Expert cita quais alimentos comer e quais evitar para prevenir câncer
O oncologista Andre Goy elegeu alguns alimentos como benéficos para ajudar a prevenir o risco de câncer. Outras opções são prejudiciais
atualizado
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De acordo com o oncologista Andre Goy, a prevenção de algumas doenças tem início em um cômodo da casa, ou seja, na cozinha. Apaixonado por culinária, o professor de medicina na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, destacou que a maioria das pessoas tem “dependência da conveniência” e o resultado disso é uma dieta pobre em nutrientes, o que provoca o aumento do número de diagnósticos de câncer.
Em entrevista à emissora estadunidense Fox News, o médico sustentou a tese de que mais da metade de todos os diagnósticos de câncer poderiam ser evitados com mudanças positivas no estilo de vida. Ele aconselhou parar de fumar e não ingerir bebidas alcoólicas. Na lista de orientações de Goy constam ainda praticar atividade física frequentemente e adotar uma dieta baseada em vegetais.
Comer fora de casa
O fato das pessoas não comerem em casa é um dos problemas levantados pelo oncologista. Nos Estados Unidos, uma pesquisa de opinião feita pela empresa Gallup demonstrou um índice alarmante. Semanalmente, os norte-americanos fazem apenas a média de 8,2 refeições em domicílio. Segundo o oncologista, números como esse tendem a contribuir para o aumento do câncer em jovens adultos.
“O maior problema na dieta americana é a dependência da conveniência em vez da comida caseira”, assegurou Goy. Ele acrescentou: “Como resultado, comemos muito alimentos processados”. Conforme mencionou o especialista, consumir tais opções com alto teor calórico e baixo valor nutricional pode aumentar o risco de vários tipos de câncer, mas também gerar o ganho de peso e, consequentemente, contribuir para a obesidade.
“A obesidade e a má alimentação induzem a disbiose do microbioma [intestinal], uma diminuição na diversidade microbiana que leva à inflamação crônica e ao intestino permeável, aumentando o risco de câncer”, confirmou o oncologista.
Perigo!
Coordenador do maior programa de tratamento e pesquisa de linfoma de Nova Jersey, nos EUA, Andre Goy endossou que o consumo de alimentos processados combinado com a ingestão de bebidas alcoólicas e a ausência de exercícios físicos eleva, ainda mais, o risco de doenças cancerígenas. O expert orientou evitar ou cortar da alimentação opções ultraprocessadas com adição de açúcar refinado e farinha branca.
“Alimentos ultraprocessados com adição de açúcar refinado e farinha branca podem impactar negativamente o equilíbrio das bactérias intestinais, deixando-nos mais suscetíveis ao desenvolvimento de câncer”, reforçou o médico. Goy explicou que os alimentos preparados e embalados “carecem” de nutrientes essenciais e trazem na composição conservantes químicos, considerados perigosos para a saúde.
Melhores alimentos
Para quem consome carnes e alimentos processados várias vezes na semana, o oncologista sugeriu fazer trocas e adotar um plano alimentar recheado de vegetais e frutas. Pela análise do médico, uma dieta saudável centrada em opções naturais é eficaz no quesito reduzir o risco de doenças cancerígenas. “Concentre-se em alimentos vegetais que sejam fontes de proteínas”, instruiu.
Aos interessados em se prevenir contra os tipos de câncer, Goy propôs comer com frequência quinoa, farro, feijão preto, trigo sarraceno, sementes de chia, homus e manteiga de amendoim. Ele reforçou quanto a alguns alimentos rotulados como “à base de plantas” não serem realmente saudáveis. O especialista propôs evitar essas opções e advertiu sobre o consumo das alternativas congeladas devido ao alto teor de sódio.
“Uma dieta baseada em vegetais se concentra no consumo maior ou exclusivo de vegetais, com foco em verduras, legumes, frutas, grãos integrais, nozes e sementes”, declarou o expert à Fox News. Ele completou: “Escolha alimentos integrais e não processados, tanto quanto possível”.
Exemplo
Para exemplificar os benefícios da dieta rica em vegetais, o professor de medicina expôs o caso de um paciente com linfoma que se queixava de sinais de lúpus, a exemplo da fadiga, nebulosidade e dores. “Exames de sangue sugeriram inflamação”, discorreu o médico. Goy receitou uma mudança na alimentação. “Ele se sentiu tão melhor que finalmente conseguiu interromper sete de seus medicamentos nos quatro a seis meses seguintes”, disse.
“Não é sustentável”, argumentou o oncologista a respeito de recorrer a dietas restritivas para prevenir doenças cancerígenas. Ele aproveitou para fazer uma exortação: “Em vez de focar nas restrições, que podem se tornar uma obsessão, experimente comer vegetais por três meses e veja o que isso faz pela sua saúde e níveis de energia”. Andre Goy concluiu: “Mudanças simples darão um enorme retorno no aumento da saúde em geral.”
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