Expert fala da importância de adaptar a alimentação ao longo da vida
A nutricionista Priscila Gontijo explica as razões para adaptar a alimentação e atender as demandas nutricionais que variam entre a idade
atualizado
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Adaptar a alimentação ao longo da vida é fundamental para atender as demandas nutricionais, que variam significativamente com a idade. De acordo com a nutricionista Priscila Gontijo, esse ajuste é importante para a construção e manutenção da saúde.
“Na infância, o corpo precisa desenvolver órgãos e tecidos para suportar o crescimento até a idade adulta. Quando somos adultos, o metabolismo demanda por aperfeiçoamento. Para as mulheres, por sua vez, o ciclo reprodutivo requer especificidades”, explica.
Ela acrescenta: “Na maturidade, a demanda é maior para regenerar e fortalecer os tecidos que estão mais frágeis pela perda fisiológica de componentes celulares e órgão mais propenso a doenças degenerativas e inflamatórias.”
A mestre em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) pontua que a base da alimentação saudável é ter a distribuição adequada dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) para suprir a demanda energética de cada indivíduo. Porém, alguns podem se destacar em determinados momentos da vida.
Abaixo, Priscila listou necessidades alimentares de acordo com cada fase da vida:
Infância
Durante a infância e a adolescência, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento rápido e o desenvolvimento.
“É um público com maior resistência ao consumo de frutas, hortaliças, verduras e legumes, necessitando de maior oferta de micronutrientes, como as vitaminas, os minerais e o ômega 3”, afirma Gontijo, que é nutricionista na Puravida.
Adolescência
De acordo com a especialista, esse grupo é mais seletivo para se alimentar e tem uma grande demanda energética pelo estirão de crescimento característico dessa fase. “Pode ser necessário adequar o aporte de alimentos proteicos, vitamina e minerais, principalmente cálcio e ferro”, diz.
Adultos
É a etapa da manutenção da saúde e início do declínio da eficiência metabólica. “Neste momento, começamos a deixar de produzir colágeno e coenzima q10 na mesma intensidade que perdemos, por exemplo. Pode ser necessário adequar a alimentação com fontes de colágeno, vitamina C, antioxidantes, ômega 3 e coenzima Q10”, pontua.
Priscila acrescenta que mulheres em fase reprodutiva devem evitar excessos de gorduras, açúcares e álcool e incluir ferro e ômega 6 na dieta.
Idosos
Com a queda do trabalho metabólico acentuado, os idosos perdem massa magra e têm mais facilidade em contrair doenças inflamatórias, explica a expert. “É necessário ajustar o aporte proteico, incluindo diferentes tipos de colágenos, cálcio, ferro e ômega 3, além de evitar excessos de gorduras, açúcares e álcool”, expressa.
Priscila Gontijo alerta que a falta de ajustes na alimentação ao longo da vida podem causar uma piora na qualidade de vida, atrasos no crescimento, dificuldade de aprendizagem e memória, e maior propensão ao desenvolvimento de doenças.
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