Ex-segurança chama Harry de “tolo” por colocar a realeza em perigo
Na autobiografia intitulada Spare, Harry não poupou nem o interior dos palácios da realeza. Um ex-segurança real o criticou por isso
atualizado
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Lançado há uma semana, o livro de memórias de Harry traz “mil e uma” revelações explosivas sobre os integrantes da dinastia Windsor, como o rei Charles III, o príncipe William e os três sobrinhos do duque de Sussex, George, Charlotte e Louis. Na autobiografia intitulada Spare, o marido de Meghan Markle não poupou nem o interior dos palácios reais. Na avaliação de um ex-segurança da monarquia, o autor da obra cometeu um grande erro por deixar a realeza vulnerável a ataques.
Em entrevista ao portal britânico The Telegraph, o ex-chefe de proteção da família real Dai Davies criticou a decisão de Harry de expor as propriedades no livro de memórias. “Só um tolo revelaria esse tipo de detalhes sobre os santuários internos da realeza”, destacou o ex-funcionário. Segundo o profissional, o Palácio de Buckingham tende a não descrever minuciosamente as operações de segurança a fim de “resguardar” os moradores e os palácios por terem inúmeras riquezas.
“Há razões pelas quais o Palácio de Buckingham nunca discute nenhum detalhe sobre suas operações de segurança, grandes ou pequenas”, ressaltou Davies. Em seguida, o ex-chefe de segurança da realeza aproveitou para condenar a atitude do príncipe Harry de descrever particularidades dos castelos na autobiografia: “Nunca esperaríamos que alguém com um conhecimento tão íntimo das residências reais privadas divulgasse tais informações”.
No livro, o duque de Sussex recorda como foi crescer nas majestosas casas. Ele descreveu o interior das adegas da Highgrove House, residência oficial do então príncipe Charles com a esposa, Camilla Parker, até setembro do ano passado. Os irmãos Harry e William passaram grande parte da infância na propriedade. Conforme declarou o autor de Spare, a madrasta —a atual rainha consorte — guarda garrafas caríssimas de vinho, além de “presentes absurdos de governos e autoridades estrangeiras”.
Ao The Telegraph, Dai Davies definiu os depoimentos de Harry como “problemáticos” e “potencialmente comprometedores para as operações de segurança da família real”. “Sempre houve pessoas que tentaram acessar partes dos palácios reais. Para indivíduos obcecados com problemas de saúde mental ou terroristas, essas informações podem ser muito úteis”, enfatizou o ex-colaborador.
Vale lembrar que no Natal de 2021 um homem armado tentou invadir o Castelo de Windsor, propriedade em que estavam a falecida rainha Elizabeth II, Charles e Camilla. O jovem de 19 anos foi contido nos jardins da residência. Antes do ato, ele havia postado na internet a intenção de matar a então monarca do Reino Unido. Não foi a primeira vez que a majestade sofreu uma tentativa de assassinato.
The Mirror publicou uma foto de Jaswant Singh Chail, suspeito de tentar assassinar a rainha Elizabeth
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