem viu resultados bem sucedidos. “Gosto de indicar o que já usei e que me deu resultado”, conta.
De acordo com a profissional, algumas pessoas costumam recorrer a outro produto, o Minoxidil. Esse fármaco é capaz de reduzir a pressão arterial por promover vasodilatação potente e de longa duração. Ele é indicado para o tratamento e prevenção da queda de cabelo androgênica, já que aumenta o calibre dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação sanguínea no local, e prolonga a fase anágena (nascimento e crescimento do cabelo).
Esse último medicamento citado por Maristella também é proposto pela dermatologista Darleny Costa Daher, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ela informa que os médicos da área o prescrevem com frequência, pois ele apresenta boas respostas. Entretanto, a indicação é feita somente após um diagnóstico correto. Por isso, ela enfatiza que a primeira etapa é procurar um dermatologista para avaliar a causa da queda dos pelos das sobrancelhas.
“Algumas situações graves podem estar relacionadas às falhas, como queda dos cabelos cicatriciais, ou seja, que não vão se recuperar mais”
Darleny Costa Daher
Já a bimatoprosta não costuma ser a primeira opção dos médicos da área, conforme explica Darleny. “Por não ser a medicação referência e pelo seu custo mais elevado também”, justifica a médica.
Cuidado!
Embora alguns indivíduos utilizem a bimatoprosta na região dos cílios, Darleny Costa Daher adverte que o fármaco pode causar pigmentação da pálpebra e da íris caso caia dentro dos olhos. O produto, ainda, pode reduzir a pressão intraocular. Maristella Amorim pensa da mesma forma. “O colírio não deve ser usado por pessoas com olhos claros, pois pode mudar a cor”, finaliza a designer.
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