Expert lista quais alimentos causam e quais melhoram a constipação
A nutricionista Ingrid Albuquerque ensina a identificar os sinais da constipação, bem como o que inserir e o que eliminar da dieta
atualizado
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Também conhecida como prisão de ventre, a constipação intestinal é caracterizada pela dificuldade de evacuação. Como consequência, a condição pode resultar em fezes duras e ressecadas, causando desconforto, dor abdominal e sensação de evacuação incompleta.
Em conversa com a coluna, a nutricionista Ingrid Albuquerque esclarece que o ideal é ir ao banheiro todos os dias, preferencialmente, no mesmo horário (aquele famoso “reloginho”).
No entanto, “existem pessoas que tem um intestino mais longo que o normal e, devido a essa condição, demoram um pouco mais para evacuar, sendo propícias a terem constipação”, afirma.
A frequência baixa de evacuação passa a ser um problema quando causa desconforto ou interfere na qualidade de vida da pessoas, especialmente se acompanhada de sintomas como esforço excessivo para evacuar, fezes duras e sensação de evacuação incompleta. “Na minha prática clínica, quando o paciente demora mais que um dia sim/um dia não, eu já considero constipado”, pontua.
Constipação crônica
Segundo a especialista, a constipação crônica é caracterizada pela persistência dos sintomas de constipação ao longo do tempo. “Geralmente é definida pelo número de evacuações da semana, sendo menos de três vezes, durante um período prolongado, e podendo se estender em vários meses ou até anos”, diz.
As causas dessa condição são diversas, mas incluem, principalmente, dieta pobre em fibras, falta de exercício, efeitos colaterais de medicamentos, problemas médicos subjacentes ou estilo de vida sedentário, conforme a profissional lista.
“Se não tratada corretamente, a constipação crônica pode causar problemas como hemorroidas, impactação fecal, fissuras anais, prolapso retal e incontinência fecal (hemorroida e fissuras são os mais comuns). Além disso, a constipação é algo que afeta até a autoestima, pois diminuiu os níveis de serotonina produzida no intestino, contribuindo para o mal estar geral do indivíduo”, alerta ela.
Alimentos aliados e “vilões”
Visto que a rotina alimentar é um dos possíveis fatores que influenciam na constipação, é importante estar atento a tudo o que se consome para evitar problemas relacionados a esse efeito.
De acordo com a nutricionista, carnes processadas, carnes vermelhas, alimentos ultraprocessados ou açucarados, além de massas e laticínios, pioram o quadro.
Por outro lado, ingredientes como mamão, abacaxi, aveia, chia, psyllium, folhagens e muita água ajudam a melhorar a condição, segundo a nutricionista. “É importante incluir em todas as refeições do dia pelo menos um desses alimentos. A mastigação é um processo muito importante para auxiliar também”, lembra.
Ingrid comenta que a maioria dos casos de constipação intestinal se resolve só com a alimentação. Entretanto, aos que ainda não encontram solução, ela costuma indicar massagens feitas por especialistas que ajudam nos movimentos peristálticos do intestino.
Outra alternativa é a ingestão de chás com efeito laxante, a exemplo do fucus e do sene. “Mas eles não são indicados por muito tempo. É uma medida pontual e emergencial. Apesar de serem plantas, eles causam o efeito laxativo pois irritam a mucosa intestinal. Por isso, não é indicado o uso contínuo”, adverte.
A nutricionista ainda menciona alguns hábitos do dia a dia que podem melhorar a constipação. São eles:
- Caminhar: ajuda a estimular os movimentos peristálticos;
- Fazer refeições, dormir e acordar sempre no mesmo horário: favorece o relógio biológico e o corpo começa a entender que tem horário pra tudo — até para ir ao banheiro;
- Controlar o estresse: o intestino sofre muita influência das emoções, podendo constipar ou soltar de vez.
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